Aos sofridos da ressaca, o longa
O Livro de Eli cai bem. Exige pouco raciocínio - ideal para quem está com a cabeça cobrando os pecados do dia anterior. O roteiro é razoável. As cenas de luta são bem coreografadas. E o clima transmitido pelos cenários e efeitos monocromáticos para retratar um planeta devastado pela guerra dão o tom do filme. Denzel Washington convence e Gary Oldman, mais uma vez, está excelente. O que chateia mesmo é aquela dúvida se o filme raspa o inabitado mundo das produções cults ou rasteja no terreno fértil dos blockbusters. De certo, pende para o último. Mas há um que de preciosismo que confere ao longa dos irmãos Hughes melhor atenção. Talvez seja a ousadia em misturar religião na ficção científica sem cair na mesmice. Ou a pincelada irreestível dos velhos westerns no cenário do resistente bar que vende água e mulheres. Muitas perguntas deixadas no ar pelo filme são respondidas ou interpretadas pelo espectador, sem o didatismo idiota e costumeiro dos pastelões. Então, meu caro, bebeu? Caiu? Não levante. Assista deitadinho
O Livro de Eli.
Achei o roteiro do filme ok, mas o visual e os efeitos sonoros são muito legais, vale a pena por isso...
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