terça-feira, 13 de abril de 2010

Palavras do novo assessor da FJG

Noticiei em primeira mão por aqui a saída da jornalista Mary Land Brito da assessoria da Fundação José Gugu após aprovação em concurso para outra atividade e consequente substitução pelo jornalista Barbosinha - já conhecido de muitos, já com larga experiência, sobretudo no segmento da Política. Salvo engano, é também assessor do vereador Hermano Morais, inclusive.

Li agora as palavras de Barbosinha no Substantivo Plural de Tácito Costa. Fazia tempo não lia palavras tão sinceras e lúcidas de quem assume um cargo público. Palavras sem medo, sem amarras. Assim me pareceu. Só discordo da crença do jornalista que a tarefa "não será das mais difíceis". A justificativa é até plausível. Concordo que o profissional precise apenas ser competente, mesmo que fora do nicho mais conhecido. Mas defender uma instituição sem prestígio é das mais hercúleas, colega.

"Vendo a minha mão-de-obra, jamais a minha consciência". A frase de Barbosinha resume muito. Ontem mesmo algum anônimo - sempre eles - me classificou de vendido por ter aceito o convite para participar do próximo Encontro de Escritores promovido pela prefeitura. Justo eu que já teci críticas ferozes. E não deixarei de escrevê-las se achar oportunas. Aceito e aceitaria até assessorias. Sou profissional e recebo uma miséria da redação. É assim em qualquer jornal de Natal.

Portanto, deixo neste espaço o meu "boa sorte" a Barbosinha - profissional elogiado e querido no meio. Tomara que sua rotina seja amena. Desconfio que não. O que acho que sempre faltou à FJG - embora reconheça a dificuldade para tal - é deixar clara a irresponsabilidade e o desprestígio do Governo do Estado com a cultura. E não o trabalho interno da instituição. Ainda assim, vejo falta de criatividade para driblar esses percalços e o monstro burocrático.

Li hoje na matéria publicada no DN o comentário de Crispiniano de que Iberê é mais acessível que Wilma. E noticiei há alguns dias que o governador criou, nos primeiros dias de governo, uma secretaria da Copa 2014. Então, caro Crispininano, que tal cobrar a criação - tão fácil! - de uma Secretaria de Cultura? Além da criação dos editais (mesmo que mal pagos), seria uma marca importante, diria até histórica da sua gestão.


Por Carlos Alberto Barbosa

Amigo Tácito.

Como é do conhecimento de algumas pessoas, e certamente de você, estou assumindo a assessoria de Comunicação da Fundação José Augusto em substituição a jornalista Maryland, que prestou um concurso para o Banco Mundial, e por ter passado, deixou a FJA. Convidado que fui para assumir o seu lugar aceitei o desafio.

Nunca trabalhei no meio cultural, mas conheço pessoas que lidam com a cultura em nosso estado. Portanto, creio que a tarefa não será das mais difíceis.

Mas antes que algum aventureiro lance mão, devo dizer que continuo com o mesmo pensamento de antes. Vendo a minha mão-de-obra, jamais a minha consciência. Faço esse registro porque tenho recebido e-mails criticando o fato de que sempre denunciei o foliaduto – desvio de mais de R$ 2 milhões ocorrido na FJA ainda no primeiro governo Wilma de Faria – e agora aceitei ser assessor de imprensa da mesma fundação. Uma coisa não tem nada a ver com outra, até porque o governo agora é de Iberê Ferreira de Souza. Mas tem pessoas que equivocadamente pensam assim. Conheço os principais dirigentes da FJA – Fábio de Almeida, diretor, e Crispiniano Neto, presidente.

Durante esses meus mais de 25 anos de jornalismo desconheço qualquer coisa que desabone as pessoas de Fábio e Crispiniano. Se existiam escroques na Fundação José Augusto, esses já não mais existem. Então, antes que algum aventureiro lance mão do meu nome, repito, sou um profissional e como tal fui convocado para uma missão que acredito ser das mais agradáveis, que é lidar com a cultura. Sei também das dificuldades em nosso estado de se promover o setor, mas também sei do esforço que a atual gestão da FJA vem imprimindo para tocar o barco.

Infelizmente, a cultura em nosso país e principalmente em nosso estado é relegada a segundo plano. Shows com bandas de forró por estas terras de Poti é considerado programa cultural na opinião de alguns incautos. Mas o que fazer se o principal evento cultural no calendário da cidade do Natal é um carnaval fora de época, e talvez fora de moda? Sendo assim, coloco-me à disposição para qualquer dúvida em relação a FJA a partir desta quinta-feira (15), que é quando assumo efetivamente o cargo. Devo dizer que como leitor assíduo do Substantivo Plural também espero contar com a colaboração de todos que fazem o Blog, e claro, deixando, óbviamente, esclarecido que o que puder fazer para a melhoria da cultura no RN, o que estiver ao meu alcance farei.

Um grande abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário