sábado, 5 de junho de 2010

Capitalismo: uma história de amor


Michael Moore: ame-o ou deixe-o. Sim, porque o formato de seus documentários são invariavelmente os mesmos:: algo aproximado a uma grande reportagem rica em depoimentos, informações, imagens encadeadas em uma extraordinária edição e um cara emputecido com o pais em que vive por trás das câmaras.

Tiros em Columbine foi o primeiro e venceu Oscar. Grande sucesso. Moore se entusiasmou e repetiu a fórmula em Firenheit 9/11, Sicko e, agora, com Capitalismo: Uma História de Amor - mais um chute no estômago dos Estados Unidos. Ressalte-se que não vi os trabalhos anteriores a Tiros em Columbine.

Difícil chamar essas produções de documentários. Parece muito mais protesto de um ativista. Um trabalho altamente fundamentado, mas parcial. Eis o argumento contrário à grande reportagem cinematográfica.

A pouca preocupação do rapaz em dar voz aos seus desafetos é evidente, embora o encadeamento de argumentos mostrados os coloquem no ridículo quando conseguem espaço pra falar. Outro argumento é o trabalho de edição. Quanto mais o dedo pentelho do diretor mexer no roteiro, mais parcial fica. Isso é lógico.

Citei no twitter este último documentário como o pior dos quatro docs citados acima. A atriz Quitéria Kelly protestou. E com razão. Mas é difícil hierarquizar os trabalhos de Michael Moore justo pela semelhança e extrema qualidade. Ainda assim fico com Tiros em Columbine, seguido por Sicko.

Agora, fico imaginando o que virá desse filme já polêmico, idealizado por Oliver Stone para retratar os governos da América Latina. O cara já posou sob todos os ângulos ao lado de Hugo Chávez. A parcialidade dos filmes de Moore vai ser fichinha. Aposto em lambança e mutretagem nesse tal Ao Sul da Fronteira.

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