por Jarbas Martins
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Como a poesia, Serjão. não está nem aí para o mercado, vou lançando pela blogosfera meus poemas.Segue este:
O OLHO MUDO
implacável de sono
e bronze
não espera a navalha
longitudinal
que o seccione
nem abarcará
o espetáculo da manhã
em sua paralítica
campimetria vã
antinarcísico
não o verão comovido -
sua imagem neutra
no olho em chamas de nina rizzi
dançar poderão de mãos dadas
até à exaustão
os camaradas búlgaros
as estrelas cadentes
e as dunas velozes
as bodas do sol com a chuva
jamais o despertarão
uma lua de agosto
com o seu manto rendado
nunca
nunca o protegerá.
(JM)
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
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