quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Novo "Wall Street": o mundo mudou

No site Vermelho

Enquanto a maioria dos filmes hollywoodianos parece insistir que os anos de 1980 ainda não acabaram, "Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme" caminha exatamente na direção contrária.

Logo na primeira cena, estabelece que aquela década é coisa do passado. O protagonista do primeiro filme, Gordon Gekko (Michael Douglas), sai da prisão e recebe seus pertences - entre eles, um gigantesco telefone sem fio, um verdadeiro monstro comparado aos celulares minúsculos da atualidade.

É assim que o diretor Oliver Stone estabelece o tom do seu novo filme, que estreia em circuito nacional. Não estamos mais na era yuppie, época retratada no primeiro "Wall Street - Poder e Cobiça" (1987) e também de forma sarcástica em "O Psicopata Americano" (2000). O novo século trouxe não apenas novas tecnologias, mas novos valores morais e econômicos.

Gekko, mais do que um exemplo a não ser seguido, com seu lema "ganância é bom", definiu uma geração que, na superfície, se transformou na década de 1990, mas no fundo manteve a mesma moral dúbia e egoísta.

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Do voto nulo

Por François Silvestre
no Substantivo Plural

A Democracia há de ser conquista. E se a negação dela foi fruto de luta renhida dos seus inimigos, ela só poderá ser restaurada com a luta de igual compostura dos seus refeitores. Regime de consentimento, de negociação espúria: “tu me dás o poder e eu te garanto inocência dos crimes” , não aufere autoridade moral nem legitimidade para dignificar o poder. O poder exercido no Brasil não é legítimo nem digno. Nem democrático. Somos mendicantes da liberdade. Mendigos de uma democracia caolha, que diferentemente da arte, completa na forma, não se robustece no conteúdo. O estado público de cócoras ante a organização criminosa da bandidagem. A educação pública inadjetivável. Saúde, que saúde? Eleição? Eleição é prática em qualquer república bananeira. É conseqüência da liberdade e não causa. O Brasil é um exame de fezes da democracia. Cuja cultura vai mostrar as bactérias universalmente conhecidas. Quando vai mudar? Quando tivermos coragem de correr riscos da mudança. Essa eleição de agora é mais uma festa do circo. Voto Nulo.

Musical "Beco da Lama"

O Musical "Beco da Alma", baseado no texto teatral "Esquina do mundo - a hora do cão-lobo" de Cláudia Magalhães, com música de Danilo Guanais, direção de João Marcelino e produção executiva de Ana Lira e Fernando Rocha, vai estrear em janeiro de 2011 e abre inscrições, entre os dias 15 de setembro a 08 de outubro, no Centro Experimental de Formação e Pesquisa Teatral (localizado na Av. Hermes da Fonseca, ao lado do Aero Clube).

No ato da inscrição, os candidatos deverão apresentar (só serão consideradas inscrições completas):

a) Currículo artístico, com, no máximo, uma página, formato A4;
b) Fotografia recente, no formato 10cm. X 15 cm;
c) Ficha de inscrição, devidamente preenchida (as fichas estarão disponíveis na secretaria do Centro Experimental).

No ato da inscrição, os candidatos receberão:

a) Resumo do espetáculo, contendo sinopse e caracterização breve das personagens;
b) Partitura e letra da canção "A alma do beco" (fragmento);
c) Cd de áudio, contendo a música de confronto "A alma do beco", em 4 versões:
1: versão em fá maior (mais aguda), com a voz sintetizada (sem letra);
2: versão em fá maior (mais aguda), com playback (sem voz), para ensaio individual do
candidato;
3: versão em dó maior (mais grave), com a voz sintetizada (sem letra);
4: versão em dó maior (mais grave), com playback (sem voz), para ensaio individual do
candidato.
d) Comprovante de inscrição.

A seleção dos oito intérpretes e elenco de apoio ocorrerá entre os dias 18 e 22 de outubro de 2010, no Centro Experimental. A prova de seleção constará de três etapas, feitas individualmente perante uma banca composta por 4 (quatro) membros de reconhecida competência nas áreas de Teatro e Música:

1. Canção de confronto ("A alma do beco"), cantada sobre playback, com texto inserido. Versão à escolha do candidato;
2. Canção de livre escolha do candidato (preferencialmente de um musical consagrado, preferencialmente brasileiro), cantada a cappela (sem acompanhamento);
3. Entrevista, a critério da banca.

A banca pode interromper a apresentação do candidato quando estiver satisfeita. As decisões da banca são irrevogáveis.

As provas serão feitas segundo cronograma a ser divulgado a partir de 12/10/2010, no Centro Experimental.

Os ensaios começarão em outubro, no período da tarde. Só serão selecionados candidatos com tempo disponível para ensaios.

Musical "Beco da Alma"
Inscrições: de 15 de setembro a 08 de outubro
Local: Centro Experimental de Formação e Pesquisa Teatral
Hora: das 14h às 17h, de segunda a quinta.

Mais informações com a produção, através dos e-mails:
becodaalma@gmail.com
fernandorocha5@hotmail.com

As vozes do regionalismo


No Diário de Natal
matéria de hoje

Música regional em dose dupla é a pedida de hoje no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel. Duas cantoras unidas pelo amor à música: a mineira Mazé Pinheiro e a natalense, estreante nos palcos, Dani-L Oliveira protagonizam a segunda edição do projeto musical Dois Cantos. Na noite de hoje, a partir das 20h, tem início uma viagem pelo cancioneiro brasileiro em vozes melodiosas e composições autorais voltadas ao regionalismo mais puro. Os ingressos custam R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada).

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Do prêmio Nubia Lafayette, Lafayete ou Lafaiete


Escutei com atenção os 14 primeiros CDs confeccionados via Prêmio Núbia Lafayette. Aliás, minto. Dois deles foi impossível a escuta porque não tocaram em nenhum aparelho de som. E justo de artistas desconhecidos a este blogueiro: Jurubebas e Coco de Roda Mestre Severino.

Aos 12 restantes, minha crítica - em alguns casos - desagradável. Devo conquistar alguma antipatia. Mas dever de jornalista é mesmo ingrato quando honesto. Só reafirmo que escutei todos com atenção, lendo o encarte e curtindo a música. Escutei todos eles mais de uma vez para apurar melhor o trabalho.

Samir Bilro
Foi o caso de O Som das Palavras, de Samir Bilro – meu destaque entre os 14 trabalhos. Dez faixas autorais (algumas em parceria) e composições de arranjos e letras simples. E no simples mora o complexo. Não é para qualquer um. Não é simplório. Samir produz MPB sem frescura.

Lembrei de meu professor César Ferrário (ator do Clowns de Shakespeare). Na faculdade ele pediu resenha do filme Clube da Luta. E ressaltou: “Máximo de uma página de texto. Se fizer mais, faça para tirar 10”. Atrevido, eu fiz. Quis ser “o foda” e me lasquei. Ou seja: se não sabe fazer, faça o simples, que já é difícil.

O problema visto em outros trabalhos do Prêmio, em outros álbuns ou em festivais como o MPBEco é o desejo de reinventar a roda. Músicas longas, sem melodia. É a tentativa de Chico Buarque. Mas ele, sim, reinventou a roda; a roda viva. É difícil achar um simples bem feito e mais ainda um complexo genial nas músicas daqui.

Samir conseguiu. Voz grave – por vezes lembra Zeca Baleiro – e afinadíssima. Tem algo lírico, na pitada certa à MPB mais pop. Os arranjos violados de Daniel Lut deixam a música limpa, agradável. Um sonho de criança (Samir Bilro / Tatiana Bilro) é linda. São muitas. Esse cara canta por onde, aliás?

Antônio Ronaldo
A excelência de Antônio Ronaldo nas composições é notória. O CD oferece 12 mostras disso, interpretadas por alguns figurões da música potiguar. Algumas pérolas. A canção homônima ao título do álbum, Novos caetés é um exemplo. Bem ao estilo Raulzito, melodia e arranjos parecidos com Cowboy fora da lei. Vaivém, por Kalene Fonseca - outro destaque...

Qual o “pró”? Entre as 12 faixas: reggae, samba, forró, guarânia, coco, MPB, ritmo caribenho, ciranda pernambucana, e, claro, arranjos muito diferenciados a cada composição. Instrumentos que se misturam e não conferem identidade ao CD. Ou criam possibilidades. Como? Um produtor escuta uma música e diz: “Esse cara tem uma pegada reggae muito boa!”.

Isoladas, as composições são excelentes. Antônio Ronaldo é dos grandes daqui no ofício. As interpretações de Donizete Lima, Clara Menezes, Sueldo Soares, Cida Lobo, Romildo Soares, Geraldo Carvalho, Leão Neto e a participação luxuosa da premiada cantora lírica Alzeny Nelo e todos os outros, foram escolhidos a dedo.

Tânia Soares
É das grandes intérpretes da música potiguar. Se não a coloco no pedestal é porque valorizo muito as compositoras-cantoras. Então, acredito no maior mérito do CD Cores e Flores na escolha do repertório. Parcerias de Chico César e Babal (Vazio) e a fantástica A quem interessar possa (Mirabô, Neumanne Pinto e Leandro Barros) valem o CD.

E tem muito mais. Carneirinhos (Napoleão Paiva), Tulipa negra (Sueldo Soares – título do último show de Tânia), Meia Luz (Hianto de Almeida e João Luiz – Tânia também interpretou Hianto em show recente), o swing de Decida-se (Nelson Freire) e arranjos interessantes em Na Festa do Senhor São João (Elino Julião).

Tânia é daquelas intérpretes versáteis, de bela voz – tão bela quanto algumas renomadas cantoras da MPB. Mas falta um diferencial vocal. Um timbre peculiar, diferenciado e capaz de chamar atenção de um grande produtor. É o que penso. Encontro isso em Khrystal, Simona Talma, Luciane Antunes... Não vislumbro pulos à cantora fora das muralhas potiguares. Melhor pra nós.

Lene Macedo
Muito do que escrevi a respeito de Tânia Soares, serve também ao CD Mais que Um Sonho, de Lene Macedo - um trabalho de personalidade. Uma seleção de bons nomes. A começar pela primeira faixa Quando o amor é lei, de Zeca Brasil – grande compositor sem prestígio! Zeca é desses que fazem do simples excelentes composições.

Ainda Ivando Monte, Antônio Ronaldo, Letto, Nelson Freire... Músicas boas e interpretações afinadas com os arranjos e a proposta das canções. Sinto falta do citado diferencial vocal. Em terra de tão boas intérpretes é requisito-mor. Mas quando o jazz é música da vez, ou a pedida é mais romântica, a voz quase rouca de Lene Macedo é mel aos ouvidos.

Kiko Chagas
Já defendo o talento desse cara faz um tempo. Já havia escutado alguma coisa desse Kiko Chagas Canta Chico Elion. É trabalho de primeira. Dos mais bem produzidos. As composições são irretocáveis, do mestre Chico Elion – um registro merecido do filho e ainda pouco a um dos maiores nomes da música potiguar.

Ranchino de paia, Moinho D’água e Voz do Rio – clássicos de Chico Elion – compõe o CD, com novos arranjos. Merece escuta também Advertência, para tomar junto a uma cerveja bem gelada. Em Ponta Côa, busque uma água de coco. A influência da música afrobaiana de Kiko está presente em Mãe sublime.

Kiko tem história. É um batalhador pelos direitos dos músicos daqui. Já se mostrou cansado com o resultado e defende a organização profissional da música baiana, por onde tocou por muito tempo, produziu álbuns relevantes e até emplacou composição entre as 20 mais da banda Cheiro de Amor. Kiko é guitarrista como poucos daqui e alhures. Também mostra precisão vocal nesse CD.

Carlos Bem
O CD Anjo do Sol alterna ótimos momentos e outros bem aquém do talento - na minha opinião - regionalista de Carlos Bem. Acho mesmo que o intérprete e compositor deveria se voltar mais ao estilo; combina mais com suas características de interpretação e timbre de voz.

Memórias da casa velha (Nagério, Severino Ramos e Fernando Calon) é meu destaque no CD e mostra uma performance de voz e violão quase em uníssono, ao estilo Bicho de 7 cabeças. Pra que serve a Croácia é mostra do que escrevi acima: a tentativa de Chico Buarque. Letra alongada e sem melodia. Conheço bem a música do MPBeco 2009.

Melhor Anjo Sol, parceria também com Romildo Soares. Tarde (Tertuliano Aires e Nagério), também mostra bom momento. Anjo do Sol é um bom CD. Penso numa linha um pouco mais regionalista e seria um ótimo álbum. Não precisa ser um Galvão Filho. Algo mais pop - um Geraldo Azevedo, talvez.

Nordestinato
Sinto-me pouco à vontade para comentar hip hop. Mas o trabalho do Nordestenato é muito bom. Conhecia apenas do MPBeco. Entre os 14 CDs, seria minha segunda aposta. E a produção do CD é coisa primeiríssima. Valeu pelo inusitado apoio governamental ao gênero. Acho que li no twitter ser iniciativa pioneira. Se a Soul cabaré é chatinha, destacaria a canção-titulo A virada do jogo, Cenas de amor, Entre quatro paredes, Sem show, Tudo de bom, e até a provinciana Oba.

Dona Edite do Pium
Foi um dos grandes achados do projeto. Quase um resgate folclórico. Nada de romances. Sequer cabe a comparação. Mas quando se descobre uma senhorinha já na terceira idade com preciosidades musicais dessa estirpe, se faz urgente um registro documental desse trabalho. Canta Pra Gente Boa: Zu Zun Zum é desses CDs pra se guardar.

Quando falo em folclore, é porque as letras – e até a melodia, algumas assemelhadas a cantigas – são relatos de costumes e tradições de antigamente. De certo, causos repassados entre gerações. E outros da modernidade. No CD, ganharam arranjos próximos ao samba quando de suas origens, com cavaquinho, zabumba, pandeiro, tarol, ganzá e violão.

Instrumental
Entre os 14 CDs dessa primeira leva, quatro são de grupos instrumentais. Achei exagero. Tudo bem, Natal comporta instrumentistas renomados até fora do Brasil. O saudoso Som da Mata mostrava isso todo domingo. O Candeeiro Jazz reúne alguns deles com Jubileu Filho, Zé Hilton e Sérgio Groove. Mas quatro? Dois deles não me disseram muita coisa: Quarteto Prisma e o sanfoneiro Zé de Cesário.

O primeiro, tudo bem. Banda afinada, uns cinco anos de estrada. Uma mistura de ritmos interessante: jazz, bossa, samba. Mas é que penso em quem ficou de fora do Edital. E o Zé de Cesário, com todo o respeito, mas instrumental com acordeon, zabumba, triângulo e pandeiro... Por que não um cantor, e uma letra? Até onde sei, não é tradição do forró, do xote ou baião apenas o instrumental. Parece trabalho inacabado.

E ainda o Catita Choro e Gafieira – grupo conhecido por muitos que comparecem toda sexta-feira ao Buraco da Catita. É aquela mesma galera, de chorinho sempre em dia e que merece o seu registro, o seu espaço no edital. Até pelo trabalho de resgate da boa música na cidade; pelo gênero pouco divulgado em mídia CD, e a possibilidade dessa música chegar com mais facilidade aos lares provincianos natalenses.

DO PRÊMIO
A entrega dos 14 primeiros CDs dos 40 selecionados mostra o que poderia ter sido a Fundação José Augusto se os compromissos governamentais com a cultura fossem respeitados. Se a política burocrática dos editais já fosse costumeira à FJA, ao Governo e aos artistas que também atrasaram entrega de documentação e adiaram a conclusão do projeto.

Este é apenas o edital de música. Agora imagine os 16 ou sei lá quantos editais pagos em dia, o que não poderia gerar de produção cultural na cidade. Imagine mais 26 CDs do mesmo edital, caso tudo ocorresse normalmente, sem entraves da parte de ninguém. Se os estúdios fossem muitos – veja que sete (metade) foram mixados em apenas um estúdio!

Imagine ainda se o projeto gráfico dos CDs fosse mais cuidadoso. O suporte é padrão para todos, com um imenso emblema da FJA e o nome de cada contemplado. No encarte, a página de abertura traz mais propaganda governamental. A segunda, as composições. A terceira, a ficha técnica. E a última, mais propaganda. Nenhuma linha a respeito dos artistas. Nem foto. Ah, e na contracapa, a explicação do que é o Edital, com palavras do Joaquim Crispa.

A homenageada com o Prêmio, a assuense Núbia Lafayette, teve seu codinome escrito de duas formas: ambas erradas. Na Capa, com o emblema do edital, está Prêmio Núbia Lafaiete. Na contracapa, Núbia Lafayete. E o certo é Núbia Lafayette. Um pequeno desleixo da produção.

E repito: não sei se ocorreu com mais alguém, mas dois CDs não tocaram em aparelhos aqui de casa ou no Toca CD do carro. E claramente mostram a mídia sem gravação. Se ocorreu comigo, quantos outros não devem ter sido distribuídos também com o mesmo defeito? Afora ainda os desrrespeitos com alguns dos artistas presentes no lançamento dos CDs no TAM, relatados abaixo, a luta foi válida e o resultado está aí. É a FJA diminuindo a goleada.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Programação oficial do 3º EPE

Após o ENE, EELP e Flipipa, Natal assiste mais um encontro literário. Entre 26 e 28 de outubro acontece o 3º Encontro Potiguar de Escritores (EPE). Assisti e participei da primeira edição, quando substitui meu antigo editor, Moisés de Lima, em uma das mesas. É um evento organizado, com bons temas, convidados e discussões. Muitos criticam a repetição de algumas figuras. Penso que o importante é que sejam bem encaixadas nas mesas temáticas e rendam bons debates. Além do mais, achei os convidados bem plurais. O evento acontece no auditório da Siciliano do Midway, entre 10h e 18h. Tem o aspecto mais convidativo e intimista. E é promovido e coordenado pela União Brasileira de Escritores (seccional RN), sob a batuta do presidente Eduardo Gosson.

Programação:

26.10.10, terça-feira:

10h – Abertura Solene
(Eduardo Gosson – Presidente da UBE/RN)
11h30 – Jornalismo Político ontem e hoje
(Agnelo Alves, Woden Madruga e Ticiano Duarte)
Moderador: Tácito Costa
15h – Nossa Editora: uma proposta editorial
(Pedro Simões)
16h - Três leituras sobre o Dilúvio: Gênesis, Miguel Torga e Machado de Assis
Araceli Sobreira Benevides
17h – Cultura Mossoroense em Questão
(Crispiniano Neto, Caio César e Clauder Arcanjo)
Moderador: Cid Augusto
18h30 – Lançamentos de livros e sarau com a Academia de Trovas RN (Coordenação José Lucas de Barros)

27.10.10, quarta-feira:

10h – Centenário de Américo de Oliveira Costa
(Anna Maria Cascudo, Nelson Patriota e João Eduardo de Carvalho Costa)
Moderador: Jurandyr Navarro
11h30 – Contribuição dos dramaturgos nordestinos para o Teatro Brasileiro
(Henrique Fontes, Clotilde Tavares e Racine Santos)
Moderador: Sonia Othon
15h – Jornalismo Cultural: ontem e hoje
(Cinthia Lopes, Franklin Jorge e Sérgio Vilar
Moderador: J. Pinto Júnior
16h30 – Projeção do conto de José Saramago – A Maior Flor do Mundo
16h35 - Literatura Infantil Potiguar
(Bartolomeu Melo, Jânia Souza e Nivaldete Ferreira)
Moderador: Aluízio Mathias
18h - Lançamentos literários e sarau com a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (Coordenação Geralda Efigênia)

28.10.10, quinta-feira:

10h – A Importância dos Estudos Genealógicos
(Ormuz Simonetti, Clotilde Tavares, Antônio Luís de Medeiros e Joaquim José de Medeiros Neto)
Moderador: Carlos Gomes
11h30 – Debate da Rede Nordeste da Literatura, do Livro e da Leitura.
(Mileide Flores, Rosemary Guillén e Rildeci Medeiros)
Moderador: Francisco Alves Sobrinho
15h - Compra do livro regionalizado no Nordeste
Informes sobre a Feira do Livro de Frankfurt 2013
(Tarciana Portela, Mileide Flores e Crispiniano Neto)
Moderador: Roberto Azoubel
16h30 – Madelena Antunes no Contexto da Literatura Potiguar
(Lucia Helena Pereira)
17h30 – A Nova Poesia do Seridó
(Iara Maria Carvalho, Wescley J. Gama e Ana Lúcia Henrique)
Moderador: Geralda Efigênia
18h30 – Lançamentos de livros e sarau com o grupo Casarão de Poesia
Coordenação: Aluízio Mathias

Coordenadores Adjuntos:
Aluízio Mathias
Carlos Roberto de Miranda Gomes
Francisco Alves da Costa Sobrinho
Maria Rizolete Fernandes

Comissão de Divulgação:
Cid Augusto
Carla Sousa (Assessoria de Imprensa)
Nelson Patriota (Diretor de Divulgação)
Francisco Alves da Costa Sobrinho
Paulo Macedo
Paulo Jorge Dumaresq
Lívio Alves Oliveira
Jania Maria de Souza
Lucia Helena Pereira
Maria Vilmaci Viana
J. Pinto Júnior

Pagamento vergonhoso

A espera de quatro meses de atraso de cachê já é humilhante. E que dizer quando o pagamento sai e os artistas são feitos de pedintes? Na manhã de ontem, a cena em frente à Funcarte passou despercebida ao passante. Pudera. Um disfarce foi montado para não chamar a atenção da justiça eleitoral; evitar problemas em época acirrada de eleição.

Os artistas que tocaram no último São João promovido pela prefeitura foram postos em fila, na Funcarte. No outro lado da rua, em frente ao Solar Bela Vista, a boa figura de Castelo Casado, de dentro do carro, chamava um a um para receber o pagamento. E lá iam nossos valores musicais com a mão estirada para receber o dinheiro. Cena humilhante...

Também ontem, no período da noite, o que poderia ser um show memorável com a apresentação dos primeiros trabalhos do Prêmio Nubia Lafayette, se tornou mais uma cena lamentável: alguns dos 14 músicos foram impedidos de subirem ao palco do Teatro Alberto Maranhão. Caso de Seu Severino, de 80 anos. Levou oito músicas na bagagem para o show.

É esse o tratamento dado à nossa cultura.

Fundo de Incentivo à Cultura adiado

Release

O Conselho Municipal de Cultura publicou ontem no Diário Oficial do Município uma resolução que transfere para o dia 20 de outubro o resultado final contendo os projetos que serão contemplados pelo Fundo de Incentivo à Cultura - FIC. A Resolução foi definida pelo plenário do CMC em razão da maioria dos projetos apresentados ao edital 2010 do FIC conter erros de elaboração, muitos deles com relação orçamentária, pois não previam acertadamente os recolhimentos dos impostos pertinentes. Para evitar uma reprovação em massa, o CMC está convocando os proponentes a refazerem seus orçamentos e reapresentem através de ofício no setor de protocolo da Funcarte até o dia 11 de outubro. O Secretário Executivo do CMC, Rafael Correia de Oliveira, providenciou uma tabela de cálculos de impostos para pessoa física e jurídica. A tabela está disponível para os interessados, no gabinete da Funcarte. Maiores informações pelos telefones: 8824-7744 / 3232-4974.

Do blogueiro: Transparência é isso: explicação divulgada! Evita especulação e muitas baboseiras ditas por críticos e respostas vazias de assessorias.

Por uma poesia que pulse


No Diário de Natal
matéria de hoje

Explicar o inclassificável. É a pretensão dessa matéria. Um desafio tal qual o vivido pelos poetas Carlos Gurgel, Carito, Renata Mar, Civone Medeiros e Pedro Quilles. Em dois meses de ensaio, eles tiraram a poesia do esconderijo, mastigaram o mel das palavras e hoje ficarão embriagados no Buraco da Catita. Às 20h é a hora do primeiro gole de poesia pura, sem tiragosto. A plateia é convidada à mesa. Não há boemia, nem requinte. A liberdade é vigiada. Não é recital, sarau ou coral. Nem performance. Já foi dito: é desafio; o desafio da palavra crua.

Toque de Colher Poemas é o nome da apresentação. Apresentação? Bom, a poesia será jogada e não apresentada sob formalidades ao estilo antigo, para reis e nobres. A espontaneidade também é contida. "Nem Aliança Francesa, nem Beco da Lama (com todo o respeito aos dois)", metaforiza Carito. Respeito houve à boa poesia - é a essência do "Toque...". Walt Whitman explica melhor: "Nada maior ou menor que um toque". Então, os cinco poetas viajam durante 50 minutos em universos poéticos sem limites, mas guiados pela bússola de um toque, sem mais e nem menos.

A bússola-mestra é a direção e produção de Carlos Gurgel. Carito é joguete de palavras encaixadas; é palavra crua, nua; é o "princípio que justifica os seios". Renata Mar é doçura; timidez desnuda, desabrochada; é prosa-poesia; anjo travesso. Civone Medeiros se veste de teatro poético; come poesia condensada e espirra palavra doce via performance. Pedro Quilles joga pedra na sua testa até espirrar sangue de letrinhas. E ali pelo cantinho, o jornalista Petit das Virgens toca um fole de poucos baixos, bem baixo. Ou o artista plástico Flávio Freitas "trumpeteia" a passagem ao próximo ato.

O desafio é repartido em três momentos. Na primeira, o início: "Por uma poesia que pulse!". E cada poeta vive seu mundo, sua poesia inclassificável, com o suporte gestual e a companhia estranha dos demais em performances sonoras indecifráveis e sutis. Há um trabalho corporal performático. Mas a vontade"é trabalhar a poesia de cada um: ler, soletrar, sentir e criar", disse Gurgel. É uma espécie de recitais-solo amparado em "sons minimalistas, onomatopéicos, causando estranheza que trabalha com sutilezas às vezes quase cômicas", descreve Carito. Petit das Virgens toca o fole e vem o segundo ato...

A improvisação marca o momento seguinte. Os cinco poetas se sentam à mesa confessional. Demonstram instantes informais, íntimos. Parece reunião de amigos para leituras aleatórias de poemas. "É o momento em que mais gostamos. Sempre lemos poesias diferentes nos ensaios e no espetáculo também será assim". Carito conta que detalhes foram construídos durante os dois meses de ensaios (duas vezes por semana). Há apenas a marcação de um poema. "É bom porque deixamos o espetáculo vivo", ressalta. E Flávio Freitas toca um som triste no trompete. É o terceiro ato...

Os instantes finais são os mais intensos. Há algo psicodélico; de revolta e desejo de quebra de paradigmas. É quando a poesia presta serviço à revolução dos sentimentos. A cinco bocas, o desejo de pulsar e mudar. "É o momento-show dos poetas que fazem uma espécie de jograu psicodélico. É uma textura mais complexa. Um trabalho de poesias juntas, em cada estrofe. Funciona como colcha de retalhos; um carrossel verbal e poético onde nossas poesias se fundem", diz Carito. E a plateia atônita pode ainda colher surpresas, provocações irônicas ao ouvido - poesia lacrada e depois revelada.

Palavra crua
"Gurgel queria algo que fosse diferente do que cada um fazia normalmente em suas atividades artísticas. Eu, claro, me sentiria mais confortável com toda a parafernália eletrônica e recursos audiovisuais que costumo utilizar no trabalho d'Os Poetas Elétricos. Mas não. Palavra crua. Com Civone do mesmo jeito. Ela já pensou: 'ôba! Vamos fazer umas projeções de poemas nas paredes, etc. Mas não. O desafio da palavra crua. Mas que não fosse um recital convencional nem uma performance espontânea demais".

Carito conta ainda do desafio de Renata Mar se mostrar, se ler, além do queescreve - "que já é ótimo em seu blog" -, indo além do seu trabalho de produtora no Tropa Trupe. E Pedro Quilles, paulista radicado em Natal, "que sai do, literalmente, anônimo-mato em Pium (do seu Restaurante Magias da Terra, na Eco Vila Pau-Brasil) para mostrar em poesia oral suas novas raízes um dia desvairadas na paulicéia".

E Carito tenta descrever o indescritível: “O exercício deu o norte. A criação coletiva fez surgir o roteiro. Não tem outros recursos pós-modernos, mas também não é recital convencional. Não é teatro, mas tem linguagem teatral, marcação, etc. Não é música, mas tem ritmo, sonoridades, dinâmica. Não é performance, mas tem certa intenção nesse sentido. Uma experiência sensorial, com certeza. E tudo autoral. Nada de poemas-covers. Nada demais, nada revolucionário, a não ser a própria revolução que a poesia pode ser, para quem acredita nisso”.

Carlos Gurgel comenta a necessidade da poética palavra democratizada em novos formatos: "Fala-se em poesia escrita. Ainda pouco. Mas fala-se. Lê-se poesia, pouco. Mas lê-se. Assim como acessar blogs, livro adquirido em livraria. Que poderia ser mais. Que tal falar a poesia? Lê-la? Soletrá-la? Dizê-la? Tudo como um pensamento que valoriza o repertório de cada um. Poesia autoral. Um mosaico de revelações, desafios, confissões, alucinações e declarações de amor será mostrado".

Gurgel vem de uma geração que acreditou na poesia. Desde quando foi criada a Galeria do Povo, em 1978 e uma plêiade de artistas plásticos, poetas, músicos e atores se reuniam na Fortaleza dos Reis Magos para fabricar ideias e fundar o Festival do Forte. Época de quando a poesia era espelho, revelação. É o que o poeta deseja para hoje à noite: “Vontade de se ter um lugar, onde isso possa acontecer. Como um espaço que pulse, como um espaço que acolhe letras e bocas. Assim como um abrigo. E isso é tão bom. Sentir a poesia que pulsa. Que se mostra. Que quer ser dita. Toque de colher poemas. Como um espaço permanente, onde ela, a poesia, se mostra por inteiro”.

Espetáculo poético "Toque de colher poemas"
Onde: Espaço Cultural Buraco da Catita
Quando: hoje, às 20h
Acesso Livre
Direção: Carlos Gurgel
Direção cênica: Cláudia Magalhães
Informações: (84) 9624.2707

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal (AQUI)
- Foto: Sérgio Vilar

A "cultura" da Rosa

Por Fábio Lima
no Substantivo Plural

Ontem no debate da intertv podemos conhecer a postura de Rosalba sobre a cultura potiguar,perguntada sobre a Lei Telma de Souza, que criou o fundo municipal de cultura da cidade de Mossoró e que ela própria passou oito anos na gestão do município e não fez a regulamentação, a senadora do DEM tergiversou e não respondeu a pergunta do candidato Iberê, não poderíamos esperar muito, pois a senadora em uma rara intervenção no plenário do senado afirmou ” O vale cultura é oportunismo para que o povo possa ir ao filme do Lula” para ela cultura são apenas os eventos , como o cidade junina em Mossoró, onde se gasta milhões com cachês nacionais de qualidade cultural duvidosa e se paga uma miséria ao artista local, ou melhor se gasta mais com banheiros químicos do que com os artistas locais, uma pergunta para a Rosa, quem da nossa terra o Mossoró cidade junina revelou durante todos estes anos? Quantos milhões foram gastos por lá? Não seria melhor investir este dinheiro em pontos de cultura, por exemplo?

AQUI

Tapete Vermelho para o Cineclube

Release

Nesta quinta-feira, dia 30 de setembro, o Cineclube Natal, em parceria com o Cine Assembléia, convida o público natalense para uma sessão muito especial, na qual será comemorada a nossa 200ª exibição, com o filme nacional Tapete Vermelho. A sessão tem início às 18:00 horas e é gratuita, com direito à pipoca. A classificação indicativa é livre.

O filme escolhido para a comemoração é uma declaração de amor à sétima arte, em especial ao cinema do grande Mazzaropi. A história se desenrola quando Quinzinho (Matheus Nachtergaele) tem uma promessa a cumprir: levar seu filho, Neco (Vinícius Miranda), à cidade para assistir a um filme do Mazzaropi. O problema é que eles moram num pequeno sítio no interior de São Paulo, saindo numa verdadeira odisséia por cidades do interior paulista, levando também a esposa Zulmira (Gorete Milagres), que parte a contragosto, e o burro Policarpo. Na jornada, eles encontram peculiaridades regionais e passam por situações mágicas, relacionadas à crendice popular.

Este é um excelente filme nacional, comovente e simples, que aborda questões relevantes como o MST e a extinção das salas de cinema, com a consequente fuga do público para os Shoppings Centers, o que tem provocado uma mudança do tom do cinema nacional, cada vez mais direcionados para a classe média brasileira apática e despolitizada. Todos estão convidados para esta ocasião muito especial.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Alô? O Flamengo tá aí?

Pra fechar a noite, um telefonema inusitado...

- Alô, é da SulAmericana?
- É sim, pode falar
- O Flamengo tá aí?
- Tá não, saiu.

- Alô, é da Copa do Brasil?
- É sim, pode falar
- O Flamengo tá aí?
- Tá não, acabou de sair.

- Alô, é da Libertadores?
- É sim, pode falar
- O Flamengo tá aí?
- Desculpe senhor, mas não tem ninguém com esse nome aqui

- Alô, é da Série A do Brasileirão?
- É sim, pode falar
- O Flamengo tá aí?
- Pôxa, tá lá embaixo, quer que chame?
- Não, falo com ele na segunda.

- Alô, é da Segundona?
- É sim, pode falar
- O Flamengo tá aí?
- Rapaz, ainda não, mas ele ligou avisando que já tá vindo
- Quer deixar recado?

O RN na lanterninha da cultura nacional

Por Yuno Silva
enviado por e-mail

Se você está ligado/a direta ou indiretamente ao segmento artístico-cultural vai se interessar pelo arquivo anexo.

Trata-se de uma pesquisa realizada pelo Partido da Cultura - PCult sobre os investimentos em Cultura pelos Governos estaduais de todo o Brasil, que por sinal é o país de maior diversidade cultural do PLANETA! Os dados refletem a situação calamitosa em que se encontram alguns lugares. E pra (não) variar, o RN está na estaca ZERO - no rabo da fila, fechando a raia, na lanterninha, empatado com o Amapá.

Temos que exigir destinação de recursos, dotação orçamentária, compromisso político, atenção, investimento, políticas públicas... quem sabe a criação de uma Secretaria de Cultura do Estado RN ou mesmo a formalização do Fundo Estadual de Cultura.

Sabe qual é o pior? É que os políticos enchem a boca para dizer que Cultura não elege ninguém.

Está na hora de virar esse jogo!

Quem não quiser baixar o anexo, pode visitar o link abaixo:

https://docs.google.com/fileview?id=0B7blGfF63QDXNGQwZjkxZWEtZTJlNC00MjcyLTgzYjctZWZjMWJmM2NkOGY5&hl=pt_BR

Abraços,

Do blogueiro: Reitero o pedido de Yuno. Acessem esses índices e gráficos e vocês terão uma ideia do que havia acabo de escrever no twitter: o governo de Dona Wilma está muito blindado nesse conversote a respeito da Fundação José Gugu. O RN investiu alguma coisa em 2007 e aparece com índice "0" em 2008 e 2009, na rabeira mesmo da lista. Uma vergonha sem precedentes. É inconcebível uma mostra dessas. O link também mostra a metodologia de pesquisa e demais critérios. Agora eu pergunto: dá pra Fundação fazer muita coisa sem o prestígio governamental?

Trincheira da cultura popular

Por Paulo Jorge Dumaresq
no suplemento Nós do RN
(matéria sobre inauguração do Centro Cultural de Paulo Varela)

"A Avant-première do Centro foi no último São João. Com a promessa de receber recursos públicos para realizar a festa. Paulo encheu a rua de bandeirinhas, mobilizou sete quadrinhas e um pastoril. Tudo como exige uma tradicional festa junina. O problema pipocou só depois do evento. Sobraram elogios e... dívidas para pagar. O jeito foi saldar os débitos aos poucos com os shows que realiza, porque o poder público virara as costas mais uma vez no apoio aos artistas e às tradições populares. No âmago das nossas fundações culturais, não há certezas".

"Além de poeta é grugé".

Por François Silvestre
em comentário neste blog

Serjão, permita daqui de sua casa mandar um abraço pra Carlos Gurgel e essa sua turma do colher poemas. Timaço. E vou plagiar Bastiana, doméstica de Esmeraldo Siqueira, dizendo de Carlos o que ela disse de Mons. Walfredo. "Sei não, seu Irmerardo, mas esse sujeito além de poeta é grugé". abraço de François Silvestre.

O finge-minto

Por Carito
no blog do Carito

Outro dia um grande amor me veio tomar satisfações. Era um amor inventado. Que saiu da fricção das letras no papel, da fricção das palavras no pensamento. Esse amor foi fruto do desejo. Do desejo por uma musa. Ah! Quantas musas inventei! Quantos amores inventados, quantos poemas criados assim, tendo como base o fingimento do prazer, o fingimento do sofrimento. O finge-minto regado a taças de vinho tinto. Um amor, uma musa, que só existiu no poema, pelo poema, para o poema.

AQUI

Resposta da FJA

Por Rosa Moura
Da assessoria de comunicação da FJA

Esclareço aos leitores do Substantivo Plural que O Encontro de Cultura Popular será realizado em novembro, pois foi firmado um convênio de 300 mil reais entre Governo do Estado e Ministério da Cultura e por conta do período eleitoral não pode ser realizado em agosto.

O Prêmio Luís Carlos foi incorporado ao Programa de Editais e que realmente não foi realizado ano passado devido a um corte orçamentário, reflexo da crise econômica que o mundo enfrentou em 2009.

A Revista Preá teve uma edição publicada este ano e outra está em fase de finalização.

Quanto a Cidade da Criança é público e notório que o parque está em reforma, em um projeto orçado em mais de 7 milhões.

Convido os leitores do blog a conhecerem as Casas de Cultura de Macaíba, Goianinha, Jardim do Seridó, Parelhas, Caicó, Lages e tantas outras que funcionam plenamente com aulas de dança, música, artesanato, teatro, e outras tantas atividades artísticas.

Poderia escrever outras tantas palavras com a ações da atual gestão da FJA, mas melhor que palavras são ações como o Festival Agosto de Teatro, as Oficinas do Núcleo de Produção Digital, a edição de filmes do Nós na Tela, as atividades dos Pontos de Cultura, a gravação dos Discos do Núbia Lafayette e tantos outras ações realizadas apenas esta semana.

Do blogueiro: Roubei a resposta do site de Tácito Costa, que já vai com seis comentários a respeito do texto de Abimael Silva - publicado primeiro por aqui. Talvez pela falta de comentários aqui (mas que já vão, agora, com cerca de 300 visitas hoje), a assessoria do órgão nada tenha enviado. Aliás, nunca enviaram. Acho que as assessorias de governo, municipal ou estadual, deveriam se preocupar mais com o que é publicado em blogs de credibilidade. Ainda há o costume de olharem sempre os jornalões. A realidade mudou minha gente! A repercussão proporcionada pelos blogs ultrapassa muitas vezes as publicações do impresso. Então, achei bacana essa primeira iniciativa de resposta advinda da assessoria da Fundação José Gugu e publico, então, os argumentos por aqui, também. Só uma retificação: a Preá foi publicada. Mas já não é a mesma e sem qualquer regularidade e garantia de próximas edições. E quanto às Casas de Cultura citadas, colocaria ainda a de São José de Campestre - talvez a mais atuante de todas.

Leno e Raulzito juntos


O show de Leno foi quinta-feira passada. Postei aqui entrevista com ele publicada no Diário de Natal. Fui ao show e nada comentei. Mas fica o registro: Leno é "o cara". Auditório do Centro de Convenções quase lotado. Atraso de uma hora e uma banda afinadíssima para um show espetacular. Claro, as baladinhas da Jovem Guarda deixaram entrepidantes as dondocas da plateia. Os senhores ao lado lembravam dos bons tempos da brilhantina. Mas foram os rocks tocados as verdadeiras pérolas. Lady baby (Leno e Raul Seixas) e Sentado no arco-íris (Leno) fizeram este balzaquiano passado nos 30 e acostumado a boas guitarras distorcidas ter quase um orgasmo sonoro.

E o que me deixa mais animado é que o CD com oito composições inéditas de Leno e Raulzito juntos será lançado na primeira quinzena de outubro. A capa foi mostrada lá: os dois naqueles bons tempos psicodélicos dos anos 70, quando essas mesmas músicas foram censuradas e outras achadas só depois, reunidas agora neste álbum. Sentado no arco-íris, salvo engano, também entra no CD. Essa música integra o lendário LP Lágrimas Azuis, da banda potiguar Impacto Cinco - hoje considerado um dos dez álbuns mais relevantes da história do rock nacional. E foi produzido por Leno. O cara deve fazer outros shows para divulgar o novo CD. É imperdível. Quem levar LSD lá, me empresta um trago.


Foto: Sérgio Vilar

Nós do RN

Quando se está órfão de publicações literárias e culturais antes tão presentes e comentadas e sequer satisfações são dadas a respeito, o suplemento Nós do RN merece reverência e referência. São cinco anos de serviços prestados à cultura potiguar. Um time de jornalistas e escritores de primeira linha. Matérias bem elaboradas e pautadas. Recebi o último número. Na capa, o batalhador Paulo Varela e o sonho quase concretizado do Centro de Tradições Culturais "Aldeia Velha". Paulo havia me adiantado esse projeto há quase um ano, quando o encontrei numa dessas feiras de negócio. Fica no Jardim Lola, próximo à Igapó. No suplemento, ainda matéria sobre Fabião das Queimadas (e entrevista de Deífilo Gurgel); um matéria excelente sobre o esquecido maestro potiguar Cussy de Almeida; entrevista com Pedrinho Mendes; resenha de Anchieta Fernandes; e pequenas matérias da exposição de Túlio Ratto e do forrozeiro Fernando Farias. Quem quiser eu empresto, mas quero de volta!

Pagamento dos shows do São João

Por Marcelo Veni
no twitter (@marceloveni)

Após três horas de espera na Funcarte as bandas que fizeram shows no São João de Natal começam a receber neste momento seus cachês. Músicos e representantes cobraram da Funcarte explicações do desconto de 12% valor líquido combinado no ato das contratações para o São João. Castelo Casado conversou com os artistas e atribuiu essa questão ao departamento que não estava responsavel por esta negociação. O desconto de 12% do valor liquido dos cachês dos shows do São João foi mantido. Pagamento está sendo feito fora do prédio da Funcarte. Na Funcarte o músico Antônio de Pádua que fez show no São João de Natal , relatou para Castelo Casado o mal tratamento recebido no palco. Os músicos falando em alto e bom tom sobre os bastidores de pagamento do carnaval. #barra

Fundação José Augusto e a cultura do nada


Por Abimael Silva
sebista e editor (enviado por e-mail)

A Fundação José Augusto, a mais importante instituição cultural do Rio Grande do Norte, entre as décadas de 1960 e 2000, parou no tempo e perdeu o sentido de existência. Se deixasse de existir hoje não faria a mínima falta à história cultural do Estado.

Há poucos anos a FJA fazia o seu dever de casa, promovendo a cultura do RN com um calendário verdadeiro, de fevereiro a dezembro. Hoje não faz absolutamente nada! Pelo contrário, anda desfazendo as coisas boas que existiam.

Acabou o Encontro de Cultura Popular, que acontecia no mês de agosto, com uma semana de intercâmbio entre o Estado e a cultura brasileira.

Acabou o Prêmio Literário Luís Carlos Guimarães, o único prêmio estadual de poesia e uma homenagem mais que justa a um dos maiores poetas do Rio Grande do Norte. Quem acaba com um prêmio literário merece o desprezo da cultura!

Acabou a Revista Preá, a mais importante e significativa publicação cultural do RN nos últimos cinquenta anos, que dava vez e voz ao artista do interior.

Depois de três anos sem sair da loca, a Preá voltou a circular com uma publicação de qualidade mais que duvidosa, feita por quem não é do ramo. No editorial, com direito à fotografia colorida, Crispiniano Neto detalha todos os fracassos da Fundação nos últimos três anos: a compra de uma impressora chinesa, por uma nota preta, que funcionou poucos dias e não tem assistência técnica. Não precisa ter mais de cinco neurônios para saber que chinês não entende de impressora de qualidade. Isso é coisa para alemão, inglês e americano.

Acabou a Cidade da Criança, o mais importante e conhecido espaço para o público infantojuvenil de Natal.

Acabou o plano editorial da Fundação José Augusto, um catálogo de 310 títulos e 47 anos, com muitos autores e publicações de importância nacional, como Luís da Câmara Cascudo, Zila Mamede, Jorge Fernandes, Auta de Souza e Oswaldo Lamartine de Faria.

Para ser mais exato, como Presidente da FJA, Crispiniano publicou um livro de sua autoria, intitulado Lula na Literatura de Cordel, com edição de capa dura.

Acabaram as Casas de Cultura. A de Santa Cruz do Inharé virou loja de produtos da Avon; na de Macau caiu o teto; a de Assu está em ruínas; a de Martins não abre há mais de um ano; e a de Apodi virou pensão de segunda. Esta é a radiografia de algumas Casas de Cultura do Rio Grande do Norte hoje.

Depois do insignificante desempenho de Crispiniano Neto à frente da Fundação José Augusto, um vergonhoso cabide de empregos, com 1155 profissionais, a grande maioria de competência duvidosa. A única saída é a sua extinção, como foi feito com o Bandern, em 1991.

Pelo desserviço prestado à cultura do Rio Grande do Norte, de 2007 a 2010, Crispiniano Neto deveria voltar para Mossoró a pé e descalço, para sentir na pele o mal que fez à cultura potiguar.

Mas isso ainda diz pouco!

Treze vozes, um objetivo e 26 canções potiguares

No Diário de Natal
matéria de hoje

O Teatro Alberto Maranhão recebe mais do que a voz de 13 cantoras potiguares na noite de amanhã. O show Mulheres que Cantam e Encantam Mulheres tem iniciativa do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes do RN (Gami). O objetivo é dar visibilidade às mulheres artistas deste Rio Grande sem Sorte, fortalecer o movimento de lésbicas em Natal e oportunizar a gravação de um CD e DVD ao vivo no TAM, com o apoio da Fundação Capitania das Artes (Funcarte). O ingresso custa R$ 10 (R$ 5 a meia entrada).

A apresentação das 13 intérpretes pretende reunir simpatizantes da causa e da boa música. Além de uma manifestação política e feminista promovida pelo Gami, o show oferece repertório variado de alguns dos grandes talentos da música potiguar. Os timbres de vozes, a performance no palco e o repertório que vai desde a MPB mais pura ao maracatu, promete a interpretação de 26 canções exclusivamente de autores potiguares. Cada cantora interpretará duas canções. Uma delas integrará o CD e DVD, mixado na quinta-feira.

AQUI

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vão colher poemas!


Cheguei há pouco do ensaio final do... Não sei explicar o que é. Mas tem o nome de Toque de Colher Poemas e participação dos poetas Carlos Gurgel, Carito, Renata Mar, Civone Medeiros e Pedro Quilles. A apresentação será na quarta-feira, no Buraco da Catita. Acesso livre. Aliás, libertário. Saí de lá mais leve. Poesia embriaga, pow. Principalmente sem tiragosto. O que vi, ouvi e até senti, foi poesia pura. E tomei de uma talagada só. Há alguma interatividade com o público. Vou adiantar pouca coisa. Sai matéria depois no DN. Amanhã curto a ressaca do dia de hoje - mundo de concreto sem poesia é foda. Vontade mesmo de ficar sempre embriagado, colhendo poema.

- Foto: Sérgio Vilar

Só a arte salva


Por Fernanda Paola
na Revista Cult

Ele costuma usar a minicesta de basquete que fica encaixada na parte de cima da porta do escritório para fazer arremessos de 3 pontos. A sala é pequena para um monte de coisas que guarda. Centenas de livros de arte e literatura amontoam-se nas prateleiras. Catálogos, flyers e outras muitas lembranças de exposições estão espalhadas em cima da mesa de vidro, coladas nas paredes, e onde mais tiver espaço. O escritório de Agnaldo Farias, que fica em Pinheiros, São Paulo, no primeiro andar de um prédio baixo e sem elevador, é um oásis cultural.

Aos 55 anos, Agnaldo é um dos curadores e críticos de arte mais reconhecidos do Brasil. Mas é como professor que prefere se apresentar. Apesar de acreditar que “nossas universidades estão assentadas em certezas” e que “estamos formando burros”, faz quase 30 anos que ele dá aulas e é, como enfatiza, um professor de primeiro ano vocacional. Hoje, da FAU/USP.

Agnaldo já pensou em ser escritor, mas desistiu ao ler Dostoiévski pela primeira vez. É também apaixonado por música, o que lhe rendeu um emprego aos 15 anos como jornalista na revista Bondinho. Sua primeira crítica foi sobre o disco Live Evil, de Miles Davis. “Eles levavam uma máxima do Frank Zappa, a de que jornalista de rock não sabe escrever, entrevista gente que não sabe falar e escreve para gente que não sabe ler. E eu preenchia todos os requisitos”, conta ele, que também foi roadie dos Novos Baianos e de Hermeto Pascoal, entre outros.

À arquitetura chegou depois, por causa de “Fábula de um Arquiteto”, poema que João Cabral de Melo Neto escreveu em 1966. Nunca exerceu a profissão na prática. Logo já estava dando aula e, sem querer, sendo procurado para escrever sobre artes plásticas. Entre os 13 irmãos vindos de Itajubá, Minas Gerais, Agnaldo Farias é o único a trabalhar com artes.

AQUI

- Foto: Marcelo Naddeo

Advogado cidadão?

Uma imagem vale mais do que mil votos. Que o digam as pessoas com deficiência que precisem do estacionamento feito para elas (via @Ilia_chan).

Data marcada para negociação entre Sindjorn e patrões

O Sindjorn informa que a primeira rodada de negociação com os patrões para discussão da campanha salarial 2010-2011 está marcada para o próximo dia 5 de outubro, às 10h, no prédio do Ministério do Trabalho (Ribeira). A pauta foi protocolada no dia 23 de setembro e entre os principais pontos de reivindicação estão o aumento do piso salarial para R$ 1.500 (baseado na média dos pisos nacionais), auxílio alimentação de R$ 220, o retorno do delegado de redação e o cumprimento dos acordos anteriores. Será possível que a negociação deste ano já ocorra com os sindicatos patronais de rádio e TV, e impressos, entretanto, esta informação ainda não foi confirmada pela DRT. Assim que os patrões apresentarem uma contra-proposta será marcada uma nova assembléia para discussão e retirada de propostas de luta. Somente a união da categoria fará dessa luta vitoriosa.

Anúncio dos selecionados do Festival Agosto de Teatro

Release

Amanhã (28) será anunciado no Teatro Alberto Maranhão, às 19 horas, os grupos participantes do Festival Agosto de Teatro. Durante o fim de semana a curadoria formada por Kil Abreu (PR), Eleonora Montenegro (PB) e Anderson Guedes (PE) esteve reunida para selecionar os grupos que irão participar da edição 2010 de Festival. Na ocasião também serão lançados o vídeo e CDs de fotos do Festival passado.

A programação da noite conta ainda com duas performances teatrais e apresentação da Companhia de Dança do Teatro Alberto Maranhão.

O Festival Agosto de Teatro acontece entre os dias 09 e 16 de outubro em vários espaços cênicos da cidade e tem toda sua programação gratuita. Também serão oferecidas oficinas de formação teatral que já estão com inscrições abertas pelos seguintes contatos: fja_festivalagostodeteatro@yahoo.com.br ou pelo telefone (84) 3232 9702.

Hoje é dia de Mungunzá Cultural

A 8ª edição do projeto Mungunzá Cultural traz nesta segunda-feira shows do intérprete Rodolfo Amaral, do instrumentista, cantor e compositor Paulo Ricardo e vasta programação folclórica na Vila de Ponta Negra. O caldeirão de mungunzá estará fervendo já a partir das 16h em frente ao pátio da Igreja, com distribuição gratuita ao público e participantes do evento. O acesso é livre e em celebração do Dia de Cosme & Damião.

A iniciativa encabeçada pelo grupo Resistência Dalata conta com parcerias de ação integrada com cinema de rua. Nesta edição será exibido o filme Orquestra dos Meninos, logo após a programação dos grupos parafoclóricos e folclóricos: capoeira, maculelê e hip hop de Goianinha; apresentação circense do grupo Tropa Trupe; show musical com a Orquestra Xilofônica do SESC; Conguinhos, Lapinha e show com o Resistência Dalata.

Para o idealizador do projeto, Marcus Vinícius, a ação sócio-cultural visa o divulgar, valorizar e promover o intercâmbio da cultura local.O projeto foi iniciado em 2009. Mas há oito anos Marcus está envolvido com ações de valorização cultural na Vila de Ponta Negra, desde quando integrava o núcleo do projeto Pau e Lata. "E criamos o mungunzá para promover uma culinária regional e atrair público, com o intuito da formação de plateia", comenta.

Apoio
Em apenas um ano de projeto, Marcus conseguiu trazer, de forma voluntária, artistas renomados no cenário da cidade: Sueldo Soaress, Geraldo Carvalho, Zé Martins, maestro Gilberto Cabral e o multiinstrumetista Antônio de Pádua. "Precisamos da generosidade do artista, ainda pouco envolvido com as causas coletivas. Este projeto visa também dinamizar essa cultura de união dos artistas, ainda muito individualistas", conclui.

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal

Toque potiguar no cinema brasileiro

No Diário de Natal
matéria de domingo

O cineasta Fábio DeSilva é o primeiro potiguar partícipe de uma grande produção do cinema brasileiro. A estreia para convidados do filme Federal será hoje à noite no Rio de Janeiro, dentro da programação do Festival do Rio 2010. Fábio - diretor do curso de Cinema da UnP - participa do evento com o status de assistente de direção do longa metragem, com orçamento de R$ 5 milhões e grande elenco. O convite para integrar a equipe de produção é considerado pelo cineasta um "divisor de águas na carreira profissional". E para a o cinema potiguar, também. Os maiores feitos conquistados pelo setor no Rio Grande do Norte foram os filmes de William Cobbett, com Jesuíno Brilhante (1972), e Boi de Prata, de Augusto Ribeiro Júnior - ambos intimamente ligados ao cinema potiguar, sendo o último uma das primeiras apostas da Embrafilme em promover novos pólos cinematográficos pelo Brasil.

AQUI

domingo, 26 de setembro de 2010

Resultados inusitados do 5º MPBeco

Por @MPBeco
via twitter

Prêmio Nazir Canan – 1º lugar – 3.200,00: Me Chame Com'eusou(l), com Maguinho daSilva.

Prêmio Newton Navarro – 2º lugar – R$ 2.600,00: Caravana dos Loucos, com Damned Blues.

Prêmio Celso da Silveira – 3º lugar – R$ 2.000,00: Memória da Casa Velha, com Carlos Bem.

Prêmio Elino Julião – Voto Popular – R$ 2.200,00: Eu, Eles e Minha Casa, com Lunares.

Prêmio Bosco Lopes de Melhor Intérprete – R$ 1.500,00: Caravana dos Loucos, com Damned Blues.

Prêmio Maestro Mainha de Melhor Arranjo – R$ 1.500,00: Memória da Casa Velha, com Carlos Bem.

Do blogueiro: Pela primeira vez, desde que eu acompanhei o MPBeco ou quando fui jurado na última edição, as indicações foram tão díspares da minha opinião. E Festival é isso. Marcelo Veni frisou bem isso no twitter: vale é a participaão, a mostra do trabalho e tal. Alguns partícipes eliminados foram hostis com os jurados sem qualquer espírito esportivo ou democrático. Lamentável. Eu apostava no Lunares, na boa música do Damned Blues ou no talento de Júlio Lima (que não havia visto na eliminatória). Sinceramente, achei injusta a premiação máxima à boa música de Maguinho DaSilva. Carlos Bem mostrou uma música muito bem interpretada, tocada e, tudo bem para a premiação de melhor arranjo, para o 3º lugar. O Danmed Blues, também. Mas as surpresas são bem vindas. E, porra, o que é justo nesse mundo?

Dos jornalistas do RN

Expus meu pensamento após Tácito Costa levantar um assunto pertinente - principalmente se levado em conta o contexto local - a respeito de uma opinião da jornalista Nelly Maia, também presidente do Sindjorn - a respeito da polêmica (infundada, na minha opinião, a respeito da liberdade de imprensa, e tal). Segue a seguir os meus esclarecimentos e as opiniões de "peso" e oportunas dos jornalistas Carlos de Souza e Alex de Souza. Quero só frisar o seguinte: eles têm razão. Mas, vamos continuar assim?

Por Sérgio Vilar
no Substantivo Plural

Fala, Tácito! Rapaz, Nelly tem todo o direito de expressar a sua opinião, mas como jornalista. Absolutamente nada do que ela disse a respeito do tema exposto acima representa posicionamento do Sindjorn. Inclusive, a própria diretoria do Sindjorn – recém empossada – abriga correntes diferentes de pensamento. Muitos são de oposição à Fenaj. Não li a reportagem do Novo Jornal. É comum colocar Nelly como a presidente do Sindjorn. Mas repito: ela foi entrevistada, penso, como jornalista, com suas ideologias e pensamentos próprios, não como presidente ou porta-voz do Sindjorn – uma entidade colegiada e democrática, cujo última reunião ocorreu terça-feira para discutir o Congresso Estadual da categoria e a campanha salarial. E aproveito espaço para reclamar: afora a diretoria, NÃO COMPARECEU NINGUÉM!

Essa classe dita lutadora, que esbraveja ética, que cobra liberdade de expressão… E a escravidão vivida nas redações? Cadê a luta de vocês aqui? Já promovemos nove reuniões sem presença de ninguém. Falácias pelo twitter não mudam nada. A pauta de reivindicações da categoria, com pedido de reajuste salarial e outros benefícios foi entregue hoje! Ou seja: a campanha começou. Acordem! Discurso vazio não preenche contracheque. Parem de olhar essa politicagem barata em ano eleitoral e se atenham ao próprio umbigo. Enquanto a mídia vendida noticia essas baboseiras, continuamos com o pior piso salarial do país. Mas se a “catiguria” está preocupada com o levante da oposição engolido pela mídia, tudo bem. Natal já tem o setor cultural isolado do resto do Brasil. O jornalismo pode ficar, também.

Por Alex de Souza
no Substantivo Plural

As palavras de Sérgio servem pra ilustrar bem a situação. E as palavras de Nelly também. Mas, aqui, faço uma ressalva ao meu amigo: Nelly não pode sair por aí distribuindo asneiras como ‘jornalista’. (Não vou nem me dar ao trabalho de refutar declarações esdrúxulas e mal informadas como a de que ‘a categoria está nas mãos do Judiciário por causa do presidente’: foi ele, por acaso, que questionou o tal do diploma? tenha paciência, moça.)

Tanto é que os rapazes inocentes do Novo Jornal não a colocaram na matéria como ‘jornalista’. Ela aparece como representante da categoria. É inadimissível um sindicato cuja presidente sai em defesa dos patrões – isso mostra bem a situação da representatividade na classe.

Interessante que aqui e acolá aparecem analistas políticos para meter o bedelho e ‘opinar’ (para não dizer falar besteira) sobre movimentações políticas de outros trabalhadores (e como se falou besteira, por exemplo, na crise envolvendo os policiais militares, só para citar um caso), mas na hora de reparar no próprio rabo…

Foi-se o tempo em que os jornalistas potiguares tinham capacidade de organização, como a famosa greve do início dos anos 90 – e isso não é culpa do sindicato, mas dos próprios profissionais.

Aliás, a profissão têm sido colocada em xeque pelo avanço tecnológico e, em vez de promover um debate sério e qualificado sobre o assunto, os representantes de classe abraçaram a ridícula e inútil bandeira da obrigatoriedade do diploma, enquanto são engolidos pela História, com agá maiúsculo em homenagem ao pluralista Marcos Silva.

Chegou-se a um ponto em que o corporativismo instalou-se de tal maneira nas redações que falar mal dos patrões agora é sinônimo de falar mal de jornais. Vai ver que é porque tem tão pouco emprego na área que todo mundo virou cargo de confiança…

Por Carlos de Souza
no Substantivo Plural

Caro Sérgio, admiro sua luta, mas quero dizer que jornalistas, enquanto categoria, pelo menos em Natal, não existem. Já participei bastante do sindicato quando fazia parte do front das redações. Só acumulei decepções. Aqui os donos de jornais mandam mesmo, e os coleguinhas ficam sobejando bicos aqui e ali, principalmente no serviço público. Hoje estou afastado, mas continuo vendo o cada um por si, o jogo sujo de hienas, a competição desenfreada e selvagem, predadora de reputações. Eu quero é que se fodam!

"Vandré nunca foi político"

Por François Silvestre
em comentário no blog

Essa informação ou insinuação, no blog do mello, de que Vandré foi torturado é uma baita mentira. Conheço essa história de perto. Ele nem sequer foi preso. A não ser na fronteira da França com a Bélgica por motivos não políticos. Que dona Marta tratou com militares a sua volta é verdade, sem contudo Vandré ter qualquer participação nessa negociação. Vandré nunca foi político. Quiseram atribuir a ele uma postura que ele não encarnava. Foi vítima do mais estúpido patrulhamento. E continua sendo. Era amigo de Sodré. Qual o problema? Vandré é um poeta. Dos melhores que o cancioneiro brasileiro teve. Essa história de que ele quis ser herói é uma invencionice desonesta. Coisa de pseudos psicanalistas. A mediocridade tem dificuldade de conviver com a inteligência. Imagine com a genialidade. Abraço, François.

Tem mais. Vandré também era amigo de Arnaldo Lacombe. Cuja casa frequentava. Lacombe havia sido chefe da Cadeia Nacional, que produzia a "Voz do Brasil", no governo Médici. Tornei-me amigo de Lacombe, por conta do meu irmão Dimas e de Vandré. Anos depois trabalhei com ele no Boletim Cambial, na Rua São Bento, sucursal do jornal carioca em São Paulo. Amizade não contamina ninguém. Não seleciono amizades por identidade ideológica. Roberto Guedes conhece esse episódio e também conheceu Lacombe. Na noite da morte de Herzog, Lacombe quase expulsa Vandré da sua casa, pois o mesmo usou o telefone da residência para comentar o assunto com um amigo do jornalista "suicidado" no Dói-Codi. Naquela noite, após esse fato, eu e o Dr. Vandrezígelo, pai de Vandré, nos encontramos com ele. Continuei amigo de Lacombe, até meu retorno para a prisão em Natal. Depois soube da sua morte. François.

Do blogueiro: Fiz entrevista com François Silvetre - esse cabra aí de cima - e fiquei insatisfeito com o resultado, que até abriria a revista cultural Ginga - projeto inacabado da Funcarte. Culpa minha, claro. Até tentei exploorar alguma polêmica, de forma amadoresca, na tentativa de uma entrevista polêmica, chamativa. François está acima disso. A mostra está aí acima. Ele tem muito mais o que dizer. Foda é extrair. O reieira é cismado que só uma mulesta. Mas aos poucos, como nestes comentários, esse "galado" (rs) solta algumas preciosidades destas. É coisa pra ilustrar livro de memórias. Seja dos livros bufacas daqui (afora Mr. Abimael) ou dos cancioneiros da ditadura. Ou mesmo de quem quiser aproveitar algumas verdades da história. François tá nem aí pra isso. E nem eu.

sábado, 25 de setembro de 2010

Um "porrão" de vinho com Vandré

Por François Silvestre
em comentário no blog

Pois é. Ele (Geraldo Vandré) ainda deve morar na Martins Fontes, ed. Virgínia, ap.604, continuação da Augusta, antes da São Luiz. Esse apartamento foi alugado após ele deixar sua bagagem por quase um mês no apartamento onde eu morava na Frei Caneca. Que tempo? Só revendo fatos. Uma noite, no Teatro Oficina, eu ousei interromper Zé Celso Martinez, após ele fazer uma séria crítica à UNE. Zé Celso aceitou a crítica e pediu desculpas. Lá dos fundos da platéia dois caras gritaram meu nome. Eram os potiguares Adão e Mafiolleti. Ocorre que eu estava foragido, usando o nome de Paulo. Saímos do teatro; Vandré, Taiguara, Dimas e eu. Geraldo avisou que era preciso irmos a um bar da Europa, para "enganar" a polícia. Foi um porrão de vinho no bar alemão da Martinho Prado. Saudade. Abraço, François Silvestre.

Final do MPBeco é hoje!


A finalíssima da 5ª edição do Festival de Música Popular do Beco da Lama (MPBeco) será hoje com a apresentação das dez músicas classificadas para a grande final. O evento será realizado na Praça 7 de Setembro, no Centro Histórico. A abertura será às 18h com show do grupo Pangaio, vencedor da última edição. O acesso é livre. As dez músicas selecionadas em duas fases eliminatórias virão em seguida, até o encerramento com a banda paraibana Seu Pereira e Coletivo 401.

As composições em disputa concorrerão a seis prêmios, com valor total de R$ 13 mil. Serão premiados o Melhor Intérprete (R$ 1,5 mil), Melhor Arranjo (R$ 1,5 mil), 3º (R$ 2 mil), 2º (R$ 2,6 mil) e 1º Lugar Geral (R$ 3,2 mil). E além de incentivar e torcer por suas músicas e intérpretes preferidos, tentando influenciar a opinião dos jurados de forma democrática, o público presente também tem poder de voto. Isto porque o Prêmio Elino Julião, no valor de R$ 2,2 mil, é definido pelo voto popular.

A Comissão Julgadora é diferente da formada na primeira fase, quando foram selecionadas as 24 músicas concorrentes, e difere ainda da comissão que julgou as dez canções de hoje a partir das duas eliminatórias ocorridas nos dois últimos sábados. A Comissão de hoje é formada pelo músico Antonio de Pádua; pelo escritor e jornalista Carlos de Souza; pela produtora musical e jornalista Daniele Pacheco; pelo produtor musical Marcos Sá; e pelo jornalista e produtor cultural Yuno Silva.

5ª edição do MPBeco (músicas concorrentes):

01 - Torto Viés - com Deyse Melo
02 - Balada da Cidade Mágica - com Donizete Lima
03 - O Riso - com Cleo Lima
04 - Tsunami - com Julio Lima
05 - Caravana dos Loucos - com Damned Blues
06 - Memória da Casa Velha - com Carlos Bem
07 - Eu, Eles e Minha Casa - com Lunares
08 - Me Chame Com'eusou(l) - com Maguinho daSilva
09 - Ultraleve - com Luiz Gadelha
10 - Semancol - com Ivando Monte

Final do 5º MPBeco
Onde: Praça 7 de Setembro (Centro Histórico, em frente à Assembleia Legislativa)
Data e hora: hoje, a partir das 18h
Shows: Grupo Pangaio, as dez músicas concorrentes e Seu Pereira (PB)
Acesso livre
Realização: NOTA DÓ – Projetos Culturais.
Contato: Dorian Lima (9416-8016) ou Júlio César Pimenta (8842-7101)
www.festivalmpbeco.com.br

Geraldo Vandré quebra o silêncio após quatro décadas

Peço perdão a Júlio César Pimenta - produtor do MPBeco que chega ao gran finale hoje a partir das 18h na Praça 7 de Setembro -, mas preciso convencer alguns malucos a ficar em casa à noite para conferir a quebra de silêncio do "mito" Geraldo Vandré. Após quatro décadas de isolamento, o cantor e compositor que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB resolve falar ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos. A conversa vai ao ar hoje, às 21h05 no canal por assinatura Globo News. Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a TV. Mas calma, Júlio, o Dossiê Globo News com Geraldo Vandré será reprisado no domingo (26), às 4h05 e às 12h30; e na segunda-feira, às 15h30.

De como um homem perdeu seu rumo e seguiu ao léu


Por Antônio Mello
no Blog do Mello (via @tetebezerra)

"O que foi que fizeram com ele? Não sei
Só sei que esse trapo, esse homem foi um rei"

("Tributo a um Rei Esquecido", Benito Di Paula)

Eu era um adolescente começando a me interessar pela política quando uma música me atingiu em cheio: "Canção Nordestina", do Geraldo Vandré, com aquele seu grito lancinante ("...e essa dor no coração/ aaaaaaaAAAAAAAAIIII!!!!, quando é que vai acabar?") reverberando em todo o meu ser.

Foi meu primeiro ídolo. Acompanhei a consagração da "Disparada" no Festival da Record de 1966, amaldiçoando o Jair Rodrigues por abrir um sorriso bocó no trecho mais dramático ("...porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente").

Depois, nos estertores d'O Fino, o programa passou a ser conduzido, uma em cada quatro semanas, pelo Vandré (nas outras, se bem me lembro, os apresentadores eram Chico Buarque/Nara Leão, Elis Regina/Jair Rodrigues e Gilberto Gil/Caetano Veloso).

Num de seus programas, o Vandré declamou o "Poema da Disparada", sobre a modorrenta mansidão da boiada, até que um simples mosquito, picando um boi, provoca o estouro, e nada volta a ser como antes. Belíssimo.

Aí o Vandré brigou com a TV Record e saiu da emissora, alegando que um desses seus programas havia sido censurado pelos patrões, por temerem os milicos.

(...)

Lá pelas tantas, o Vandré mostrou uma letra rascunhada e cheia de correções, que ele escrevera numa daquelas folhas brancas de embrulhar bengalas (pão). Era a "Caminhando", que tivemos o privilégio de conhecer ainda em gestação.

É importante notar que ele fez a "Caminhando" exatamente para responder aos esquerdistas que o estavam hostilizando. Quis lhes dizer que continuava acreditando nos mesmos valores, que nada havia mudado.

(...)

O III FIC aconteceu logo depois e os cariocas adotaram "Caminhando" como desagravo. Vandré teve muito mais torcida lá do que em SP. Quando ele reapresentou a música, já como 2ª colocada, os moradores de Copacabana abriram as janelas de seus apartamentos e colocaram a TV no volume máximo. Cantaram juntos, expressando toda sua raiva da ditadura.

AQUI

Data venia, o Supremo

Por Luiz Maklouf Carvalho
(via @rlevino)

Picuinhas se imiscuem em decisões importantes, assessores fazem o serviço de magistrados, ministros são condenados em instâncias inferiores, um juiz furta o sapato do outro – como funciona e o que acontece no STF

O primeiro bocejo foi do ministro José Antonio Dias Toffoli. Com as mãos em concha, sobre a boca. Depois foi Gilmar Mendes, com a proteção de uma das mãos, e por três vezes em menos de dez minutos. Marco Aurélio Mello o seguiu, com dois bocejos. Eles escutavam Ellen Gracie ler um relatório. A voz da ministra tem um timbre agradável, mas sem modulação. Em plenário, à exceção de poucas frases curtas sobre questões pontuais, a ministra nunca fala, só lê. E sempre de maneira monocórdica.

O caso em pauta era uma ação contra os deputados federais Alceni Guerra e Fernando Giacobo, denunciados por fraude em licitação. Tramitava no Supremo Tribunal Federal desde 2007 e prescreveria exatamente no dia seguinte. Ellen Gracie, relatora, votou pela condenação dos dois políticos*.

Com o ministro Eros Grau em viagem, dez ministros estavam presentes. Quatro votaram com a relatora, condenando os políticos: Cezar Peluso, Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Quatro os absolveram: Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Celso de Mello. E um, Ricardo Lewandowski, desafiou o senso comum: inocentou Alceni Guerra, ministro da Saúde do governo Collor, mas condenou o outro acusado.

Ficaram, então, 5 a 5 para Alceni Guerra, o que o absolveria, porque o empate favorece o réu. E 6 a 4 contra Fernando Giacobo, o que o condenaria.

A subprocuradora-geral da República, Deborah Duprat, resumiu bem a confusão: “Neste caso, teremos o réu principal absolvido; e o secundário, condenado.”

A cizânia se estabeleceu. “Condenar um e absolver o outro fica muito difícil”, disse o ministro Marco Aurélio, olhando fixo para Lewandowski. Cezar Peluso também o encarou: “Reconsidere seu voto e absolva os dois.” Lewandowski encabulou-se e disse, titubeante: “Tenho dificuldade de absolver o outro.” Marco Aurélio riu com sarcasmo. Peluso insistiu para o colega mudar o voto. Ellen lembrou que a prescrição ocorreria no dia seguinte.

Quando o presidente Gilmar Mendes ia proclamar o resultado, o advogado do condenado apelou pelo bom-senso: que os dois acusados fossem absolvidos. O ministro Ayres Britto, num mau momento, sugeriu a suspensão do prazo de prescrição, como se fosse possível. “Mas aí vamos legislar”, protestou Marco Aurélio.

Diante do bafafá e da pressão, um constrangido Lewandowski disse: “Eu reajusto o meu voto e absolvo ambos os réus.” Marco Aurélio riu de novo. Ayres Britto podia ter deixado por menos, mas não deixou: “Vossa Excelência mudou o voto, não é?”, indagou, como se não tivesse notado. Lewandowski respondeu: “A situação é absolutamente atípica.”

A veia poética de Ayres Britto, sempre presente, lembrou-lhe versos de José Régio, que recitou sem pejo: “Não sei por onde vou. Só sei que não vou por aí.”

Resolveram suspender a decisão, apesar da prescrição no dia seguinte, para esperar o voto do ministro Eros Grau. Ele o proferiu uma semana depois, e votou pela absolvição dos réus – que na prática estavam beneficiados pela prescrição.

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cem anos de folclore do Boi Pintadinho

Leiam aí: é notícia importante. A programação alusiva ao centenário de existência do Grupo Folclórico Boi Calemba Pintadinho será realizada neste sábado, a partir das 19h, no Patamar da Igreja Matriz da cidade de São Gonçalo do Amarante. Povo, são 100 anos de existência de um grupo verdadeiramente folclórico. Lembro das palavras de Deífilo Gurgel ao dizer que a visão mais bonita que teve foi a de um grupo, salvo engano, de Fandango, também de São Gonçalo, subindo em cortejo por uma estrada de São Gonçalo. Pois assim será amanhã: saída em cortejo às 19h do Boi Calemba da Sede Social, acompanhando a Banda Municipal. A programação restante, que inclui apresentação do Pastoril Dona Joaquina, que recentemente participou de um dos maiores eventos folclóricos do país, em Sampa, segue abaixo:

19h10 – Apresentação do Boi de Reis de Caraúbas (Mestre Erivam)
19h30 – Chegada do Boi Pintadinho ao Patamar da Igreja Matriz
19h40 – Abertura Solene da programação pelo Prefeito Municipal
20h00 – Apresentação do Pastoril Dona Joaquina
20h20 – Apresentação do Boi Calemba Mirim do IACENF
20h40 – Apresentação do Boi Calemba Pintadinho
21h20 – Apresentação do Bambelô da Alegria
21h40 – Apresentação do Côco do Calemba
22h00 - Confraternização com os artistas (coquetel)

O reggae dub de Mad Professor


No Diário de Natal
matéria de hoje

Natal aos poucos ingressa no eixo estreito de shows internacionais. O bairro da Ribeira vive hoje o clima jamaicano dos mais modernosos. É que aquele reggae rasta idealizado por Bob Marley nos fins da década de 60 incorporou ingredientes novos. O tal do Dub é quase contemporâneo à criação do reggae. Também surgiu na Jamaica. No início era uma espécie de remix da música reggae. Com o tempo, a música eletrônica se misturou ao Dub, que já se misturava ao reggae e essa sopa de ritmos eletrônicos e regueiros tem o seu papa. O nome do "santo" é Mad Professor.

O inglês será a atração maior na festa de aquecimento do Festival DoSol 2010. Na noite de hoje, a partir das 22h, também sobem ao palco do Armazém Hall, na Rua Chile, Monte Sião Sistema de Som, MissigenaSounds, Dj Caxangá feat, Mc Pruigissa, LomboJambo feat e Gabriel Souto. O inglês Mad Professor - junto com Lee Perry - é hoje um dos nomes mais requisitados do mundo para remix e releituras de dub, do reggae e das batidas arrojadas de bateria e contrabaixo - características do dub difundido pelo mundo nas mesas eletrônicas dos chamados DJs.

Mad Professor já trabalhou com artistas os mais distintos: Rancid, o próprio Lee Perry, a badalada Massive Attack, os vovôs sempre clássicos do Depeche Mode, o herdeiro do Bee Gees: Jamiroquai, Sly and Roobie, os lendários Beastie Boys, U-Roy e Max Romeu são alguns deles. A tour latino americana do inglês passa por dez cidades com apresentações de live p.a. acompanhado de MCs do ragga jamaicano. O gosto pela música eletrônica teve início ainda na infância e hoje também é reconhecido no meio como engenheiro de som e produtor de remix para Massive Attack, Sade, Pato Banton, entre outros.

Representando o som potiguar a festa também reúne várias sound systems locais num grande baile sem hora para acabar. "Nossa ideia é fazer um grande baile dançante e contemplar um estilo muito importante na música local que é o reggae e o dub. Acho que um show de Mad Professor, um dos caras mais importantes do estilo, cumpre bem essa função", diz Anderson Foca, um dos organizadores do evento.

7ª edição
O aquecimento do Festival Dosol 2010 representa uma das atividades do combo DoSol para o que tem se transformado em um dos grandes festivais de música independente do Nordeste. O evento evolui e se reinventa a cada ano. A primeira edição contou com o apoio do extinto Blackout, em apenas um dia de programação. Na 7ª edição, este ano, serão dez dias de shows e atrações musicais além do Rock e do Metal - essência do Festival. Para abrigar outros estilos musicais - instrumental, MPB... -, a organização idealizou o Festival DoSol Música Contemporânea, com apresentações na Casa da Ribeira. A novidade este ano é a inclusão do distrito de Pium no projeto de Música Contemporânea.

O Festival este ano acontece entre os dias 5 a 15 de novembro. Entre 5 e 7, a Rua Chile ferve com os shows de bandas de Rock e Metal locais, nacionais e internacionais. Entre 10 e 14, a música contemporânea na Casa da Ribeira. E em 14 e 15, emPium (com sete artistas ao dia). Serão 62 shows na programação geral. Metade deles gratuita. Justamente os shows que compreendem a programação da Casa da Ribeira e Pium. "Expandimos para dar mais oportunidade aos artistas". Anderson Foca ressalta ainda as prévias realizadas antes do Festival. Afora o "aquecimento" de hoje, já foi promovido um dia de intervenções urbanas para artistas plásticos e ainda será agendado outro evento. "Provavelmente um congresso entre os músicos participantes do Festival", adianta Foca.

Aquecimento do Festival DoSol 2010
Mad Professor (Inglaterra), Monte Sião Sistema de Som, DJ Caxangá feast MC Priguissa, LomboJambo feat Gabriel Souto e MessegenaSounds
Onde: Armazém Hall, Rua Chile (Ribeira)
Quando: hoje, às 17h
Ingresso: R$ 20 (só na hora)

Novo sebo na cidade

Por Marcelo Veni
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O Eldorado Center que fica na Vigário Bartolomeu, 571 na Cidade Alta recebeu um novo sebo. É o Bazar dos Artistas do Amigo Robson. O Bazar dos Artistas Potiguares tem foco na produção musical do RN. Quem quiser deixar cd´s, livros, camisetas etc é só ligar 8729-0060. De lá trouxe o novo CD do Carlos Alexandre JR intitulado Tributo ao Meu Pai. E os mnovos DVD e CD de Fernando Luiz e um de Getúlio Marques.

Do blogueiro: Pelas minhas contas, fica perto do Bartallo's. Mais opção bacana pra galera que curte o Centro. Dou minha passada por lá hoje mesmo. Parece que Veni já papou bons exemplares do acervo (rs).

Potiguar participa de filme nacional

Release

O cineasta potiguar Fábio DeSilva está de malas prontas para o Rio de Janeiro, onde participa da estreia do filme Federal, o qual fez assistência de direção. A estreia para convidados vai acontecer dentro da programação do Festival do Rio 2010, no domingo (26/09). O Festival vai ocorrer de 23 de setembro a 07 de Outubro.

O cineasta potiguar e diretor do curso de Cinema da UnP, Fábio DeSilva, explica como foi a experiência de trabalhar no longa metragem. “O filme Federal pode ser considerado um divisor de águas na minha carreira profissional. A partir dele deu-se a minha entrada de fato no cinema. Fui convidado pelo diretor brasiliense Erik de Castro, que conheci em Roma quando o mesmo estava divulgando o seu documentário ‘Senta a Pua’. A princípio eu ia dirigir o making of do ‘Federal’, mas acompanhei todo o processo de tratamento de roteiro, então Erik me convidou para ser assistente de direção e assim fui para Brasília, onde passei três meses acompanhando todo o processo de pré-produção e produção do filme. Uma experiência inesquecível que levei para a produção do meu primeiro filme ‘Sangue do Barro’ e que certamente levarei para toda a minha jornada profissional” declara DeSilva.

"Federal" conta a história de Dani, vivido pelo ator Selton Mello, agente especial da Polícia Federal, que se une ao delegado Vital, Carlos Alberto Riccelli, e outros homens do grupo de elite do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal para caçarem o playboy Carlos Beque Batista, protagonizado pelo também cantor Eduardo Dusek, responsável por colocar a cidade de Brasília na rota do tráfico internacional de cocaína.

Além do renomado elenco brasileiro, o filme conta com a participação do ator americano Michael Madsen, que entre outros trabalhos se imortalizou na pele de Mr. Blonde no filme "Cães de aluguel" (1992), de Quentin Tarantino. Em “Federal” vive o papel de Sam Gibson, representante da Drug Enforcement Administration (DEA) dos EUA na violenta Brasília.

Rodado ao custo de R$ 5 milhões, com distribuição internacional assegurada pela EuropaCorp, empresa do diretor francês Luc Besson ("O quinto elemento"), "Federal" é um thriller policial dirigido pelo brasiliense Erik de Castro.

Fábio DeSilva acrescenta que “Depois de quase quatro anos de rodado, o ‘Federal’ tem a sua estreia nacional prevista para o dia 29 de outubro. Vale a pena assistir, um verdadeiro filme de ação brasileiro com umas pitadas gringas”, acrescenta o potiguar.

Fábio DeSilva
Fábio DeSilva é graduado em Publicidade, 1998, nesse ano realizou (roteiro, direção) do documentário “Cinema Italiano, a poesia em película”, selecionado na mostra de vídeo de Salvador, mostra de vídeo de Santo André e Curta Natal. Estudou cinema na Itália (Università Popolare di Roma). Teve o seu projeto de documentário ‘O Trampolim’ entre os 10 selecionados do Brasil para participar do Balcão de Projetos do Brasil Documenta da emissora GNT (Rio de Janeiro – RJ), 2003. Roteirizou e dirigiu o vídeo clipe do grupo Agregados, recebendo prêmio Hangar de melhor diretor no ano de 2005. Em 2006, fez assistência de direção do filme “Federal” de Erik de Castro (Brasília – DF), uma co-produção BSB Cinema (Brasil) e EuropaCorp (França). No ano seguinte, dirigiu o vídeo do espetáculo: “Um plano de Deus”, exibido no espetáculo de inauguração da Ponte de Todos. Em 2009, rodou seu primeiro longa metragem, o documentário “Sangue do Barro”, que estreou no cinemark. Atualmente, é diretor do curso de Cinema da Universidade Potiguar, onde leciona desde 2002, e dirige programas locais e vídeos publicitários.

Missa de 7º dia de Janaína Medeiros

O Conselho Municipal de Cultura enviou nota de solidariedade aos familiares e amigos da produtora cultural Janaína Medeiros. E informa da missa de sétimo dia, celebrada neste sábado, às 17h, na Igreja Bom Jesus das Dores, na Ribeira. Janaína Medeiros era uma das cinco conselhereiras. Atualmente trabalhava em campanha política. "Como conselheira do CMC, Janaína vinha prestando um grande serviço para cultura da cidade", diz a nota.

Brasil a Quatro Vozes


O grupo vocal Quarteto Colonial se apresenta hoje e amanhã na Escola de Música da UFRN. As apresentações são gratuitas e integram o projeto Brasil a Quatro Vozes, selecionado pelo Prêmio Funarte - Circuito de Música Clássica 2010. O projeto leva a cinco cidades do Nordeste dois espetáculos de música vocal a capella, tracejando um panorama histórico da música vocal brasileira.

Na noite da hoje, às 20h, o Quarteto Colonial apresenta o concerto Poesia Cantada, com repertório profano dos séculos 20 e 21, de caráter e temáticas diversas, e poemas musicados de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Ferreira Gullar.

No sábado, também às 20h, o grupo apresenta o concerto Capela Colonial, onde canta peças sacras de compositores do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco.
Além dos concertos gratuitos, o grupo ministra no sábado, às 10h, no auditório da escola de música, oficina de Canto e Música de Câmara. As inscrições serão realizadas somente no dia.

O Quarteto Colonial é um dos grupos vocais brasileiros de maior destaque na música clássica da atualidade. Idealizado em 2003 pela regente e cravista Maria Aida Barroso, foi premiado em três projetos pela Funarte e viajou por 14 cidades das Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste do país.

Show Quarteto Colonial – Brasil a Quatro Vozes
O quê: concertos Poesia Cantada, Capela Colonial e Oficina de Música
Quando: (concertos): hoje, Poesia Cantada; amanhã, Capela Colonial
Hora: 20h.
Onde: Escola de Música da UFRN (auditório Onofre Lopes).
Programação gratuita
* Será ministrada oficina de Canto e Música de Câmara amanhã, às 10h. Inscrições somente no local, a partir das 9h.

Leno é o cara!

Por Fernando Luiz
no twitter

"Ontem estive na gravação do DVD de do Leno, com Joelma e os amigos Clovis e Fabiana. Uma viagem no tempo. Dentre as fotos exibidas no telão durante o show, uma me chamou a atenção: Roberto Carlos fazendo vocal para Leno, nos anos sessenta. Leno, Trio Irakitan, Núbia Lafayette, Gilliard, Carlos Alexandre, Hianto de Almeida, Aldair Soares (o pau-de-arara) Terezinha de Jesus, Paulo Tito, nomes não tão conhecidos do público, mas orgulho do RN; potiguares que o Brasil consagrou no mundo da música. Roberta Sá, Marina Elali, Zezo: cada um no seu estilo, mas são as referencias atuais da nossa música no Brasil. Parabens, Leno: você é um ícone da música potiguar. Pra refletir: Em Pernambuco, Reginaldo Rossi, que nunca foi destaque da jovem guarda, é considerado como tendo sido do movimento. Mas o único nordestino que foi um nome de peso no movimento Jovem Guarda, foi o potiguar Leno.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sgt. Peppers fecha as portas


Vários boatos foram espalhados pela cidade para justificar o fechamento do Sgt. Peppers. Segundo o sócio-fundador, João Aguiar, não houve “golpe, mocinhos ou bandidos”. “Não há magoa e nem briga entre eu e Rafael (Abreu, o outro sócio). Existem erros cometidos por ambas as partes. Normal. Eu só tenho a agradecer por esses seis anos de bar. Considero um grande sucesso. Como pode um botequim daquele ter se tornado conhecido e tão bem frequentado? Enquanto muitos falavam que não daria certo o Sgt não parava de crescer e conquistar mais frequentadores. Por isso o espanto pelo fechamento”.

João Aguiar explica que o processo de falência do bar iniciou com o pedido de devolução do ponto alugado pelos proprietários do Sgt. Peppers em Petrópolis. “Fomos pegos de surpresa. Tivemos que demitir muitos funcionários. E os custos ficaram altos com apenas uma unidade (a de Ponta Negra). A consequência foram salários atrasados e insatisfação geral”. Segundo ele, os funcionários foram convocados para uma reunião onde foi apresentado um plano de pagamento, aceito na ocasião. “Em dois dias a revolta recomeçou porque o plano precisava incluir funcionários já demitidos. Eles já tinham dado o sangue pelo Sgt e mereciam receber”.

Os problemas acumulados provocaram o fim. “Perdi o prazer e o tesão de estar no Sgt”, disse. Os funcionários também estavam desestimulados e queriam receber o mais breve. “Como Rafael estava engajado em outros projetos e faltavam motivos de segurar uma casa sem felicidade; como não dependo disso para sobreviver e nem para inflar meu ego, conversei com Rafael e decidimos pelo fechamento do Sgt. Dessa forma poderemos vender nossos equipamentos, quitar os salários atrasados, indenizações trabalhistas e eu ter minha paz de volta”. E conclui o empresário: “Tristes ficarão os clientes. Mas novos lugares surgirão. Minhas desculpas e o meu muito obrigado”.

Coração Louco no Cine Cult


O excelente drama Coração Louco, de Scott Cooper, entra na sessão Cine Cult do Cinemark do Midway amanhã e fica até 30 de setembro, sempre às 14h e com ingresso entre R$ 7 (inteira) e R$ 3,50 (meia). Foi dos bons filmes que assisti este ano (aho que foi este ano). A sinopse conta a estória de Bad Blake, um famoso cantor e compositor de música country. Mas como beberrão inveterado e fumante convicto seu trabalho se restringe a pequenos shows em cidades do interior. Seu agente tenta convencê-lo a reatar relações com um antigo pupilo que atualmente faz sucesso, Tommy Sweet. Porém, Blake insiste em suas convicções e recusa a proposta. O cantor conhece Jean Craddock, jornalista novata e mãe solteira, por quem se apaixona durante uma entrevista. Apesar de correr riscos, Blake mergulha de cabeça na nova relação.

De Lula, o Filho do Brasil

O filme Lula, O Filho do Brasil foi escolhido por unanimidade, segundo release do Ministério da Cultura. Assisti uns quatro dos indicados. O de Lula é, indiscutivelmente, o pior. Sou até "lulista" (não petista, ressalte-se). Mas o filme é tecnicamente muito mal feito. Soa até produção da Globo Filmes, maquiado pelos quase R$ 20 milhões de orçamento gastos na produção.

Palavras do presidente da Academia Brasileira de Cinema, Roberto Farias: "Votamos no filme que nos pareceu mais bem feito, que honra a cinematografia brasileira e tem como atriz Glória Pires, que se torna uma excelente candidata ao prêmio de Melhor Atriz”, explicou Roberto Farias. “Nossa posição não tem nenhuma ligação política. Lula é uma estrela aqui e fora daqui, internacionalmente conhecida".

23 filmes brasileiros disputaram: “A Suprema Felicidade”, “Antes que o Mundo Acabe”, “As Melhores Coisas do Mundo”, “Bróder”, “Carregadoras de Sonhos”, “Cabeça a Prêmio”, “Cinco Vezes Favela - Agora Por Nós Mesmos”, “Chico Xavier”, “É Proibido Fumar”, “Em Teu Nome”, “Hotel Atlântico”, “Lula, o Filho do Brasil”, “Nosso Lar”, “O Bem Amado”, “O Grão”, “Olhos Azuis”, “Os Inquilinos”, “Os Famosos e os Duendes da Morte”, “Ouro Negro”, “Quincas Berro D’água”, “Reflexões de um Liquidificador”, “Sonhos Roubados” e “Utopia e Barbárie”.

Se a indicação tem cheiro de marmelada, o Minc enfatiza: "Este ano, pela primeira vez, a Comissão de Seleção foi ampliada e o Ministério da Cultura não foi a única instituição a indicar os membros dessa comissão que escolheu o concorrente brasileiro. O grupo é composto por nove representantes, indicados pela Academia Brasileira de Cinema (ABC), Agência Nacional de Cinema (Ancine) e pelo Ministério da Cultura (MinC)".

Mas não me engana.

Eis os jurados:

- Roberto Farias Cineasta, presidente da Academia Brasileira de Cinema (ABC)
- Clélia Bessa Produtora de cinema e professora da PUC-RJ (ABC)
- Elisa Tolomelli Produtora, diretora e roteirista de cinema (ABC)
- Mariza Leão Salles de Rezende Produtora de cinema e presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Audiovisual do Rio de Janeiro (SICAV) (ABC)
- Leon Cakoff Crítico de cinema, criador e diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Ancine)
- Márcia Lellis de Souza Amaral (Tata Amaral) Cineasta (Ancine)
- Cássio Henrique Starling Carlos Jornalista e crítico de cinema (MinC)
- Frederico Hermann Barbosa Maia Assessor do Ministério da Cultura (MinC)
- Jean Claude Bernardet Cineasta, crítico cinematográfico, escritor, teórico e professor da UnB e da USP (MinC)