A Fundação Zé Gugu divulgou agora a programação do Dia da Poesia, montada por Carlos Gurgel. Foi a melhor que vi nos últimos quatro anos, incluindo fundações do município e estado. Gurgel ressalta que tentou incluir poetas populares, mas Antônio Francisco vai ser homenageado no mesmo dia, na programação em Currais Novos, pelo pessoal do Casarão da Poesia. Assim como Drika Duarte, que no dia 14, apresentará na Livraria Siciliano o seu recital.
"Assim sendo, percebo que os poetas que estão na programação são como cúmplices de um mesmo verbo. Aquela escola onde os seus versos mergulham como faíscas acesas. Não que os outros não mergulhem, nada disso. É só uma observação a respeito da cumplicidade entre todos que na programação se encontram. Outras programações, poetas virão. Ai, essas tendências se manifestarão. Mas, acredito que pela expressividade do que essa programação espelha, o público gostará. É isso. Mais um vez, obrigado", completa o poeta Gurgel.
Esta edição do Dia da Poesia homenageia o poeta parcimonioso e íntimo articulador das palavras, Luís Carlos Guimarães, nos seus dez anos de encantamento.
Programação
9h – Chantagem do busto do poeta Othoniel Menezes (Passarela da Fortaleza dos Reis Magos).
TEATRO DE CULTURA POPULAR
(anexo Fundação José Augusto)
16h - Execução do hino do Rio Grande do Norte pela Camerata Potiguar, regida pelo maestro Paraguai, tendo como soprano, Alzeny Nelo.
- Palavra da Exma. Governadora ROSALBA CIARLINE
- Apresentação do grupo “Poesias & Flores Em Caixas” – (Michelle Ferret)
- Lançamento da Coleção Cultura Popular (FJA): Dorian Gray, Maia Pinto, Adriano de Souza e Antônio Júnior
POESIA EM PALCO
- Plínio Sanderson
- Marcos Cavalcante
- Caritó
- “Gato Lúdico“ (Vicente Vitoriano)
- Grupo Escolar” (Marcelus Bob)
- Celso Borges (MA)
- Wilmar Silva (BH)
- Livre Acesso
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SOBRE OS POETAS:
- Poesias & Flôres em Caixas - Michele Ferret - seu grupo espalha delicadeza e luz. beleza e revelações.tons verbais que encantam e nos transformam em candidatos a mártires.
- Plínio Sanderson - pela sua performance no palco, com versos incendiários.
- Marcos Cavalcante - pela sua excentricidade. expressividade. na voz. no gesto. no verbo.
- Carito - pela sua contemporânea poesia. lúdica e audaz.
- Gato Lúdico - Vicente Vitoriano - pela sua trajetória. como grupo vocal que marcou época nos anos 80 em Natal reunido novamente especialmente para o dia da poesia. nosso "Secos & Molhados". tendo como mentor, o irretocável artista plástico, o mossoroense Vicente Vitoriano.
- Grupo Escolar - Marcelus Bob - também oriundo dos anos 80. um rock com poesia que celebra a vida vigorosamente. e pelo carísma do seu líder, o artista possibilista, Marcellus Bob.
- Celso Borges (MA) - Maranhense, parceiro de Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e tantos outros compositores brasileiros. sua poesia trafega entre uma aurora esquecida e os elementos de uma contemporaneidade absurdamente bela, passional e feérica. tendo ao seu lado, o muiti-instrumentista maranhense Christian Portela.
A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO
Poesia e música
Espetáculo poético-musical do poeta e letrista Celso Borges em que ele interpreta poemas de seus dois livros-CDs, XXI (2000) e Música (2006), entre eles Linguagem, Persona Non Grata, Matadouro e Pária. A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO tem trilhas e interferências sonoras executadas pelos instrumentistas Franklin Portela (guitarra) e Luiz Cláudio Faria (percussão).
Voz, guitarra e percussão proporcionam uma estrutura sonora ao poema além da sua própria musicalidade, ampliando o texto para além da página do livro. A idéia é valorizar a linguagem falada em diversas possibilidades.
A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO apresenta um painel de experiências, fruto da inquietação de Celso Borges e sua busca pelas diversas possibilidades de dizer o poema. Ao abrir um leque inovador de diálogo entre a palavra e a música, o artista assume uma posição contemporânea no mapa da poesia brasileira.
A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO investe em experimentações em torno da palavra dita, saída do papel, ganhando vida em voz e arranjos instrumentais. Mas isso não impede que, aqui e ali, alguns poemas sevistam de canção. Ou mesmo criem atrito com ela. Em síntese: música da palavra, palavra musicada, música falada, música calada, palavra cantada, música celebrada, poesia a toda prova!
A performance estreou em abril deste ano, na 6ª edição do projeto Catarse – reunião de artistas de todas as linguagens no palco do Sesc Pompéia, em São Paulo (material de divulgação em anexo). Na ocasião, o poeta Celso Borges foi acompanhado pelo guitarrista paulistano Rafael Agra.
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Há 15 horas
“CHANTAGEM do busto do poeta Othoniel Menezes”
ResponderExcluirMeu caro Sérgio Villar.
Carlos Gurgel, no caso do busto de Othoniel Menezes, foi muito infeliz ao empregar a palavra “chantagem” – que tem uma homógrafa e homófona (de raiz francesa) significando uma coisa muito feia e escabrosa, que nada tem de condizente com a CHANTADURA (fincar no chão, estabelecer, plantar, fixar) do bronze do Poeta da “Praieira” à margem do Potengi e à sombra da Fortaleza dos Reis Magos.
Por outro lado, até ler esta postagem, não sabia ser Carlos Gurgel o organizador e divulgador único das festividades do “Dia da Poesia” da Fundação José Augusto. Calculava, cá nos meus botões, que os muitos eventos programados eram fruto, resultado, de um trabalho conjunto, supervisionado pela titular da Secretaria de Estado.
E que a publicidade fosse da alçada da Assessoria de imprensa da Fundação José Augusto. Funcionário, comissionado ou não, é – há muitos anos – coisa que não falta por lá…
Para tranqüilidade dos muitos filhos de Caindinha de plantão, afasto, desde logo, da parte do filho de Deífilo – velho amigo e admirador de Othoniel -, qualquer intenção de, por entrelinha, me ferir por via transversa ou obscura. Faço esta ressalva porque, conhecendo os caboclos da aldeia, fui eu que, de maneira formal, mediante requerimento à Secretária de Cultura – largamente divulgado, inclusive, no Substantivo Plural e no blogue de Jairo Lima – doei o busto ao Estado e a ela, a Secretária, roguei a fixação da obra no local que indiquei. Não pressionei a quem quer que fosse. Quanto à homenagem, não sou só eu, o filho do Poeta que a acha justa e merecida. Já não se faz, hoje – é raro – poeta, como antigamente…
Cordialmente,
Laélio Ferreira de Melo