quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Refém de produtores

Parece óbvio, está escancarado, mas não atentei para o fato levantado pelo produtor Zé Dias, em conversa informal: "Artista em Natal só aparece se tiver produtor por trás". Realmente. Tento lembrar algum e não me vem ninguém à cabeça. Ao contrário, os que alcançaram destaque têm competentes e esforçados produtores na retaguarda. Pelo jeito, artista é refém do poder público e também dos produtores. Não é pago ou recebe um cachê minguado dos governos, e não tem como pagar um bom produtor. Pode-se chamar essa categoria de refém da indústria cultural. Adorno explica. E a vida segue.

2 comentários:

  1. Isso aí é uma visão oitentista do processo. Artista tem que fazer boa música, saber se virar sozinho, fechar seu próprio show e tomar conta do seu negócio.

    Nunca vi um micro-empresário sair contratando produtor e equipe antes mesmo da demanda do negócio exigir, mas na música o cara faz dois shows num mês e já precisa de um produtor porque "não dá conta".

    Quanto antes a turma acordar mais longe da inércia vai ficar. É minha opinião. No camarones não temos produtores, cada um faz sua parte no processo e a coisa tem dado certo.

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  2. Na música popular, em qualquer lugar do mundo, artistas sempre precisaram (e precisarão) de produtores. Isso não é um privilégio de Natal.

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