Por Bruno Galoem Porfólio
José Mindlin tem 94 anos e não passa um dia sem se debruçar sobre um dos livros da sua imensa biblioteca particular, a maior do Brasil. Ele não é um homem conectado, sequer faz uso direto da internet. Mas, reconhece que as novas tecnologias podem ter um papel importante na democratização do conhecimento e no despertar do interesse dos mais jovens pela leitura. Pensando assim, é que ele decidiu doar em 2006 todas as obras brasileiras da vasta coleção à Universidade de São Paulo (USP). A partir de então, ela passou a ser chamada de Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
“Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Eu e Guita (esposa já falecida de Mindlin) éramos os guardiães destes livros que são um bem público”, pondera, “não tenho o fetiche da propriedade, tão pouco da exclusividade”. A doação deu origem ao projeto Brasiliana USP (www.brasiliana.usp.br) que apenas este ano começou a ganhar seus contornos mais interessantes com a digitalização dos títulos e sua posterior disponibilização gratuita na web. Assim, desde o mês passado, qualquer pessoa pode ler ou mesmo baixar boa parte do valioso acervo, que inclui obras raras e históricas, como as primeiras edições dos livros de Machado de Assis, que entraram no ar na semana passada.
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