Por Alysson OliveiraEspecial para o UOL, do Cineweb
Em “Solo”, Abujamra é a única pessoa em cena, em pouco mais de uma hora de filme. Nas suas falas, destila os seus comentários sobre o estado das coisas. Embora pelo tom do texto e das confissões seja difícil de acreditar, o roteiro é unicamente de Giorgetti, que, segundo o ator, não o deixou mexer em uma única palavra. “Ele se acha um grande escritor”, ironiza. Mas, quando perguntado se não compartilha da descrença do personagem, o ator não pensa duas vezes: “A esperança e o sonho não devem passar de uma noite”.
Aliás, Abujamra logo emenda que foi o sonho que deixou a América Latina “no estado em que está”, para usar um eufemismo no lugar do verbo empregado na frase original pelo ator, mas, novamente, impublicável. “O governo nunca valorizou a inteligência no nosso país. O estado do Brasil é resultado da estupidez dos governantes, dos arquitetos, dos intelectuais, dos jornalistas... de todo mundo. É a nossa estupidez”.
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