segunda-feira, 15 de junho de 2009

Da Caicó de François

Comecei a ler hoje o mais novo livro de François Silvestre, o Remanso da Piracema. Não vou comentar a obra agora. Quero acabar de ler. Fica pra depois. Queria apenas citar um trecho do capítulo 2, quando François descreve o caicoense.

Lembrei, num destes rompantes inexplicáveis, de uma cena passada há alguns anos. Foi numa bienal do livro, ainda no Midway.

O escritor paraibano e radicado em Natal, Aldo alguma coisa (esqueci o nome agora, apesar de muito bom escritor) foi convidado local da bienal. Na plateia estava o caicoense Moacy Cirne.

Lá pras tantas, Moacy se levanta e despeja alguma revolta contra a organização da bienal em ter chamado um paraibano para falar na bienal como escritor potiguar. E mais: conhecedor da Caicó de Moacy, onde teria passado a infância, coisa e tal.

Como diz François, "o Seridó possui uma compleição diferenciada. O seridoense não quer ser diferente. Ele é diferente. E o caicoense pode ir pra onde for, nunca sai de Caicó. Ele carrega Caicó na soleira do abanhado. O sol de Caicó se hospeda nas suas pedras e se entranha nelas até o demorado entrar da noite".

François, Moacy, Caicó. Todos são fantásticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário