Acho que a frase "seja local e se torne universal" é de Tolstói. Não importa. O sentido da frase encaixa bem na discussão a despeito do formato do mais novo evento literário deste Rio Grande.
A Festa Literária de Pipa foi idealizada por Rodrigo Levino e Alex Medeiros. Logo no início conversei com o primeiro. Até noticiei uma nota em minha antiga coluna (que volta neste domingo!) à época.
Alex Medeiros hoje em sua coluna disse que pretendia um evento mais próximo ao formato da badalada Fliporto - a Festa Literária de Parati, mais cosmopolita. Lembro que Levino comentava algo parecido.
O tempo passou. A secretaria de Educação e a Fundação Hélio Galvão entraram na jogada como substitutas da secretaria de Turismo no patrocínio e organização do evento.
E eis a polêmica: Alex Medeiros reclamou hoje do formato "rococó" dado ao evento. Criticou a presença de grupos folclóricos locais e disse que pretendia algo mais grandioso, com maiores pretensões que não mera visibiliade da província.
E ai volto com a frase inicial. Cultura popular diminui a grandeza de eventos sejam eles qual forem? A marujada de Georgino Avelino, por exemplo, representa a época do rococó? O resgate de Chico Antônio reduz a universalidade do evento? Não acho.
Respeito a opinião de Alex Medeiros. Muito mais pela tentativa de modificar, criar o novo do que pelo argumento usado. Até porque vejo no evento figurinhas repetidas de álbuns como o ENE, o Festival Literário e o Encontro de Escritores.
Enfim, vou mais é torcer pelo sucesso da Festa. O cenário é diferente. A participação maciça de grupos folclóricos é novidade. E tudo em um primeiro evento que promete amadurecer.
[image: Quantas palavras com C?]
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