segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nova Funcarte (?)

Palavras do diretor geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, em sua coluna diária hospedada no periódico mossoroense Jornal de Fato: “Todo santo dia me perguntam se é verdade que a candidata Micarla de Souza tem um compromisso firmado com o deputado Luiz Almir de entregar-lhe a Capitania das Artes, caso seja eleita. Respondo que não sei, porque não falei com ela sobre o assunto. Só acho que a Capitania está caminhando muito bem na gestão Carlos Eduardo e tenho certeza de que Fátima Bezerra não rifou o secretariado na Bolsa Mercantil de Futuros, muito menos na ‘Bolsa Mercantil sem Futuro’. Agora, só acho uma coisa. Caso Micarla tenha assumido o compromisso, é justo porque Luiz Almir é seu defensor, é artista e está no nível do que seu grupo de apoio quer para Natal”.

Os dizeres irônicos são pura especulação, como o próprio diretor reconhece. Mas levantam uma questão relevante a despeito de quem virá para o lugar do atual e elogiado gestor da Funcarte, Dácio Galvão. Sabe-se que dificilmente ele permanecerá, mesmo com uma vitória de Fátima Bezerra. Uma das exigências de Dácio é manter sua equipe completa. E, como sabemos, seja quem for o próximo prefeito, alguns indicados serão encaixados em cargos comissionados. A prática infeliz do loteamento de cargos é de praxe para qualquer gestor. Rumores, também especulativos, indicam o vice da FJA, o petista Fábio Lima como possível nome para a Funcarte caso seja Fátima a vitoriosa nesta eleição. Gente melhor informada e dentro do grupo da candidata afirma que “é o que ele quer, mas não será fácil assim”. Pro lado de Micarla surge também o nome do ex-coleguinha de TV Ponta Negra, Edson Soares.

Seja quem for o nome, a perda de Dácio Galvão será uma baixa significativa para a cultura da cidade. E o próximo prefeito não pode brincar com a cultura natalense e substituí-lo com qualquer nome como forma de compensar favores. É preciso dar continuidade a projetos importantíssimos e consolidados no calendário cultural da cidade. Aliás, outra mania asquerosa de gestores que ocupam cargos é desmerecer obras de outra autoria. Bate um medo só de pensar na extinção do Encontro Natalense de Escritores ou mesmo de toda a programação do Natal em Natal. Melhor imaginar as melhorias que o programa merece. Prefiro nem imaginar novos projetos culturais interligados tão somente ao turismo. Pode ser impressão ou pessimismo, mas acredito que vamos viver de nostalgia nos próximos quatro anos.

Um comentário:

  1. Não sou tão pessimista quando penso em Fátima como prefeita. Acho que ela não mexeria na Funcarte...

    Por outro lado, estamos mesmo fritos!

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