domingo, 30 de agosto de 2009

Moloq


Neste domingo de sol, praia e Ribeira das Artes, deixo você acompanhado de Eduardo "Dunga" Alexandre e o texto intitulado Moloq:

Por Eduardo Alexandre Garcia

Mesa animada, ontem, em Nazaré, beco lembrando os bons tempos de grande frequência, o assunto não girou em torno do cartão vermelho dado por Suplicy a Sarney. Nem Dilma/Lina chegaram a ser comentadas, como também não se falou do superfaturamento da Petrobras na construção de refinaria ou da decisão que livrou Palocci da quebra de sigilo bancário do caseiro.

Bases militares norte-americanas na Colômbia? Nem pensar. Isso não foi assunto naquela mesa, muito menos a presença dos valorosos ABC e América na faixa de rebaixamento da segundona.

O assunto era o trombolho plantado pela Urbana na via asfáltica da Praia dos Artistas, para recolhimento de lixo.

Um assessor de trupe lepdóptera garantiu que a geringonça tinha nome e sua origem terras desenvolvidas, escandinavas.

Plínio, que todo santo dia percorre toda a orla em sua magrela de dez mil reais, disse que o bicho já tem a estrutura plástica quebrada. Serrão profetizou que os sacos que serão colocados para a coleta do lixo não aguentarão a falta de educação da população, que os encherá de entulhos de construções, cocos e cocôs.

Com a mão direita enfaixada, Sandrinha apenas esboçou um tímido sorriso quando Plínio, olhando fixamente para Serrão, vaticinou: o próximo ela acerta. Fiquei meio sem entender o vaticínio porque Plínio não o desenhou, mas fiquei desconfiando que fosse um gancho tipo Mike Tyson.

Claudinha só tinha palavras e convites para o lançamento de seu novo livro, dia 10, no Miduei (ai de mim se eu não for ao shopping). Quis nem saber do tal do Molok - garantiu Alex que era assim que se escrevia o nome do trombolho, hoje presente como símbolo de modernidade em dezenas de cidades verdes, até Rio de Janeiro.

O fato é que outro assunto não empolgou becodalamenses ali presentes. Nem mesmo a proibição de mesas e cadeiras em calçadas de bares, coisa que no Beco parece não vai vogar e é assunto em todos os botecos da cidade, do Gegê ao Azulão de Dequinha, sem falar em Lourival, onde já tem até faixa amarela pintada no chão, delimitando o espaço dos beberrões.

Não entendi bem porque, mas Plínio só chamava o Molok de Bolok, não sei se aludindo a alguma forma de pedágio.

Pois bem, toda essa conversa só para dizer que a coisa, que está a assustar as crianças da cidade e espalhar o boato de que estamos sendo invadidos por UFOs, tem nome: Moloq é o substantivo que designa a geringonça.

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