segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Como um pássaro que fareja ilhas poéticas
por Carlos Gurgel
o underground potiguar perde um dos seus principais nomes. faleceu bianor paulino, poeta que escrevia sobre a vida de quem sobrevive na terra/guerra. nunca fui muito próximo a ele, mas sempre acompanhava sua poesia e seus textos solares. uma vez, na casa que morei, na romualdo galvão, ele foi me visitar, acompanhado de jota medeiros e seus sonhos. parecia, com aquela sua voz barítona, um czar rodeado de medalhas e prêmios. depois, sumiu, como um pássaro que sempre fareja portos e ilhas poéticas.
com ele, vai a experiência de uma vida dedicada a um folhetim de experiências pelos labirintos da cidade dos Reis, onde, audazmente, costumizava incompreensões e chistes.
assim, frequentemente constata-se um infortúnio enorme, quando um artista que pulsa na aldeia alternativa, se vai.
quando poderemos mudar isso?
lá, no céu que escolheu, Bianor dedilha modinhas tropicalistas e a fartura de um cáos criativo.
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