terça-feira, 31 de agosto de 2010

Árvores derrubadas pela prefeitura

Por Haroldo Mota
via e-mail

Caros amigos,

Semana passada, fiquei impressionado com a irracionalidade e a atitude com que tratamos nossos companheiros vivos deste planeta. Principalmente os grandes responsáveis por absolver em parte os 8 bilhões de toneladas de carbono promotor das mudanças climáticas, que despejamos anualmente na atmosfera.

Quatro árvores foram cortadas, na praia da Pipa, rua situada em Ponta Negra, defronte uma loja. Uma tamarineira, uma tulipa tropical e uma algarobeira já foram totalmente sacrificadas, restando um oiti que teve seus galhos totalmente cortados.

Segundo as pessoas contratadas, para realizar o serviço, usando motoserra e machado, alegaram que o proprietário do imóvel, recebeu autorização da Semsur, o que acho improvável, já que as árvores encontravam-se em perfeito estado de conservação.

Em todo o caso, foi pessoalmente nesta segunda-feira, 30 de agosto, esclarecer o caso na referida Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, para entender melhor este incidente.

Quais foram os motivos que levaram esse proprietário a tomar essa medida tão violenta? Segundo um morador da rua, as árvores estavam no passeio público há mais de 25 anos.

Com uma cópia da autorização do “Parecer Técnico de nº 377/2010, da SEMSUR, fiquei espantado e indignado sobre um dos problemas constatados: “raízes com afloramento danificando a calçada, meio-fio, leito viário, redes subterrâneas e estrutura do imóvel” e da conclusão e sugestão de procedimento: “posicionamos favoravelmente a retirada das três plantas = Tamarindo, Algaroba e Tulipa com substituição por espécies nativas em local adequado...” e no item dois da Autorização para Remoção de Árvore nº 377/2010 segue o seguinte texto: que se proceda ao plantio de três espécime nativo adaptado ao local.

O que podemos concluir sobre este caso?

Primeiro - podemos citar os benefícios que elas proporcionavam a sociedade: absorção de carbono, anteriormente comentado; conforto térmico; produção de frutos; floração para embelezar a paisagem; abrigos para animais e fornecimento de alimentação para abelhas, aves e animais.

Segundo – Em momento algum, foi mencionado o volume ou credito que estas árvores absorvem carbono.

Terceiro – Quanto tempo levará as novas árvores para realizar o trabalho que as anteriores prestavam.

Quarto – Contestamos o laudo técnico, sobre o afloramento das raízes, em momento algum elas estavam danificando a calçada, o meio-fio ou leito viário.

Quinto – Que valores e exemplos estamos deixando para os nossos filhos? O desmatamento é uma importante causa do aquecimento global. A proteção das árvores deveria se tornar uma prioridade absoluta quando levamos em conta o aquecimento global.

Sexto – Concluimos que as árvores simplesmente foram abatidas porque não são brasileiras ou melhor dizendo nativas. O oiti, foi poupado porque ele É brasileiro. O que importa? Se são africanas, brasileiras ou paraguaias.... Elas são...

O tamarindo é originaria das savanas da África tropical da família das leguminosas. Chegou ao Brasil, trazido pelos portugueses no início do século 17. O tamarindeiro é capaz de produzir durante 200 anos e pode chegar aos 30 metros de altura.

A tulipa tropical, é uma árvore africana nativa do Quênia e da Uganda, é uma espécie com crescimento considerado, na floração, possui um lindo conjunto de flores.

O oiti é uma árvore nativa do Brasil e mais comum no Nordeste. Por ser muito resistente é usada amplamente no paisagismo urbano.

A algarobeira, foi introduzida no Brasil em 1942, especialmente no nordeste, na Estação Agrícola de Serra Talhada/PE, com semente originarias dos Andes do Peru.

Sem mais...

Atenciosamente,
Haroldo Mota

Marina + FHC contra Serra e Lula

Por Graciliano Rocha
de Porto Alegre (via e-mail)

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou hoje a campanha do tucano José Serra por exibir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e esconder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Tenho respeito e admiração pelo presidente Lula, mas tenho a coragem de não ficar utilizando a imagem dele de forma oportunista para minha candidatura. Tenho a coragem de fazer o que nem as lideranças do PSDB são capazes de fazer: dar o crédito da política econômica ao Fernando Henrique, mesmo ele não sendo assim tão popular."

A crítica foi feita pouco antes de um almoço de Marina com empresários gaúchos na Federasul (Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.

Antes disso, pela manhã, ao discursar para militantes do PV, Marina também criticou o presidente Lula. Segundo ela, a visão de desenvolvimento do presidente está "inteiramente equivocada", por opor meio ambiente e crescimento econômico.

"É um estilo de liderança velha, ultrapassada, porque ainda tem a velha ilusão de que existem os porta-vozes da verdade que dirão para o povo como é que se faz."

Quando fez a afirmação, Marina estava acompanhada de Daniel Cohn-Bendit, deputado pelo Partido Verde no Parlamento Europeu.

Do blogueiro: Alguém reconhece o nome deste deputado europeu? Salvo engano, quando escrevi matéria sobre os 40 anos da revolução de 1968 que eclodiu na França, esse rapaz liderava o movimento que ecoou pelo mundo. Preguiça de olhar no google, mas acho que é ele. Esse cara devia ser lembrado com mais atenção.

Quando a Iaiá vira preta


Por Bernardo Luiz
na Tribuna do Norte (de hoje)

As cordas do Trio Madeira Brasil introduziram com sensibilidade o mais novo show de Roberta Sá, “Quando o canto é reza”. Não só ritmo, mas a sua voz límpida encantou o público que lotou a casa de show Boulevard, no domingo passado. Juntos, público e artistas viajaram de jangada no mar de composições populares do mestre Roque Ferreira. “Eu sou muito ligada à música preta brasileira. Mergulhei no universo do Roque como apaixonada e não como profunda conhecedora de sua obra”, disse a cantora.

Roberta afirmou que a turnê foi iniciada em Salvador e Natal propositalmente. A primeira é a terra do Roque Ferreira, compositor no qual é dedicado todo projeto e a segunda por ser sua terra. “Natal tem uma coisa bacana, os fãs me acompanham desde o início, além disso, ver a casa lotada de forma generosa em aceitar um repertório quase todo de inéditas nos deixou, eu e os meninos do trio, bastante felizes”, falou Roberta tomada pela alegria do bom show em solo potiguar.

A folia de Roberta começou de forma singela, principalmente pela cumplicidade existente entre a interprete e o trio. A leveza imperou na proposta deste show.

O público escutou atentamente o espetáculo, mas depois da canção “Menino”, na qual a artista timidamente executou passos do ijexá (ritmo afro), é que a sintonia foi firmada. A cantora afirmou que o show é da banda toda e não somente de Roberta Sá. “Quando o canto é reza é um show muito específico, é um repertório construído. Dividir o palco com os meninos do Trio está sendo incrível. É um disco de banda, juntando esta nova parceira e eles, que são um dos três melhores músicos do Brasil”, elogiou ela.

O público foi cativado pela leveza da artista, que conduziu sua voz diante das cordas do trio. A embolada “Cocada”, deixou o show com o timbre mais regional e logo em seguida “Água da minha sede”, canção já gravada por Zeca Pagodinho, introduziu um dos momentos mais emocionantes do show. E veio “Marejada”, uma das mais belas exaltações ao mar já gravada. O timbre da interprete e as cordas acústicas do trio emocionaram a plateia.

“Tô fora” e “Mandingo” fizeram parte do repertório do show. Em “Orixá de frente”, a artista afirmou sua paixão pela cultura brasileira. “Bem que Iaiá queria, ao menos por um dia, ser preta também”, disse ela. E foi.

As canções “Festejo, Moça e Xirê” e “Zambiapungo” afirmaram o tempero proposto por Roberta nesse novo trabalho, onde dendê era o molho instrumental cozinhando a sua bela voz em fogo brando. É a cultura brasileira exaltada de forma delicada e intimista.

AQUI
- Foto: Bernardo Luiz

Entrevista - Tâmara Abreu

No Diário de Natal
matéria de hoje

Monteiro Lobato ainda cabe no imaginário infantil de hoje?
Ainda é motivo de discussão e leitura. São clássicos atemporais, apesar de hoje dividirem espaço com outros autores e mídias como a TV, os jogos, a internet. A adaptação do Sítio do Pica-pau amarelo é um exemplo. O que desatualizou foi a parte mais didática. Mas sua ficção ainda é muito presente.

E o estímulo à leitura infantil deve começar desde quando?
A idade de pré-leitura é a mais importante. Deve ser estimulado principalmente em casa, com livros de tecido, de pano, de plástico, com figuras de animais e objetos do entorno de sua casa, que ela manuseia, a mãe fala o nome e ela vai reconhecendo. Se a mãe não pode comprar, a escola deve estimular e promover rodas de leitura. Então, quanto mais cedo, melhor.

Até para ter o primeiro contato com o livro, em vez do computador?
A questão da familiarização com o livro logo cedo é muito importante. Mais à frente o livro pode se tornar mais um suporte de conhecimento. Se a prática começar na alfabetização, o aluno encara a leitura não como prática social, mas como compromisso escolar. E cai naquela história do alfabetizado iletrado, o que muitas vezes lê, mas não compreende. É aquele que não usa a leitura para desempenhar melhor papel social.

AQUI

A última edição impressa do JB


Por Ailton Medeiros
no blog do Ailton Medeiros

Na noite do dia 11, quando o presidente Allende foi deposto no Chile, Alberto Dines ainda fechava o jornal, na nova redação da Avenida Brasil, inaugurada naquele ano, quando chegaram ordens expressas da Polícia Federal, proibindo “manchete ou mesmo título forte” no noticiário do golpe militar.

Passava das 22 horas, e Dines pôs-se a imaginar “a traquinagem da vez” para burlar a proibição. Precisava de algo forte, ainda que não fosse manchete. Minutos depois, teve a idéia salvadora: um texto que ocupasse toda a primeira página, em quatro colunas, sem foto e sem título, mas em letras maiores do que o normal.

AQUI

Bye, bye (Jornal do) Brasil


Por Alex Medeiros
no blog Alex Medeiros

Eu guardo para sempre dois momentos distintos da minha relação com o "velho JB", termo carinhoso com que minha geração se referia ao diário carioca: o primeiro no final dos anos 1970, ali na fronteira entre a ditadura militar e a Anistia do governo João Batista Figueiredo.

Boa parte da juventude de então se envolveu na luta pela conquista da democracia, com participação nos movimentos estudantis e na formação dos novos partidos políticos que surgiam, como o PDT, PT, PSB, a repaginação do antigo MDB e o retorno do PCB e PC do B, ambos saindo da clandestinidade imposta pelo regime militar.

Tinha o sabor de um ritual, um misto de lazer cultural e reforço escolar, aguardar durante horas, na calçada do antigo Cine Rex, na histórica e sortida Banca Tio Patinhas, a chegada dos jornais do Rio e São Paulo, vindos empacotados do aeroporto, no começo da tarde.

AQUI

Vem Viver Natal

Release

A prefeitura do Natal, a Casa do Bem e Canindé Soares convidam para o lançamento do livro "Vem Viver Natal". Hoje, às 19h, tem novamente lançamento do livro "Vem Viver Natal" na Siciliano do Midway. A venda de 400 livros serão destinados para Casa do Bem de Flávio Rezende. Após o lançamento, os livros serão distribuídos pela Casa do Bem nas principais livrarias e bancas de revistas, entre elas, Siciliano, Potylivros e banca Cidade do Sol.

Prêmio Jabuti 2010

Release

A CBL (Câmara Brasileira do livro) anunciará os dez finalistas de cada categoria da mais importante e prestigiada premiação literária do País, o Prêmio Jabuti, que neste ano alcançou recorde de inscritos (2.867) entre todas as edições do concurso. A apuração dos votos da comissão julgadora e a divulgação dos finalistas ocorrerão no dia 1º de setembro, a partir das 10 horas da manhã, na sede da Câmara Brasileira do Livro (rua Cristiano Viana, 91, Pinheiros, em São Paulo). O anúncio oficial dos ganhadores deve ser feito por volta de 12 horas.

As categorias da premiação são as seguintes: Tradução; Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes; Teoria/Crítica Literária; Projeto Gráfico; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Ciências Exatas, Tecnologia e Informática; Educação, Psicologia e Psicanálise; Reportagem; Didático e Paradidático; Economia, Administração e Negócios; Direito; Biografia; Capa; Poesia; Ciências Humanas; Ciências Naturais e Ciências da Saúde; Contos e Crônicas; Infantil; Juvenil; Romance; e Tradução de Obra Literária Espanhol-Português.

Filme de Alexandria inicia gravações


Release

Começaram a serem rodadas as cenas do filme “Inácio Garapa, Um Matuto Sonhador” na cidade de Alexandria, no Alto Oeste Potiguar. A idéia do filme partiu do radialista José Gomes da Silva Filho, mais conhecido por J. Gomes. Depois de ganhar mais experiência ao trabalhar em um canal de TV afiliado da Rede Record de Televisão, em Sorriso MT, onde trabalhou de repórter cinematográfico e edição de imagens, sempre sonhou em ser o propulsor do primeiro filme a ser produzido na região. J. Gomes também já foi do teatro, tem cursos na área e foi o criador do primeiro grupo de teatro de Alexandria, cidade em que nasceu.

O filme é uma comédia matura. Conta a saga de um sertanejo sofrido que vive de sonhos e por isso enfrenta situações hilárias em sua vida. As gravações ocorrem na área rural e também na cidade de Alexandria. Os moradores da cidade Oestana já vivem a expectativa do lançamento do filme que deve acontecer no final de novembro para o início de dezembro deste ano.

O elenco foi escolhido entre populares da cidade, pessoas que têm profissões definidas, mas que se esforçam para serem protagonistas desse feito. “Resolvi fazer um filme 100% alexandriense. Dar oportunidade as pessoas da terra mostrarem os seus talentos”, diz J. Gomes. Os representantes do grupo de Teatro da Pastoral Familiar de Alexandria foram escolhidos para formar o elenco do filme.

“Muita gente vai se surpreender com esse filme”, diz J. Gomes, se referindo ao fato da produção não dispor de um aparato de equipamentos para realização de uma grande produção. “O filme já tem uma edição piloto e o produto final está muito bom, isso foi dito por pessoas que conhecem do negócio e viram as cenas”. Gomes se refere ao teatrôlogo Lindenberg da Silva (Berg), do Grupo de Teatro Ciranduis, da cidade de Janduis/RN, que também produziu um filme na sua cidade, onde está sendo transformado em película.

Pessoas de grande influência no município também participam do filme, a exemplo do presidente do Instituto Zulmirinha Veras, Dr. George Antonio de Oliveira Veras; a professora Maria Carlos Fernandes e o advogado Dr. Gilberto de Figueiredo Lobo.

Noel Rosa em livro

O rádio estava no auge de sua popularidade e Noel Rosa trabalhava em diversas emissoras quando, em 1935, seu parceiro Almirante propôs à Rádio Club do Brasil um programa com o mote “Como se as óperas célebres do mundo houvessem nascido aqui, no Rio...”. Desse projeto surgem as três revistas radiofônicas compostas por Noel: as paródias O ladrão de galinhas e O barbeiro de Niterói, além de A noiva do condutor, a mais elaborada delas e única com tema musical inédito, com partituras compostas em parceria com o maestro húngaro Arnold Glückmann.

Um namoro de portão abre espaço para os versos bem-humorados de Noel, que rapidamente nos familiariza com personagens caricatos, de traços exagerados. A opereta transita entre o subúrbio e as elegantes avenidas do centro do Rio de Janeiro, retratando, no mesmo bonde, um cavalheiro da pomposa elite carioca e uma família suburbana cuja maior preocupação é certificar-se dos dotes do pretendente da jovem Helena. “O amor sem nota não tem mais-valia”, afirma em certo momento o pai da noiva, deixando claro que o tom da opereta quebra a seriedade e o romantismo do enredo e que, sem fugir à regra de Noel, o que fala mais alto é a vontade de zombar dos assuntos cotidianos.

Até hoje, A noiva do condutor permanece pouco conhecida, e sua publicação não poderia ser mais oportuna: no ano em que Noel completaria um centenário de vida, a obra chega às livrarias em edição especial, com ilustrações de Laura Gorski. Servindo-se de recortes, a artista plástica traz ainda mais humor ao cenário, aos personagens politicamente incorretos, à ironia de diálogos e poesias. A edição vem acompanhada, ainda, por uma apresentação da jornalista e pesquisadora musical Mônica Soutelo, que contextualiza a opereta de forma concisa, possibilitando que o leitor compreenda a importância deste musical entre as criações de Noel.

A noiva do condutor, de Noel Rosa
Ilustrações: Laura Gorski
Apresentação: Mônica Soutelo
Projeto gráfico: Antonio Kehl
Formato: 56 páginas, 23 x 21 cm, capa dura
Preço: R$ 44,00
ISBN: 9788578160609

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dívida estadual dura três anos

E-mail enviado à Controladoria Geral do Estado:

A CONTROLADORIA
ATT : SEARH - Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos

Prezado Senhor,

A empresa Arte a Metro - Renato Lucena Fernandes de Mello ME - foi contratada pelo Governo do RN através da Fundação José Augusto em dezembro de 2006, para execução da exposição permanente da Fortaleza dos Reis Magos, inaugurada no dia 05/01/2007. Este contrato foi publicado em Diário Oficial no mesmo mês. Recebemos da FJA 50% do valor contratado e até o momento aguardamos a quitação dessa dívida. Já entramos em contato com a FJA, diversas vezes e o que ouvimos são só promessas e que o processo encontra-se na Controladoria. Gostaria de receber uma orientação de como proceder e também saber se o valor devido será pago com juros e correção monetária. Certa da sua atenção, desde já agradeço.
Atenciosamente,

Ianê Heusi
Arte a Metro

Para que serve um prêmio

Por Régis Tadeu
Colunista do Yahoo

Minha falecida mãezinha – cujo doce espírito deve estar neste exato momento sentado ao meu lado, lendo estas mal traçadas linhas – sempre dizia que “o pior cego é aquele que não quer ver o que acontece ao seu redor”. Estas sábias palavras ecoam na minha cabeça depois de assistir a uma das mais patéticas atrações televisivas dos últimos tempos.

Certa vez, escrevi aqui mesmo no Yahoo! Brasil um texto chamado “Prêmios não servem para nada”, mas tenho que admitir que mudei de opinião depois de assistir às grotescas cenas ocorridas durante aquilo que deveria ser um dos maiores eventos da música brasileira – o Prêmio Multishow 2010 – que ocorreu na semana passada. A julgar por aquilo que vi ali, um prêmio também serve para envergonhar um País inteiro.

A começar por uma série de inacreditáveis falhas de organização, dignas de um show de quermesse de oitava categoria. “Patético” talvez seja o melhor adjetivo que posso encontrar para definir o evento, um verdadeiro antro de felicidade de plástico, exibicionismo canhestro, premiações absurdas e o que é pior: um retrato límpido e cristalino do que chamamos hoje de “juventude televisiva”.

AQUI

Votar ou não votar, eis a anarquia

Por Jacques Ellul
no livro Anarquia e Cristianismo

"Sem dúvida, votar é participar na organização da falsa democracia instaurada pelo poder e pela burguesia. Votar na direita ou na esquerda dá no mesmo. Organizar um partido é adotar uma estruturanecessariamente hierárquica e desejar participar do poder. Ora, não se deve jamais esquecer quanto o poder político pode corromper: depois do caso Millerand, quando antigos socialistas e ex-sindicalistas chegaram ao poder, nos anos 1900-1910, constatou-se que haviam se tornado, de repente, os piores inimigos do sindicalismo: basta pensar em Clemenceau e Briand".

Do blogueiro: Esse livro é muito bom. Esse francês tem uma bagagem de vida e profissional impressionantes. Mas tenho minhas dúvidas acerca do voto nulo. Dúvida no real sentido. Estou indeciso. Votar também me parece verdadeiro exercício anárquico. Votar pra bagunçar. Não em candidato-palhaço. Basta os que fingem não ser; fingem comprometimento, sobriedade. Votar para derrubar outros que lhe xingam com promessas tão falsas que me soam insultos. Os três ditos "caciques" ao Senado mereciam volta ao trabalho. Dona Wilma buscaria uma vaga de docente na UFRN ou a aposentadoria. Agripino de certo arrumaria cargo de engenheiro civil. E Gari começaria a advogar - talvez arrumasse estágio em algum escritório. Política não é emprego. E há os que bradam 40 anos de vida pública. Lastimável. Ainda que valesse à pena! Mas, infelizmente, apenas um voltará ao ócio caseiro. Melhor votar no menos ruim? Acho que desisti. Não consigo mais. É compactuar. Não dá, já foi. E para votar em quem não tem chance, seria melhor o voto nulo? Estou quase nessa, apesar da simpatia por Sávio e admirar a insistência de Joanílson. É isso. Voto nulo!

Preço de livro

Por Rafael Rodrigues
no Digestivo Cultural

Como disse colunas atrás, "vocês que me perdoem, mas preço de livro não é mais desculpa para quem gosta de ler". Leitores sempre dão um jeito de conseguir o livro pelo qual estão interessados, seja indo a um sebo, seja aproveitando promoções de livrarias. Não se pode dizer que determinados livros são baratos, mas dizer que livro é caro ― assim mesmo, generalizando ― já não é mais possível. Até porque não se mede o preço de um livro apenas por seu valor financeiro, mas também pelo que ele representa para cada leitor.

Um exemplo: qualquer uma das obras mais recentes de Rubem Fonseca é cara, para mim. Já as reedições dos seus livros que estão saindo pela editora Agir, não são. Tampouco acho caros os livros de Nelson Rodrigues que essa mesma editora tem reeditado. É como reclamar do preço de um romance de Dostoiévski (a citação do autor russo foi involuntária, em um primeiro momento, mas depois percebi que faz todo o sentido citá-lo junto a Nelson Rodrigues). Imaginemos que livros fossem comprados em leilões. Crime e castigo certamente seria disputado centavo a centavo.

AQUI

Transposição do São Francisco parada

Por Redação IHU
na Envolverde Revista Digital

Dois anos depois de nossa última conversa, Dom Cappio fala, na entrevista que concedeu à IHU On-Line, por telefone, sobre a situação atual das obras de transposição do rio São Francisco e como ele e os movimentos sociais estão trabalhando na luta contra o projeto. “O projeto segue adiante, mas não na velocidade prevista. Quem está trabalhando é praticamente só o exército. Quase todas as empresas deixaram o campo de obras por conta de atrasos em relação aos pagamentos e a falta de confiança nos recursos referentes ao projeto”, explica o bispo de Barra, na Bahia.

AQUI

O contrabando ideológico

Por Washington Araújo
no Observatório de Imprensa

Se existe um assunto que absolutamente não me apetece é essa conversa de que no Brasil se encontram ameaçadas a liberdade de expressão, liberdade de opinião e liberdade de imprensa. Primeiro porque a confusão é grande e nem o editorialista nem o comentarista designado para o mister faz o menor esforço para separar uma de outra, é tudo jogado no mesmo saco das intenções veladas.

Para aproveitar o bordão presidencial, tomo a liberdade de, solene como sói acontecer, declarar que nunca antes na história deste país se usufruiu de tanta liberdade – opinião, expressão, imprensa – como nos dias atuais. E nem se precisa ir muito longe para autenticar essa minha percepção já que se trata de algo facilmente verificável.

AQUI

Nietzsche e a religião


Por Rogério Miranda de Almeida
na Revista Cult

Convém ressaltar que as religiões, e o cristianismo em particular, não são sinônimos de niilismo, embora, na perspectiva de Nietzsche, não se possa conceber uma religião que não moralize e, consequentemente, não encerre uma tábua ou uma hierarquia de valores. A religião cristã e as religiões orientais não subsumem o niilismo, que é um movimento muito mais amplo e do qual, enquanto forças niilistas da decadência, estas se apresentam como expressões ou manifestações essenciais. Não se pode pensar na concepção nietzschiana do judeu-cristianismo e do budismo sem vinculá-la à sua visão da religião grega no tempo da tragédia e à crítica que, já na sua primeira fase, ele endereçara à filosofia de Schopenhauer.

AQUI
- Ilustração de Otávio José

Perfil: Francisco Catão

Por Juvenal Savian Filho
na Revista Cult

Francisco Catão, carioca nascido em 1927, encontrou nesse espírito beneditino o programa de sua vida. “Pensando naquilo que eu poderia falar sobre mim mesmo, de uma coisa não tenho dúvida: o que dá unidade à minha história é Deus! Em todos os momentos de minha vida busquei a Deus! E, se há algo a dizer, esse algo é Deus!” Depois de um sorriso sereno, Francisco Catão continua: “E como está raro ver alguém falar de Deus. Mesmo na Igreja [Católica], enfati-za-se mais a estrutura [administrativa] do que Deus. Os problemas religiosos são resolvidos em termos de estratégias, disciplina, evangelização, pastorais, mas pouco se fala de Deus! O resultado [da raridade com que se fala de Deus] é que, muitas vezes, ao pensarem em religião, as pessoas têm em mente mais as estruturas humanas, os personagens, os fatos curiosos, e não relacionam religião com Deus. Mas toda religião deveria centrar-se em Deus!”. Ri, então, e conta o seguinte episódio, vivido alguns dias atrás: “Convidado por um repórter a escrever sobre a pedofilia na Igreja, neguei-me a fazê-lo, argumentando que minha área específica é Deus, a Trindade, Jesus Cristo. Mas fiquei mais surpreso com a reação do jornalista, que parecia não ver relação entre Igreja e Deus!”.

AQUI

Cartier-Bresson

Fotos de um dos principais nomes da fotografia do século 20 são publicadas em livro


AQUI

Remédio antimonotonia

Por Fábio Farias
na Revista Catorze

Para aplacar a imagem que queriam de local alternativo e de opção cultural, os donos chamaram o artista plástico Marcos Guerra para pintar uma das paredes do Prozac e espalharam quadros com referências de filmes famosos pelo bar. Além disso, a música escolhida de plano de fundo, desde a inauguração do empreendimento, passa longe do forró e axés tocados na maioria dos botecos natalenses. A opção geralmente é pelo blues, jazz, o rock progressivo, sem esquecer o samba e a bossa nova, sempre em volume baixo. “Tocamos Eric Clapton, B.B King, Led Zeppelin, Chico Buarque”, disse Eduardo.

Dentro da perspectiva de ser um espaço cultural, aberto ao artista, o Prozac realiza atividades do gênero com freqüência. Já aconteceram exposições de artes plásticas, shows musicais e lançamentos literários no local. O palco improvisado do Prozac recebeu, inclusive, artistas internacionais. Um deles foi o guitarrista irlandês Bard Larsen. “Somos um palco aberto, abrimos espaço gratuitamente para quem quiser mostrar a sua arte”, disse Eduardo. A perspectiva para o futuro é a de realizar peças de teatro e sessões de cinema aproveitando o espaço interno do local.

AQUI

Livraria online

A loja virtual www.timevision.com.br está com mais uma novidade em sua vasta linha de produtos; agora também podem ser compradas online as melhores seleções de livros, com temas e assuntos diversos.

Na categoria musical, os livros Heavy Metal - A história completa, de Ian Christe, da Editora Arx, por R$ 99,90; e Eu Sou Ozzy, de Ozzy Osbourne, da Editora Benvirá, por R$ 89,90 são destaques. O primeiro trata da mudança que a música teve com o Heavy Metal na década de 70, refletindo as insatisfações e a obscuridade de uma época. O livro é repleto de fotos, datas importantes e segredos dos bastidores. O segundo é uma autobiografia com detalhes e muito humor de uma trajetória cheia de sucesso, escândalos, amor e rock ‘n‘roll.

Livros polêmicos como Bullying - Mentes Perigosas na Escola, Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado, da autora Ana Beatriz Barbosa Silva, da Editora Fontanar, também podem ser encontrados na loja Timevision por R$ 83,90 e R$ 86,90 respectivamente.

domingo, 29 de agosto de 2010

Entrevista - Roberta Sá


Quando o Canto é Reza
Roberta Sá apresenta hoje em Natal seu recente álbum que homenageia o sambista Roque Ferreira

Roberta Sá está mergulhada no mesmo lago de águas cristalinas onde estão as chamadas intérpretes do sambinha cool bem comportado, um tanto retrô e cultuado pela mídia intelectualizada. Nada perto das raízes sambistas de uma Beth Carvalho ou da força vocal de Alcione, que canta os desejos da mulher e tira o chapéu pro negão. A intérprete nascida em Natal e carioca desde a adolescência mostra na noite de hoje no Boulevard a fisionomia do novo samba, ou do ritmo sambista emergente cantado e defendido pela atual crítica musical brasileira.

No altar com Roberta estão nomes como Maria Rita, Mariana Aydar, Céu. São cantoras aparentemente genéricas de Marisa Monte, longe do mundo suburbano carioquês e de influências de fontes masculinas de sambistas mais refinados como Paulinho da Viola, Nelson do Cavaquinho ou o homenageado por Roberta Sá neste quarto álbum de carreira, intitulado Quando o Canto é Reza (2010). O CD foi gravado junto com o Trio Madeira Brasil e baseado no repertório do sambista baiano Roque Ferreira. Roberta conta mais detalhes na entrevista a seguir.

As perguntas foram enviadas por e-mail na terça-feira à assessoria da cantora. Quatro questões ficaram sem resposta por falta de tempo, "correria", segundo foi comunicado. Ficaram em branco as perguntas: 1) "Você hoje é unanimidade da crítica; recebeu prêmio de melhor cantora de MPB por entidades prestigiadas como a APCA. Toda unanimidade é mesmo burra ou há exceções?". 2) "Qual sua relação com os compositores potiguares? Algum já lhe enviou alguma música? Uma parceria com Khrystal, Valéria Oliveira, seria possível?". 3) "Você construiu sua carreira fora de Natal. Sua música é essencialmente carioca ou há alguma pitada potiguar nas letras, timbres e postura de cantar?".

Entrevista >> Roberta Sá

Seu debut com Braseiro (2005) lhe elevou rapidamente ao altar da MPB. Os segundo e terceiro CD manteve o status e a pegada rítmica. Esse quarto álbum é mais samba, mais malemolente até pela escolha do repertório?
Este disco é uma homenagem ao Roque Ferreira. É a sonoridade do Trio, somada à minha voz.

Quais os diferenciais deste novo trabalho se comparado aos anteriores?
É o primeiro disco que dedico a um compositor só e que divido com outro artista como o Trio Madeira Brasil.

Houve toda uma pesquisa para formatação deste CD. Como foi essa história?
Escutamos tudo o que caiu nas nossas mãos da obra de Roque Ferreira. Fomos ao Recôncavo para buscar inspiração e para que, a partir daí, pudéssemos criar o universo do disco.

Como você descobriu a música de Roque Ferreira?
Escutei o disco dele Tem samba no mar e me apaixonei.

Você já afirmou que sempre quando lança um disco já pensa no outro. Qual a ideia para o próximo?
Ainda é segredo, está no plano das idéias e vai demorar um pouquinho pra começar.

O casamento com o Trio Madeira será mantido?
Faremos essa turnê juntos.

O show estará adaptado à estrutura e acústica do Boulevard, será mais intimista, ou a pegada será a mesma das apresentações em grandes casas de show?
Como vai ser o show, só sabemos na hora. É minha primeira apresentação lá. Mas estamos muito animados, ensaiados. Faremos o nosso melhor.

O que o público pode esperar?
Música feita com comprometimento e prazer.

O conceito de Música Popular Brasileira é amplo. Seu estilo musical, como de Maria Rita e Mariana Aydar, se enquadraria em um novo estilo de samba mais bossanovista, mais refinado e menos "povão"?
Faço música popular brasileira, pra quem quiser ouvir. Quanto mais gente atingir, melhor. Tenho tido uma resposta de público maravilhosa por onde passo, o que me deixa muito feliz.

Roberta Sá - "Quando o Canto é Reza"
Quem: Roberta Sá e Trio Madeira Brasil
Onde: Boulevard (Nova Parnamirim)
Quando: domingo, às 20h
Ingressos: R$ 200 (mesa), R$50 (individual) e R$25 (individual meia entrada).
Vendas Antecipadas: La Femme Lingerie (Midway, 3646-3292) e Tábua de Carne Ponta Negra, 3642-1138)
Produção local: Agenda Propaganda (84) 9461-7000

* Matéria publicada neste domingo no Diário de Natal (AQUI)
- Foto: Murillo Meirelles

Galeria inaugura com exposição de Dorian Gray


O artista, que aos 80 anos continua com uma produção febril, irá expor pinturas de suas várias fases

O artista plástico Dorian Gray Caldas abre uma série de exposições que serão realizadas na Galeria Projettare, que será inaugurada nesta quinta-feira, 02 de setembro, às 20h. A galeria está localizada na avenida Engenheiro Roberto Freire, 3080, Capim Macio.

O consagrado artista, que aos 80 anos continua com uma produção febril, irá expor pinturas de suas várias fases, inclusive algumas da década de 1950 que ele acaba de restaurar. Dorian Gray é reconhecido internacionalmente pela sua obra, que inclui tapeçaria, cerâmica, escultura e desenho. Ele também é escritor com vários livros publicados e membro da Academia Norteriograndense de Letras.

Sobre Dorian, o escritor João da Mata Costa escreveu: [WINDOWS-1252?]“Dorian é um artista do seu tempo e tudo foi registrado nas suas telas e aquarelas, São casarões antigos, engenhos de açúcar, camponeses e vilas populares imortalizados na arte desse artista [WINDOWS-1252?]genial”.

A Galeria
A Galeria Projettare foi concebida por um grupo de arquitetas para receber os apreciadores das artes plásticas de forma confortável, com iluminação planejada e vários ambientes que recebem obras que partem de um ponto central da exposição. Sem dúvida, uma inovação para tornar as exposições que ocorrerão ao longo do tempo agradáveis de serem apreciadas.

Exposição de Dorian Gray Caldas
Inauguração da Galeria Projettare
Dia: 02 de setembro de 2010
Hora: Coquetel às 20h.
Endereço: Engenheiro Roberto Freire, 3080, Capim Macio, Natal RN.

Do blogueiro: Quando se noticia o fechamento de galerias de arte por falta de público - a lembrar a Anjo Azul - ou o notório desprestígio do natalense por obras de arte, é no mínimo corajosa a iniciativa desse grupo de arquitetas em inaugurar um novo espaço dedicado às artes plásticas.

Quem era terrorista? Agripino ou Dilma?

Por Emir Sader
no Vermelho

À falta de outros argumentos e propostas, com um mínimo de consistência, os opositores reiteram a imagem de "terrorista" de Dilma. Quem era terrorista: a ditadura militar ou os que lutávamos contra ela? Dilma estava entre estes, o senador José Agripino (do DEM, ex-PFL, ex-Arena, partido da ditadura militar), entre os outros.

O golpe militar de 1964, apoiado por toda a imprensa (com exceção da Última Hora, que recebeu todo o peso da repressão da ditadura), rompeu com a democracia, a destruiu em todos os rincões do Brasil, e instaurou um regime de terror - que depois se propagou por todo o cone sul do continente, seguindo seu “exemplo.

Diante do fechamento de todo espaço possível de luta democrática, grandes contingentes de jovens passaram à clandestinidade, apelando para o direito de resistência contra as tiranias, direito e obrigação reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Enquanto nos alinhávamos do lado da luta de resistência democrática contra a ditadura, os proprietários das grandes empresas de comunicação - entre eles os Frias, os Marinhos, os Mesquitas -, os políticos que apoiavam a ditadura - agrupados na Arena, depois PFL, agora DEM, como, entre tantos outros, o senador José Agripino -, grandes empresários nacionais e estrangeiros, se situavam do lado da ditadura, do regime de terror, da tortura, dos seqüestros, dos fuzilamentos, das prisões arbitrárias, da liquidação da democracia.

Quem era terrorista? Os que lutavam contra a ditadura ou os que a apoiavam? Os que davam a vida pela democracia ou os que se enriqueciam à sombra da ditadura e da repressão? Os que apoiavam e financiavam a Oban ou aqueles que, detidos arbitrariamente, eram vitimas da tortura nas suas dependências, fuzilados, desaparecidos?

Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma? Os militares que destruíram a democracia ou os que a defendiam? Quem usava a picanha elétrica, o pau-de-arara, contra pessoas amarradas, ou quem lutava, na clandestinidade, contra as forças repressivas? Quem era terrorista: Iara Iavelberg ou Sergio Fleury? Quem estava do lado da Iara ou quem estava do lado do Fleury? Dilma ou Agripino? Quem estava na resistência democrática ou quem, por ação ou por omissão, estava do lado da ditadura do terror?

sábado, 28 de agosto de 2010

Alcateia em plena forma


Os lobos da Alcateia Maldita estão em forma. Rock da melhor qualidade. Formação básica com excelentes músicos e a figura lendária de Raul à frente dos vocais. Também em Nalva Café na noite de ontem, a presença do cigano Fernandão, que o amigo Moisés de Lima me explicou ser dos principais compositores da banda. Antes do início do show, performance da artista Civone Medeiros, que tirou as roupas em declamações poéticas. Não entendi foi a de um sujeito lá que dançando na frente do palco também ficou nu, sem justificativa. Desconfio que haja formas mais dignas e interessantes de aparecer. Mas tudo é válido quando o rock ecoa e a liberdade anda solta.

* Foto: Sérgio Vilar

Raul Seixas no Gruta D'água


Raulzito Seixas será homenageado hoje na nova casa de espetáculos Gruta D'Água, localizada em Pium. O "Maluco Beleza" será tema da festa Uma Noite com Raul, reunindo shows de cantores e bandas potiguares que reverenciam a antológica obra do roqueiro baiano. Participam os artistas Ricardo Seixas e Vitoriano e as bandas Mobydick e Os Grogs. Na oportunidade serão sorteados camisas e CDs alusivos à obra de Raul. Os aniversariantes não pagam ingresso.

As bandas participantes são tradicionais intérpretes da música de Raul Seixas. Os Grogs é um dos principais grupos autênticos de Rock'n Roll do estado. A formação traz Giancarlo Vieira (voz), Felipe Rebouças (guitarras), Paulinho (voz e teclados), Moisés Lima (baixo e vocais) e Tony Macarthy (bateria). No repertório, clássicos dos Beatles, Rolling Stones e Creedence, Raul Seixas, entre outros.

A MobyDick traz repertório dançante e eclético, fiel em sua proposta de tocar um som diferenciado e apostando na qualidade da sua música. Sua formação atual conta com os experientes Glay Anderson (vocais e violão), Thiago Andrade (guitarra), Gustavo Cocentino (vocais e guitarra), Renato Cazzolli (contra-baixo, gaita e backing vocals) e Renan Reckziegel (bateria).

Ricardo Seixas é cover de Raul desde 1995 quando adotou o pseudônimo e passou a fazer apresentações musicais em bares e tributos. Já Vitoriano é um dos primeiros músicos a prestar homenagem a Raul Seixas, com um show ocorrido trinta dias após o morte do roqueiro em 1989.

Uma noite com Raul
Onde: Gruta D'Água (na RN 313, rodovia que liga Pium a Parnamirim, 500 metros à direita, do Forró do Pote no sentido Pium - Parnamirim)
Data e hora: hoje, às 21h
Ingressos: R$ 10
Informações: 9922-8188 e 9151-7783

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Seleção das músicas do MPBeco 2010

As músicas que disputarão as duas semifinais da 5ª edição do Festival de Música do Beco da Lama – o conhecido MPBeco – já estão definidas. A comissão responsável pela escolha das 24 concorrentes debruçou-se sobre um universo integrado por 260 composições, pertencentes aos mais diversos gêneros musicais, cujas inscrições vieram de diferentes regiões do Estado.

A comissão contou com a participação do jornalista e músico, Moisés de Lima, vencedor da 3ª edição do Festival, como integrante da banda “Os Grogs”; pela também jornalista e musicista, Michelle Ferret, ex-integrante do grupo “Rosa de Pedra”; e pelo músico e produtor Vlamir Cruz.

Para definir a ordem das apresentações nas duas etapas da fase semifinal, que serão realizadas nos dias 11 e 18 de setembro, e para esclarecer dúvidas com relação ao regulamento, a produção do Festival está convocando representantes dos trabalhos selecionados para uma reunião, na próxima segunda-feira, 30, às 18h00, no auditório da Capitania das Artes. A seqüência de apresentação nas semifinais será definida por sorteio.

As 24 selecionadas estão no post abaixo!

Selecionados do 5º MPBeco

Segue abaixo as 24 músicas selecionadas à primeira eliminatória da 5ª edição do Festival MPBeco. Detalhes do festival, premiação, regulamento, é só visitar o site oficial do evento, clicando AQUI.

Música: A Balada da Cidade Mágica
Compositor(a): Franklin Mário

Música: Mais Respeito
Compositor(a): Anderson Camilo / Daniel Pinho

Música: Porta-Retrato
Compositor(a): Janekelly da Silva Lira

Música: As Duas Torres
Compositor(a): Gabriel Leopoldino

Música: Me Chame Com'eusou(L)
Compositor(a): Maxsoul / Maguinho da Silva

Música: Sabe
Compositor(a): Lourdes Silva

Música: Caravana dos Loucos
Compositor(a): Ivanilson da Silva – Damned Blues

Música: Memória da Casa Velha
Compositor(a): Severino Ramos / Fernando Calon / Nagério

Música: Semancol
Compositor(a): Ivando Monte

Música: Coco Parangolé
Compositor(a): Zé Martins

Música: Minha Alma Não É Feita de Encaixar
Compositor(a): Arcésio Andrade

Música: Sonho Real
Compositor(a): Terezinha de Jesus

Música: Deu Sede
Compositor(a): Vernon Bitu

Música: Mr. President Barac Obama
Compositor(a): Luiz César / Flávio Henrique Pereira

Música: Tarja Preta
Compositor(a): Luis Gustavo Costa

Música: Eu, Eles e Minha Casa
Compositor(a): Rodrigo Lacerda

Música: Nada É Mais Forte Que o Amor
Compositor(a): Marcondes Brasil

Música: Torto Viés
Compositor(a): José Wicliff

Música: Feitiço Brasileiro
Compositor(a): Márcio Ramalho

Música: Nego Nagô
Compositor(a): Miguel Nery

Música: Tsunami
Compositor(a): Julio Lima

Música: Judas Estalou Um Beijo
Compositor(a): Graco Medeiros / Zoroaster Medeiros

Música: O Riso
Compositor(a): Eduardo Pandolphi / Cleo de Brito Lima / Misael Eduardo Fernandes

Música: Ultraleve
Compositor(a): Donizete Lima / Luis Gadelha

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O golpe militar no RN


A história é testemunha dos fatos, mas nem sempre eles são revelados. Muitos dos cenários, personagens e vivências do período ditatorial no Rio Grande do Norte, antes encobertos pelo manto do esquecimento, são agora revelados no livro O golpe militar no Rio Grande do Norte: e os norte-rio-grandenses mortos e desaparecidos 1969-1973 (Editora Sebo Vermelho, 108 pág. R$ 20), do professor e historiador Luciano Capistrano. O lançamento do livro será nesta sexta-feira, no IFRN (Campus Avançado da Cidade Alta), às 19h.

O livro foi construído a partir de pesquisas minuciosas, bibliografia relacionada ao tema, depoimentos de familiares dos desaparecidos e de resistentes do regime militar. Os fatos estão encadeados de forma contextualizada pelo momento político-social do período. Algumas curiosidades podem ser lidas, como o nome do primeiro preso político do Rio Grande do Norte: Evlim Medeiros, presidente do Sindicato da Construção Civil de Natal à época.

O ex-reitor da UERN, Antônio Capistrano, alerta: “Existe uma tentativa de esconder das novas gerações as arbitrariedades cometidas nesse período”. O presidente do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular, Roberto Monte, também escreve no livro: “Não é um tema fácil, pois desde o início da nossa história assuntos como o tráfico negreiro, Canudos, Guerra do Paraguai, Estado Novo são ainda colocados abaixo do tapete por uma classe dominante arrogante e má”. E acrescenta: “A verdade continua sendo revolucionária”.

O livro é dividido em quatro capítulos: Raízes do Golpe, A face obscura do regime militar, O golpe militar no Rio Grande do Norte, e Considerações Finais. As últimas 30 páginas são preenchidas por biografias de militantes políticos desaparecidos e mortos, além de fotos do acervo do DHnet. Um dos resistentes daqueles tempos, Mery Medeiros assina a orelha da obra: “Um trabalho de fôlego, abordando a história dos que sofreram as atrozes perseguições do regime militar ditatorial, que manchou com o arbítrio e autoritarismo a história do nosso amado Brasil”.

Lançamento literário
Livro: O gole militar no Rio Grande do Norte
Autor: Luciano Capistrano
Onde: IFRN (Campus Avançado da Cidade Alta)
Data e hora: amanhã, às 19h
Preço: R$ 20 (no lançamento)

Dona Militana no cinema

Show de hoje no TCP


Projeto Encontros Sonoros reúne hoje a cantora e compositora Fátima Guedes e violonista e compositor Marco Pereira. Na primeira parte do show, dedicada ao gênero instrumental, Marco Pereira, dono de um estilo vigoroso e ao mesmo tempo preciso, límpido e fluente, apresenta um repertório com releituras de sucessos de Baden Powell, Tom Jobim e Dorival Caymmi. O show será no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (anexo à Fundação José Augusto, em Tirol), às 20h. Ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia).

Mestre em Violão pela Universidade de Paris-Sorbonne, onde recebeu forte influência jazzística, Marco é reconhecido como um dos melhores violonistas da atualidade. Em 1993, recebeu o Prêmio Sharp como Melhor Arranjador de MPB pelo CD Gal, de Gal Costa. No ano seguinte, foi novamente contemplado com o Prêmio Sharp de Melhor Disco Instrumental e Melhor Solista pelo CD Bons Encontros.

Com 17 CDs gravados e inúmeras participações em trabalhos de outros artistas, já tocou com grandes nomes da música brasileira, como Paulinho da Viola, Tom Jobim, Gilberto Gil, Edu Lobo e Baden Powell, e possui uma carreira internacional de sucesso, tendo sido premiado em dois importantes concursos internacionais na Espanha: Andrés Segóvia e Francisco Tárrega.

Considerada uma das maiores revelações da MPB nos anos 80, a cantora e compositora Fátima Guedes chega na segunda parte. Intérprete marcante e sensível, começou sua carreira em 1978, quando foi apresentada por Elis Regina em seu especial de TV. Suas canções foram imortalizadas nas vozes de grandes intérpretes como a própria Elis, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Simone, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Elba Ramalho, entre outros. Com 11 CDs gravados, Fátima tem realizado shows no Brasil e exterior, sempre aclamada pelo público e crítica.



Arte milenar em extinção


Um dos únicos marcheteiros de Natal promove vernissage de sua nova coleção hoje, no Palácio da Cultura

A arte de combinar madeiras na formação de figuras é cada vez mais incipiente. A questão ambiental e o crescimento das indústrias dificultam a compra da madeira a quem deseja perpetuar a arte milenar da marchetaria com esta técnica. Em Natal, Ulisses Leopoldo mantém a tradição. É o único expositor da cidade e com nova vernissage marcada para a noite de hoje, no Palácio da Cultura, Cidade Alta.

A exposição é temática. São 29 quadros de florais em variados formatos, cores e materiais. A minúcia na colocação de pedaços de madeira em encaixes perfeitos se vê em todos eles. O tamanho médio dos quadros é de 45x40cm. Cada um ao custo de R$ 450. Algumas peças confeccionadas pelo marcheteiro empregam até 2,5 mil pedaços de madeira na formatação figurativa ou paisagens.

São mais de três décadas de aprendizados e aperfeiçoamentos na técnica. Ulisses é hoje o maior representante da marchetaria em Natal. Começou na arte com uso de madeiras em 1974 sem qualquer informação a respeito; nem mesmo o nome "marchetaria" era familiar ao jovem universitário. "Um rapaz empregado lá de casa trabalhava também em indústria de beneficiamento de madeira e sempre deixava pedaços por lá", lembra.

E com as "raspas de madeira" e a curiosidade em conhecer o processo detalhado daqueles entalhes dos móveis antigos ou dos violões mais trabalhados, Ulisses se iniciou na arte. Só com alguns anos de prática descobriu a madeira folheada - uma espécie de papel de madeira, que hoje funciona como revestimento dos móveis de compensado. "Os móveis de antigamente eram feitos de madeira boa, maciça. Hoje são compensados, como se fossem fórmicas, apenas revestidos dessa madeira de qualidade".

Ulisses - mestre de alguns outros poucos marcheteiros da cidade ainda sem exposições individuais - prevê o fim da técnica da marchetaria em madeira. "Talvez eu ainda esteja vivo para assistir esse fim porque a compra do material básico da madeira é cada vez mais difícil". Questões ambientais e domínio do setor industrial sobre o pouco que resta são alguns motivos apontados pelo marcheteiro.

Por isso, Ulisses guarda em casa madeiras originais da África, Canadá, Chile, para usar em pequenos detalhes das obras. "Sei da dificuldade de encontrar esse material quando acaba", lamenta. Na exposição de hoje todos os quadros são elaborados a partir de madeiras nacionais como imbuia, mogno, cedro, marfim e outros. Apenas poucas peças guardam detalhes das madeiras estrangeiras.

Técnica

A marchetaria é arte de incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de materiais diversos. Podem ser metais, pedras, madrepérola e até casco de tartaruga. O ofício com a madeira praticado por Ulisses é o mais raro hoje em dia. O processo de elaboração das peças nasce a partir de um bloco de madeira maciça. E consiste na colagem de diferentes pedaços de madeira recortados de acordo com o padrão da figura.

A segunda etapa é o torno, que dá forma e lavrar com exatidão peças grandes, como vasos, pratos ou bolas decorativas, ou bem pequenas, como um anel. Por último, o trabalho recebe o acabamento à base de cera de carnaúba para melhor conservação e brilho natural. A técnica permite o aproveitamento máximo de cada árvore retirada da natureza.

Ulisses atende encomendas de toda sorte. Surgem quase sempre a partir das exposições que promove a cada dois anos. São figuras de animais e humanas, paisagens, frutas, plantas... “Também faço autoretrato. Mas a madeira limita muito a exatidão neste caso porque o trabalho com a madeira é todo ele chapado, sem nuances arrendondadas”.

O artesão explica que os autoretratos carecem de sombras que exigem técnicas abolidas por Ulisses. “Há técnica para impressão de sombras. Mas não gosto: tinge e queima a madeira com areia quente... Meu trabalho é todo natural: textura, cores, tudo”. E conclui: “Passo meu recado com o que tenho à mão”.

Florais em Marchetaria
Expositor: Ulisses Leopoldo
Onde: Palácio da Cultura (em frente à Assembleia Legislativa, Cidade Alta)
Abertura: hoje, às 19h30
Preço: R$ 450 (qualquer peça).
Visitação: até 12 de setembro, das 9h às 17h (de terça a domingo)
Contato: 3232-9727

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal (AQUI)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Encontro de Produtores Culturais Potiguares


A produção cultural da SBPC/UFRN convida músicos, bandas, grupos, produtores, coordenadores, gestores, empresas e instituições públicas e privadas, imprensa falada e escrita e ao público em geral para participar do Encontro de Produtores Culturais Potiguares. O Encontro será realizado neste sabado, às 14h, no Auditório da Escola de Música. O objetivo é levar ao público mais informações acerca da produção local, aproximar dialogos entre produtores e gestores e incentivar as propostas apresentadas no decorrer de sua execução. Os projetos contemplados na programação da SBPC Cultural formará a mesa de debates e o público poderá participar do dialogo, aberto a discussões, opiniões, curiosidades e sugestões, mas ainda esclarecimentos e posicionamentos acerca da cultura local e do seu projeto preferido.

Tema: A PRODUÇÃO CULTURAL NO RN
Participantes:
Anderson Foca – Projeto Dosol
Dorian Lima – MPBeco
Ednaldo Martins – Música Potiguar Brasileira (88,9)
Ranke – Festival Universitário da Canção
Racine Santos - Circo da Luz
William Collier – Projeto Por do Sol
Esso – Rede Potiguar de Música
Nelson Rebouças - Poticanto
Vera Santana - Conexão Felipe Camarão
Paula Vanina – Projeto Retrovisor
Tatiana Fernandes – Projeto Picadeiro
Fernando Luiz – Show das Comunidades
Marcelo Veni – Prêmio Hangar de Música

Lançamentos literários

O advogado e escritor Ciro José Tavares comemora seus 70 anos nesta quinta-feira com o lançamento de seu livro Anêmonas, a partir das 19h30. A noite de autógrafos será no Espaço Di Cavalcanti, do Hotel Imirá. Toda a renda será revertida para a Casa Durval Paiva.

Aos vestibulandos à vaga na UFRN em 2011, será lançado nesta sexta-feira o “Guia Literatura UFRN 2001”, do professor Alexandre Alves. Às 19h, no auditório da Siciliano do Midway. O professor faz uma análise das obras literárias cobradas no concurso.

Também na sexta, no mesmo local e horário, Larissa Jansen compartilha com o leitor a experiência vivida durante o tratamento de uma grave doença óssea que culminou num transplante. A busca por uma melhor qualidade de vida fez desta guerreira uma militante na luta pela divulgação do transplante de ossos e tecidos. A publicação narra a rotina em consultórios, a espera pelo doador, a demora para ter leito em hospital público. Uma história real.

Sindjorn - Informe 6

Após uma semana de recesso nas reuniões semanais - sempre às terças-feiras! - em razão da viagem de três diretores ao Congresso Nacional dos Jornalistas em Porto Alegre, retomamos hoje as discussões. E uma novidade trazida de Poá: ficou definido o piso nacional dos jornalistas em R$ 1.336,00.

A pauta hoje foi centrada nas primeiras tomadas de decisões acerca da formatação do Congresso Estadual dos Jornalistas, a pauta salarial e a nova festa promovida pelo Sindjorn em sua sede já com a venda das camisas da campanha, como forma de atrair os jornalistas ao sindicato.

A data prévia escolhida para o Congresso é entre os dias 16 e 18 de novembro. Este ano - e pela primeira vez - será promovido em Mossoró. O local foi definido no último evento (que é bianual), em 2008. A programação completa, com tema e convidados, será montada e posteriormente divulgada.

Uma pré-pauta salarial será montada possivelmente ainda esta semana para ser apresentada, discutida e definida na próxima reunião de terça-feira. Por isso, é importante a presença de quem queira opinar. Queremos ouvir as reclamações, denúncias, etc para tomarmos ciência das prioridades.

Sempre lembrando, as reuniões do Sindjorn ocorrem todas as terças-feiras a partir das 19h30 na sede do sindicato: cruzamento das ruas Felipe Camarão e Juvino Barreto, por trás das torres do prédio Chácara, que fica na Av. Deodoro.

Participaram da reunião de hoje: Nelly Carlos, Rudson Pinheiro, Raildon Lucena e Sérgio Vilar, todos membros da diretoria.

Oliver Stone e a voz única da América Latina

Por Roberto Navarrete
no Site Vermelho

O novo documentário de Oliver Stone, “A sul da fronteira”, narra o aparecimento de uma série de governos progressistas na América Latina, a sua busca de transformação social e política no continente e a crescente independência de Washington.

Embora não se possa meter tudo no mesmo saco, como Oliver Stone faz com a promoção dos governos Kirchner a progressistas, quer o filme “A Sul da Fronteira” quer esta entrevista são contributos para romper o cerco da central de desinformação comandada por Washington. Além de Stone, Tariq Ali, co-roteirista do documentário, também é ouvido na entrevista. Confira.

Roberto Navarrete: Você fez três filmes sobre a América Latina, dois deles sobre Fidel. O que o levou a fazer este novo documentário sobre a América Latina?
Oliver Stone: Não te esqueças, além disso, de “Salvador” em 1986. Foi sobre El Salvador, na América Central, uma tragédia. De forma que voltei. Gosto da América Latina, vejo a América do Sul como o setor socialmente mais débil nesta situação.

Como cineasta, tendo a fazer filmes sobre as pessoas que não recebem tratamento justo. Creio que o que se está a passar está mal. Conheci Chávez em 2007, depois voltei em 2008 e ele disse-me: “não fique só com a minha versão, vá falar com os meus vizinhos”. Fiz isso com uma pequena equipe, e estivemos com sete presidentes em seis países.

Perguntava-me: porquê tanta confusão? Porque fazemos tanto barulho com o Chávez? Algo cheira mal em tudo isto. Quando os Estados Unidos mostram tanto zelo por destruir alguém, como já sucedeu várias vezes na América do Sul e na América Central, é evidente que há uma motivação. Estamos à procura dessa motivação.

AQUI

Da reunião do Conselho Municipal de Cultura

Release da Funcarte

O Conselho Municipal de Cultura (CMC) realizou na última segunda-feira (23), a 14a reunião ordinária na sede da Fundação Cultural Capitania das Artes, quando foram aprovadas várias resoluções. A primeira delas destina a Escola Municipal de Ballet Professor Roosevelt Pimenta e seus respectivos projetos de dança o faturamento da mensalidade dos alunos. Antes, as mensalidades eram depositadas na conta única da Prefeitura. Os projetos de dança e a prestação de contas da escola serão previamente analisados e aprovados pelo CMC.

As demais resoluções se referem aos tombamentos de prédios antigos. Um deles é o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura Municipal do Natal. O prédio do Palácio Felipe Camarão foi construído no ano de 1922, pelo construtor Miguel Micussi, sendo inaugurado no mesmo ano no dia 7 de setembro, marcando o Centenário da Independência do Brasil, na administração do governador Antônio José de Melo e Souza (1920-1924) e do intendente municipal Teodósio Paiva. Antes, havia no local um casarão de linhas coloniais onde funcionava a Presidência da Intendência Municipal. A sede da Prefeitura recebeu o nome de “Palácio Felipe Camarão” através da Lei 359/A, de 1955, em homenagem ao índio Poti, que era o chefe dos Potiguares, tribo que habitava as margens do Rio Potengi.

O segundo tombamento foi do Colégio Estadual Atheneu Norteriograndense, que foi fundado no século XIX, época em que o Brasil era uma Monarquia, pelo então Presidente da Província, Basílio Quaresma Torreão, que também foi o seu Primeiro Diretor-Geral. O Atheneu é a mais antiga e tradicional Instituição Escolar brasileira, fundado antes mesmo do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. Pelo Atheneu passaram figuras ilustres do Estado, como Ferreira Itajubá, Juvenal Lamartine, Café Filho, Aluízio Alves, Cortez Pereira, Garibaldi Alves Filho, Geraldo Melo e José Agripino.

Durante a reunião, os conselheiros receberam a visita de representantes do IPHAN e da Unesco para tratar da inclusão de Natal no Fundo de Imóveis Privados, que faz parte do PAC das Cidades Históricas. E tem como objetivo financiar a preservação arqutetônica de prédios históricos. A princípio o programa irá contemplar os prédios da Ribeira e de Cidade Alta.

A reunião ordinária do CMC também distribuiu os 42 projetos inscritos no Fundo de Incentivo à Cultura - FIC entre os membros do Conselho para serem analisados. "No dia 10 de setembro próximo, os conselherios irão dar os pareceres finais nos projetos contemplados" adianta Amaury Júnior, secretário executivo do Conselho Municipal de Cultura. A lista dos projetos escolhidos será publicada em seguida no Diário Oficial do Município.

Compilação da literatura potiguar

Pesquisador reúne mais de 10 mil títulos de autores norte-rio-grandenses em livro lançado hoje, na ANL

O pesquisador Francisco Fernandes Marinho possui uma das maiores bibliotecas particulares do Estado. Só de autores potiguares são quase 10 mil títulos, todos reunidos na segunda edição de Bibliografia do Rio Grande do Norte (Edufrn, R$ 567 pág. R$ 40). O lançamento do livro será às 18h de hoje na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL). A obra funciona como facilitadora de pesquisa para estudantes e curiosos, organizada por ordem alfabética e índice remissivo.

O acervo pertence à Biblioteca Maria Fidelis da Costa. O intuito de Francisco - formado em filosofia, educação artística e pedagogia e hoje professor aposentado da UFRN - é transformar o espaço em instituição ou fundação cultural, "sem interferência do poder público". A biblioteca está situada no Conjunto dos Professores, próxima à UFRN. E já recebe estudantes e pesquisadores. Além dos livros, há também galeria repleta de telas de pintores potiguares e espaços culturais.

São quase 50 mil títulos pincelados em décadas de pesquisa. A coleção quase completa da Editora Mossorense foi doada pelo editor Vingt-un Rosado à Biblioteca, com quase cinco mil títulos. Há espaço reservado apenas aos autores potiguares. "Minha intenção é manter o instituto cultural com o dinheiro arrecadado com a venda do catálogo (Bibliografia do Rio Grande do Norte) e com o salário que ganho", afirma o professor, que iniciou a montagem da biblioteca em 1972 a partir de livros doados pelo avô.

* Publicado no Diário de Natal

O show "duka" da semana

10 coisas sobre o Sun Rock Festival

1 – O Sun Rock Music Festival é o primeiro festival inteiramente de rock realizado em um estádio de futebol no Nordeste. Nos dias 11 e 12 de setembro de 2010, o estádio José Américo de Almeida Filho, o popular Almeidão, será palco do maior evento do gênero em toda a história da Paraíba.

2 – A Get Your Sting and Blackout World Tour 2010, turnê que marca a despedida dos palcos do grupo Scorpions, no Brasil, começa por João Pessoa. Será no Sun Rock Music Festival que o público brasileiro irá conferir, em primeira mão, o show da nova turnê.

3 – Uma das exigências do Scorpions foi um telão de led gigante. Gigante mesmo. O telão do Sun Rock Music Festival mede 72 metros quadrados – maior que a área de um apartamento popular. É o mesmo telão utilizado no Festival de Verão de Salvador, é todo controlado por computador e leva cinco dias para ser montado. Pesa mais de duas toneladas e tem um gerador só para ele. É o maior telão de led do Nordeste e um dos maiores do país com tecnologia de última geração.

4 – Um avião fretado da Avianca Internacional, da Colômbia, vai trazer o Scorpions ao Sun Rock Music Festival, em João Pessoa. A Avianca pertence ao grupo TACA, a maior empresa de aviação da América Latina e uma das maiores do mundo. Apenas dois voos charter estrangeiros pousaram no aeroporto Castro Pinto anteriormente, assim mesmo há muito tempo atrás.

5 – O equipamento de iluminação para o show do Scorpions no Sun Rock Music Festival é o mesmo utilizado nas recentes turnês do U2 e AC/DC. O equipamento não existe no Brasil e teve que ser alugado no exterior para a turnê do grupo alemão no Brasil. Possui a mais avançada tecnologia em iluminação de espetáculos de música no mundo.
6 - A iluminação do Sun Rock Music Festival possui 400 canhões de luz e utiliza energia suficiente para alimentar uma cidade com 30 mil habitantes durante cinco horas.

7 – O gramado do estádio Almeidão, onde vai acontecer o Sun Rock Music Festival, irá receber um piso de proteção especial para o show. Serão 10 mil metros quadrados cobertos com o Easyfloor, material usado em grandes eventos em estádio que protege a grama como um tapete resistente. Possui entradas de ventilação e deixa passar a energia solar, para que, quando instalado, não deixe a grama morrer. O Easyfloor se encaixa como uma chuteira no campo, de maneira que ele não deslize na grama.

8 – O palco do Sun Rock Music Festival será o maior, em área, já construído no Nordeste. Da ponta de um PA para outra, o palco mede mais de 60 metros de largura. Da frente até o backstage, conta-se 30 metros de comprimento e o palco fica a 16 metros do chão.

9 - Cerca de quatro mil pessoas trabalham, direta e indiretamente, no Sun Rock Music Festival. São 32 carretas de equipamento, o equivalente a 80 toneladas de material.

10 – Se forem somados os valores dos equipamentos utilizados no Sun Rock Music Festival, a conta passa dos 200 milhões de reais.

Sun Rock Festival
Dias 11 e 12 de setembro de 2010
Estádio Almeidão, em João Pessoa (PB)
Programação:

Sábado, 11 de setembro
15h - Abertura dos portões
16h30 - Sonzera Band (RN) - Palco 2
17h45 - Unidade Móvel (PB) - Palco 2
19h - Shock (PB) - Palco 2
20h - Cachorro Grande (RS) - Palco Principal
22h - Scorpions (Alemanha) - Palco Principal

Domingo, 12 de setembro
15h - Abertura dos portões
16h30 - Terra Prima (PE) - Palco 2
17h45 – Matanza (RJ) - Palco Principal
19h30 - Children of the Beast (SP) - Palco 2
20h30 – Angra (SP) - Palco Principal
23h – Sepultura (MG/EUA) - Palco Principal

Ingressos:

Sábado (3º. Lote): Arquibancada geral (R$ 100, inteira, R$ 50, estudante); Cadeira numerada (R$ 200, intera, R$ 100, estudante); Pista normal (R$ 180, inteira, R$ 90, estudante); Pista Premium (R$ 350, inteira, R$ 175, estudante).

Domingo (3º. Lote): Pista normal (R$ 100, inteira, R$ 50, estudante); Pista Premium (R$ 200, inteira, R$ 100, estudante).

Onde comprar: na internet (www.ingressorapido.com.br), Call Center (4003-1212) e postos de vendas credenciados em João Pessoa (Epitácio Pessoa e MAG Shopping) e Campina Grande (Garden Hotel).

Grupos e excursões: Tambaú Receptivo – fone: 83-2106-9696 / e-mail caravanasunrock@operadoratambau.com.br

Classificação indicativa: 15 anos (abaixo de 15 anos, somente acompanhado dos pais ou responsáveis)

Informações:
www.sunrockfestival.com.br
www.twitter.com.br/sunrockfestival
www.youtube.com/sunrockfestival

Memorial Luís Maranhão

Um Memorial em homenagem ao ex-deputado potiguar e líder estudantil morto durante o período ditatorial, Luís Maranhão, será inaugurado nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa.

O Google em crise de meia-idade

Por Julio Daio Borges
no Digestivo Cultural

O Google, quem diria, está em crise de meia-idade. Depois de crescer a uma velocidade nunca antes vista na história das corporações, o Google está inseguro, pois vai ter de se reinventar – e, portanto, atira para todos os lados. O mercado de buscas já está dominado, mas os acionistas, obviamente, querem mais. Então, o Google atira a esmo. E erra, claro. O Google não é mais aquele... Brilhante. Inovador. Transformando bits em ouro como ninguém.

“Não dá para enganar todo mundo o tempo todo?” Não é assim que diz a velha canção? (E o Google virou mainstream, não esqueçamos.) O fato é que o Google precisa de um novo negócio, além dos anúncios contextualizados em buscas. Então, o Google aposta na chamada internet móvel. Cria seu próprio sistema operacional para celulares. E bate de frente com a Apple, uma velha aliada. “O Google quer destruir o iPhone e nós não vamos deixar”, anuncia ninguém menos que Steve Jobs.

O Android, no entanto, vai bem – mas o Google quer mais. Então, entra no mercado de software para PCs. Já lançou sua versão do Office, gratuita, “na nuvem”, agora quer lançar seu próprio sistema operacional – para bater de frente com o Windows e com a Microsoft. “Don't be evil” ou “Não seja a Microsoft”, ou ainda “Não seja o mainstream” – o slogan de quando o Google abriu seu capital na bolsa – faz Steve Jobs rir agora; que dirá Bill Gates...

Mas dizem as más línguas que a briga de Eric Schmidt, o CEO bilionário do Google, é com Steve Ballmer, o atual CEO da Microsoft (ambos nasceram quase no mesmo ano). Não bastasse a Apple e a Microsoft, o Google vai entrar no mercado de televisão, e quer que a internet tome ainda mais o tempo das pessoas. Quanto mais gente na internet, mais buscas – melhor para o Google.

Para terminar, quer combater o Facebook – que, sem querer (ou não), ameaça a hegemonia do buscador (sendo, hoje, o site mais acessado nos EUA). O Google quer lançar “a” rede social. E o Orkut, Google? E o Buzz (que jamais superou Twitter)? E o Wave? E as sucessivas mudanças de layout? O Google está inseguro? O Google está em crise de meia-idade.

Teatro de outubro

No Diário de Natal
matéria de hoje

Uma das iniciativas mais elogiadas no âmbito cultural do estado no ano passado abriu inscrições no início da semana para participação de grupos teatrais para a segunda edição do Festival Agosto de Teatro. Detalhe: mudança de governo e a ação do monstro burocrático atrasaram o evento em dois meses e o início será em 9 de outubro. Os grupos interessados em participar podem se inscrever no Teatro Alberto Maranhão, de segunda a sexta-feira, entre 13h e 18h, ou pelos Correios, via Sedex. O prazo é até 22 de setembro. O edital e a ficha de inscrição estão disponíveis na página virtual da Fundação José Augusto (www.fja.rn.gov.br).

AQUI

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Impressões de Cuba

Por Eliana Lima
no Abelhinha.com

A desigualdade social é gritante. O povo tem acesso gratuito à saúde e à educação. Porém, tem professor que chega a se ‘vender’ por um item de cesta básica, como o óleo, e aprova o aluno quando presenteado. Os serviços do governo passaram a ser troca de moeda. Preferência nos atendimentos médicos e odontológicos a quem presenteia com CUC, por exemplo.

Na mesa de refeições do cubano, é pra se sentir feliz com arroz, feijão preto e carne de porco. Quem quiser conhecer ou saborear outras iguarias, inclusive desconhecidas, até mesmo o mais renomado médico, o qualificado engenheiro, etc, aproveita as horas de folga por uma atividade extra, para faturar uns trocados, seja lavando carro, cortando grama, aula particular…

AQUI

Rádio e TV com o Ecad

Release da assessoria do Ecad

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – Abert - acaba de renovar convênio com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), instituição que atua na arrecadação e distribuição de direitos autorais de execução pública musical. O convênio, que estava em vigor desde 2008, foi renovado até abril de 2012 e beneficiará as rádios associadas à Abert. A assinatura deste convênio tem grande relevância pois incentivará o pagamento a ser feito ao Ecad pelas rádios e TVs associadas à Abert, beneficiando compositores, intérpretes e músicos que tiverem suas músicas tocadas nessas rádios.

O envio ao Ecad da planilha eletrônica com as músicas tocadas em suas programações é um dos requisitos necessários para que as rádios associadas tenham direito a um desconto de 25% na mensalidade da retribuição autoral a ser paga. As rádios que possuem o software Ecad.Tec Rádio, fornecido gratuitamente pelo Ecad, poderão enviar essas informações de forma direta e automatizada. “O convênio com a Abert estipula a troca de informações das músicas que estão sendo executadas entre as rádios e o Ecad. Esta é uma definição importante, pois para que o artista receba o valor correto de direito autoral, é preciso que haja o envio correto das informações das obras que foram tocadas”, afirma Márcio Fernandes, gerente executivo de Arrecadação do Ecad.

Com o avanço da tecnologia, o convênio com a Abert também contempla a definição de procedimentos para as rádios que transmitem suas programações através da internet, via simulcasting. Até maio de 2011 haverá um desconto de 35% para as rádios web adimplentes e 25% a partir desta data. Emissoras com potência de até 3KW também terão desconto. Aquelas que pagarem, em dia, 17 mensalidades consecutivas, a partir da celebração do convênio, ficarão isentas da 18ª. Na prática, isso significa um desconto total de 30,5% para estas rádios.

O convênio busca ainda que o Ecad e a Abert mantenham relacionamento de respeito mútuo e parceria, cientes da importância de reconhecimento aos autores e aos seus direitos autorais, como forma de fomentar a produção e distribuição de cultura.

Edital do Aeroporto de São Gonçalo nesta quinta

Da Agência RN

Serão publicadas na próxima quinta-feira (26), no Diário Oficial da União, as minutas do edital e do estudo de viabilidade do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Depois disso, deverão acontecer as duas audiências públicas exigidas pela legislação e, logo em seguida, será publicado o edital propriamente dito, que abre caminho para a escolha da empresa ou consórcio privado que irá tocar as obras do complexo.

O edital deve ser liberado pelo Tribunal de Contas da União e publicado efetivamente em meados de novembro, dando início ao processo licitatório. Com isso, no início de 2011, o canteiro de obras da empresa vencedora da licitação será instalado.

"O aeroporto de São Gonçalo do Amarante é uma obra de importância econômica imensurável para o Rio Grande do Norte e o nosso governo tem empreendido todos os esforços para que ele se torne uma realidade", observou o governador Iberê Ferreira de Souza.

Com a publicação do edital nesta quinta-feira (26), a ideia dos técnicos do BNDES, Ministério da Defesa e Infraero é que a primeira audiência pública seja realizada no dia 16 de setembro, em São Gonçalo do Amarante, e a segunda, no dia 21 de setembro, em Brasília.

"O Governo do Estado está tentando antecipar estas datas porque, com isso, agilizaremos o processo de publicação da versão final do edital, que poderá ter alguns ajustes propostos exatamente nestas audiências", explica o secretário de Planejamento e Finanças, Nelson Tavares.

Os decretos que definiram o modelo de concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante e o que cria as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) de Macaíba e Assu foram publicados na edição de 11 de junho passado do Diário Oficial da União.

No caso do aeroporto, o decreto transfere à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderes para definir o modelo de concessão do novo terminal, que representará um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão e deve gerar cerca de 30 mil empregos diretos, em especial, para a região Metropolitana.

O aeroporto, que deverá ser o maior terminal de cargas da América Latina, terá a maior pista de pouso do Nordeste - 3.000 metros - e será o único da região a ter capacidade de receber o Airbus 380.

Abrago


Por Carito
em seu blog Carito

Abrago

Você sabe o que significa abrago?
Será um abrigo que eu trago?
Será que trago trazendo ou tragando?
Será que se a palavra ficar ao léu vai ficar se estragando?
Será que é para guardar na geladeira?
Será que ela vai me abandonar agora
Ou me acompanhar
Por uma vida inteira?
O que faço com essa palavra?
Encontro um abrigo pra ela?
Brigo com ela?
Me abraço com ela?
Me abrago com ela?
Como ela chegou até aqui?
Que verbo é esse que se guarda vindo?
Não ligo pro abrigo e parto pro abrago?
Abro esse abrago?
Quantas perguntas e quase cem respostas
Para uma palavra inventada!

(Carito)

* Ilutração: Gustavo Klimt

Recital de flauta na UFRN

Mais um grande nome da música erudita se apresenta em Natal. Nesta quarta-feira a Escola de Música da UFRN recebe o jovem flautista Vitor Diniz, premiado em diversos festivais internacionais. O recital acontece às 20h, no auditório da escola de música, com entrada franca.

Vitor Diniz iniciou os estudos na Universidade Federal da Paraíba, e com apenas 17 anos ingressou como aluno do ensino superior na Musikhochschule Lübeck, Alemanha. Em 2007, o flautista recebeu o prêmio especial de melhor interpretação da peça Aeolian Elegy no Concurso Internacional Flute Meeting, em Volos, na Grécia e ainda naquele ano, foi convidado a tocar o Quinteto em Forma de Choro, de Villa-Lobos ao lado do Prof. Ingo Goritzki no 40. Sommersprossen Festival, em Rottweil, na Alemanha.

Além de sua atuação na Alemanha, país onde obteve sua formação musical, Vítor participou de importantes festivais. Como solista, destaca-se sua participação frente à Orquestra Sinfônica Brasileira, sob direção do maestro Roberto Minczuk, no Concerto para Flauta em sol maior KV 313 de W. A. Mozart.

Recital do flautista Vitor Diniz
data e hora: Quarta, às 20h
Onde: Escola de Música da UFRN
Entrada Franca

A menina da bola rosa

A jovem escritora potiguar Ana Laura Jalles Veras, autora de "A menina da bola rosa" - livro lançado em Natal e divulgado no Diário de Natal e Tribuna do Norte à época, concederá entrevista televisiva ao vivo na cidade de São Paulo, a convite da apresentadora Milene, mais conhecida como a ex de Ronaldo Fenômeno ou a Rainha das Embaixadinhas. Será em seu programa. Ana Laura falará sobre o livro e futebol, além do próximo livro que está escrevendo.

Novo livro de poesia de Carmem Vasconcelos


Caos na poesia, magia no conto
A poetisa Carmem Vasconcelos e a filha Carolina lançam livros inéditos amanhã

“A poesia existe porque a vida não basta”, disse o poeta Ferreira Gullar. E o novo livro da poetisa Carmem Vasconcelos ameniza as durezas da vida. Menos pela doçura poética. Não são poemas melados de mel. O alento brota da essência poética de multiplicar sensações. E no livro O Caos no Corpo (Editora Ideia, 114 pág. R$ 20) elas são fundamentalmente existenciais, de doces melancolias muitas delas restritas ao universo feminino repleto de sensualidades. O terceiro livro de poesias de Carmem será lançado às 19h de amanhã, na Livraria Siciliano, do Midway.

E basta a poesia do livro. Ou a ilustração de O Jardim das Delícias, de Bosch. Sem prefácio, orelha ou apresentação, apenas as palavras da poetisa saciam vontades de leitura e revelam mundos a partir das brechas deixadas pelos sentimentos. São poemas escritos em primeira pessoa, em maioria. “São em primeira pessoa, sem querer ser”, diz a poeta. Feminilidades angustiadas, sensuais, iniciam os textos e preenchem boa parte do livro. As metalinguagens também estão bem presentes: a poetisa desnuda o poema, como se poema fosse verbo. E o verbo se fez carne, corpo de mulher, desnudado.

“É existencial, sim. É pessimista. Talvez à maneira de Saramago pensar. É perigoso dizer isso. Mas sou meio desencantada com a vida. Faço festa em cima da tragédia, embora a tragédia não deixe de ser uma festa. Pelo menos acredito nisso – sou meio dionisíaca”, diz a poeta, cheio de crenças e descrenças, de quem escreve em primeira pessoa sem querer se desvelar. “É que não é exatamente a minha pessoa, a minha casa. Invento muita coisa; deixo a mente fluir na hora de escrever”. Foi assim no primeiro livro Chuva Ácida (2000) e Destempo (2002), ambos pela Fundação José Augusto.

Os poemas do capítulo A Casa descrevem minúcias e recantos da mulher tão cheia de dúvidas existenciais e desejos contidos das primeiras páginas. O jardim, a varanda, a sala, a copa, a cozinha, o quarto dos livros, a saleta da máquina de costura, o banheiro, são todos títulos de poemas. Cada qual com almas próprias. E neste último... “O banheiro nunca se livrou das réstias./ Elas azulavam o chão e os azulejos,/ e os corpos desnudos e a água.// Aquele lugar parecia/ um conciliábulo de zebras.”

A ousadia vem em seguida. Se Erasmo de Roterdã elogiou a loucura. Carmem Vasconcelos escreve Elogio do Clitóris, e inicia o capítulo com O deus das pequenas coisas: “O clitóris é o meu oráculo./ Antes das predições, me amorna,/ é o seu jeito de me chamar./ Aí fico acesa feito círio,/ aclarada de visões./ Só mesmo o clitóris me revela:/ O deus tem vontade de mim”. E nas páginas seqüentes, murmúrios contra hipocrisias, tabus e preconceitos contra a liberdade sexual feminina em poemas curtos e incisivos, de certa rebeldia juvenil encarcerada no corpo de mulher.

Em Cânticos do Cântico, a Carmem em poema único. O livro em síntese. Metalinguagens, odes ao amado, a libido de quem é “cativa do vento”, a liberdade incontida ou contida pela timidez... “Coisas profanas me tentam,/ inventam outra de mim.// Mas o teu hálito me converte em santa.” Até o desfecho do livro, anunciando O Caos (ou a poesia da cidade visível). E a completa descrença na cidade que é universo, que é vida. “Dunas dunas/ Seios que sucedem seios/ Seios migram mergulham em sim mesmos/ Seios sem corpos sem função/ Apalpados pelas mãos dessa cidade/ Movida a sustos/ Transida de escárnio e maldizer”. E o último suspiro do poema: “Por ti estou virando mar”.

Contos do Mundo Mágico
Na noite de lançamento do livro O Caos no Corpo, de Carmem Vasconcelos, a filha Carol Vasconcelos, 21, lança Contos do Mundo Mágico (Editora Ideia, 158 pág. R$ 25). Carolina é estudante de psicologia e trouxe a literatura fantástica à trama da estória de seu livro de estreia, voltado ao público infanto-juvenil. Os contos de fada se unem em mesmo enredo e transportam as magias da infância ao mundo mais palpável do livro físico e ao universo lúdico da imaginação. É a materialização dos sonhos em estórias repletas de personagens fantásticos e aventuras travadas por piratas, fantasmas e seres alados.

TODO POEMA É PERJURO

“Todo poema é perjuro,
todo poema é corpo.
E o corpo, esse passante...
Por quanto tempo suportará o corpo
a decomposição da alma?
Que é alma, senão aquilo
que não se põe no poema?
Não é fácil compor a alma,
nem compor o verso,
o medo de existir nos acossa.
Acordei tarde por medo de existir,
o sono era grave, com pesadelos.
O medo de existir não cicatriza”.

(Carmem Vasconcelos)

Lançamento literário
Onde: Livraria Siciliano (Midway)
Data e hora: amanhã, às 19h
Livros: O Caos no Corpo (Carmem Vasconcelos) e
Contos do Mundo Mágico (Carol Vasconcelos)
Preço: R$ 20 (Carmem) e R$ 25 (Carol)

* Ilustração de Julio Saens

Sarau na Aliança Francesa

Curso de Dança Contemporânea

A partir de hoje até o dia 27 de agosto a Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) promove o Curso Cultura Contemporânea: uma introdução – Módulo Dança. O curso é uma parceria da Fundação Joaquim Nabuco, por meio do Núcleo de Qualificação e Empreendedorismo Cultural da Funcarte e será ministrado pela professora Mariana de Rosa Trotta.

O Módulo Dança – Cultura Contemporânea é composto pelo seguinte programa: dança popular e seu papel na sociedade atual; a semiótica da dança; efeitos estéticos da dança; a dança no palco. O Curso tem como principal objetivo a abordagem da dança via semiótica. Inicialmente, será discutido o que é dança, seu papel na sociedade atual e o conceito de dança popular. Depois, será feita uma introdução aos princípios de análise da gestão atual da dança, os efeitos estéticos introduzidos por ela, mostrando como a dança transforma-se em espetáculo, a partir da análise de coreografias.

As inscrições devem ser feitas através do email nucleodequalificacao@hotmail.com enviando o nome completo e o telefone para contato. Serão disponibilizadas 50 vagas e será cobrada uma taxa de R$ 10. As aulas serão realizadas entre os dias 24 e 27 de agosto, das 14h às 17h30, no auditório da Funcarte.

Curso Cultura Contemporânea: uma introdução – Módulo Dança
Local: Auditório da Funcarte (Av. Câmara cascudo, 434, Centro)
Quando: 24 a 27 de agosto
Valor: R$ 10
Contato: nucleodequalificacao@hotmail.com
Telefones: (84) 3232-4599

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Paulo Coelho para estudantes

Livros consagrados do escritor Paulo Coelho poderão ser adotados em salas de aula. Eles serão publicados pelo selo Benvirá, da Editora Saraiva, junto com material didático. Os textos foram revisados e atualizados pelo próprio autor. Acompanhados de um inédito guia didático de leitura para professores e alunos das redes pública e privada, O Alquimista, O Demônio e a Srta.Prym e Veronika Decide Morrer pretendem alcançar a nova geração que ainda não conhece as obras de Coelho e permitem ao professor trabalhar em sala de aula temas importantes para a educação. No caso de O Alquimista, a perseverança; em Veronika Decide Morrer, o valor da vida; e em O Demônio e a Srta. Prym, as escolhas. Já publicado em 160 países, 71 idiomas e com mais de 115 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Paulo Coelho é um dos mais bem sucedidos autores nacionais.

E o velho DN começa a ser demolido...


Um futuro enriquecido pelo passado

Imagine aí Hebe Camargo novinha em folha no palco de um auditório pequeno em Natal, em plenos anos 50. Ou Orlando Silva cheirando cocaína armazenada na unha, durante os ensaios para a apresentação. Sob os mesmos holofotes, Jerry Adriani enlouquecia as fãs na saudosa Jovem Guarda, ou Nelson Gonçalves ecoava seu vozeirão para uma platéia cativa e elitizada, acomodada ali, naquele pequeno auditório situado no início da Avenida Deodoro. O prédio situado em Petrópolis, que até fevereiro deste ano abrigou grande parte da história do Diário de Natal, guarda um pedaço da vida cultural da cidade. E que nos últimos dias começou a ser demolida.

O futuro vem sempre amparado no alicerce do passado. E o Diário de Natal construiu históricos 70 anos até alcançar a modernidade da nova sede. Retrocedendo a fita do tempo, emerge uma época preta e branca de pioneirismos, ideologias e vitórias. Desde a Rádio Educadora de Natal (REN) – palco para apresentações dos sucessos nacionais e atrações internacionais da época – até o Cine Poti e a redação de jornalismo dotada da primeira máquina Off-Set do Rio Grande do Norte, repetida somente mais de dez anos depois em outras redações da cidade. E toda essa história tem um cenário...

A paisagem era bucólica. Pela Avenida Deodoro passavam os bondinhos. Natal vivia uma época saída da Belle Époque francesa cujo principado era comandado pelo jovem Cascudo. Os muros da província ainda eram baixíssimos... Uma casa típica das antigas residências alpendradas, ainda vistas no interior, chamava a atenção naquela avenida cercada de terrenos baldios e casas da elite natalense. Seria ali, em 1941, a sede da Rádio Educadora e o início de uma história midiática que acompanhou os ditames da modernidade de suas épocas até migrar para um novo espaço, respondendo à sua história de vanguarda.

A Rádio de muitas histórias
O prédio da Deodoro foi construído para abrigar a Rádio Educadora de Natal, pioneira à época. Desde o início – e pelos próximos 36 anos –, a REN assistiria a presença da rouxinol potiguar, Glorinha Oliveira, hoje com 83 anos. Nas lembranças remotas, o auditório pequenino frente ao palco suntuoso, capaz de abrigar uma orquestra sinfônica. À época, o analfabetismo tomava a maioria da população natalense. O acesso aos bens culturais era restrito à elite pouco numerosa, abastecida pelas atrações da REN.

“Vi Hebe tão magrinha, morena, do cabelo curtinho. Ela se apresentou junto ao pai, que tocava violino... As maiores atrações nacionais se apresentaram lá. E também alguns internacionais. Foram tantos... Lembro de Los Mexicanitos, a Orquestra Cassino de Servilha...”. E Glorinha Oliveira também se recorda de Orlando Silva cheirando cocaína durante os ensaios, antes da apresentação. “Ele guardava a droga na unha. Não sabia o porquê de cheirar o dedo. Só depois me disseram o que era”, lembra.

Outro episódio tragicômico foi a queda da cantora Isaurinha Garcia do palco, completamente embriagada. “Ela estava tão bêbada que quando segurou o microfone, posto naqueles pedestais antigos, tombou pra frente e caiu sobre o auditório já na primeira música. O show foi logo suspenso”. Nessa época, Glorinha conheceu os maiores artistas nacionais e também alcançou o sucesso no eixo Sul Maravilha. O único lamento foi a ausência de Cartola no palco da REN. “Esse não se conseguiu trazer de jeito nenhum”.

Cinema Paradiso
Naqueles anos antecedentes à chegada da televisão (logo depois do final da Segunda Guerra Mundial), o cinema era fascínio. No fechar das cortinas dos shows da Rádio Poti, (inaugurada em 1946 em substituição à REN), o projecionista Nilton Marcolino iniciava o começo do sonho. A tela era a parede do palco. A sala pequena, situada no alto do prédio abrigava praticamente a máquina de projeção e seu condutor. Ao meio dia, recebia a companhia do filho, Iranilton, hipnotizado pela novidade.

“Lembro que passavam mais filmes de faroeste, com sessões mais disputadas nas tardes de domingo. Meu pai passava o dia lá, e na hora do almoço eu e minha mãe levávamos a quentinha pra ele almoçar”. Iranilton lembra ainda da travessura de criança, quando o pai se descuidou e ele pôs o dedo na frente do projetor. “Apareceu aquela sombra na tela. Foi uma gritaria lá embaixo, o povo assustado. Meu pai perguntou o que tinha sido e eu disse que não sabia de nada”, recorda.

A cena lembra a figura do garoto Toto (Salvatore Cascio), do clássico cinematográfico Cinema Paradiso. Toto trava amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projecionista. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança, quando Toto (Jacques Perrin) cresce e se torna cineasta de sucesso. Iranilton, mais tarde, se tornaria editor de política do jornal que ocupara o espaço do velho Cine Poti.

Fim do rádio e começo dos novos tempos
Em fins dos anos 50, o prestígio da rádio começava a declinar frente à chegada da televisão e a evolução do cinema. A Rádio Poti – primeira rádio do Nordeste associada ao grupo de Assis Chateubriand – perdia espaço gradativo. O auditório, o palco de tantas histórias, daria lugar ao maquinário do jornal Diário de Natal – o primeiro veículo a ser impresso em Off-set, a ter páginas coloridas e a se informatizar, que se transferia da antiga sede na Ribeira para o novo prédio.

A Rádio Poti se limitava aos estúdios, como as outras grandes rádios da época mais tarde se adequariam. O prédio ganhou nova fisionomia. E desde então sofreu reformas para se adequar aos novos tempos e às novas tecnologias. Em fevereiro, o Diário de Natal escreveu uma nova página de sua história, sem apagar da memória o livro de fatos e acontecências de sua evolução nos últimos 70 anos, sempre amparada na filosofia da vanguarda e sob a luz dos novos tempos.

Memória
O jornal O Diário, fundado em setembro de 1939 para publicar as notícias da 2ª Grande Guerra, não tinha instalação própria, gráfica própria e nem mesmo uma redação - sobrevivia no prédio e com a redação de A República. Resistiu até abril de 1942, quando diante das dificuldades venderam O Diario para o empresário Rui Moreira Paiva que, naquela época, era o representante, em Natal, da Companhia de Navegação Costeira e estava igualmente interessado em combater o nazi-fascismo.

Em suas mãos, O Diário estruturou-se melhor, tendo adquirido duas Linotipos (sistema de matrizes que, após agrupadas, servem para fundir uma linha de chumbo, contendo os caracteres digitados no teclado). Além disso, o jornal ganhou espaço próprio, instalando-se num prédio da Avenida Tavares de Lira. Depois, transferiu-se para outro na Rua Frei Miguelinho, também no bairro da Ribeira, até a mudança para o prédio da Avenida Deodoro da Fonseca, em Petrópolis.