Meu encontro com Dominguinhos foi rápido. Umas quatro perguntas matreiras para uma entrevista publicada no Diário. Foi lá na pousada Coice da Burra, em Bonfim. Acho que em agosto ou setembro do ano passado. Ele faria um showzaço no Forró da Lua naquela noite.
Me apresentei rapidamente. Mal pronunciei meu nome, identiquei-me como repórter do jornal e já lancei a primeira pergunta. Dominguinhos respondia tudo com uma paz rara de espírito. Já tinha concedido entrevista longa à InterTV Cabugi e demorava mais uma hora se fosse preciso.
Quando terminou ainda brinquei. Sabendo do medo dele de avião, perguntei se voltaria dali com o amigo Waldonys - notório piloto de avião cangueiro. Por duas vezes fui cobrir uma queda de um monomotor no interior do Estado, e chegando lá, adivinha quem era?
Surpresa minha foi na manhã seguinte. Quando cheguei para tomar café, Dominguinhos vinha saindo. Baixei a cabeça e continuei; não queria perturbar o artista ou parecer inoportuno. E ouvi logo em seguida: "Bom dia, Sérgio!". Deu dois tapinhas nas minhas costas e desejou bom café. Eu nem lembrava de ter dito meu nome a ele.
E esse foi o Dominguinhos que conheci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário