segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Triste do artista que faz o que o público quer

Khrystal lançou uma frase bem repercutida hoje pela manhã no twitter e me recordei de uma passagem do papo que tive com Cleudo Freire na última sexta-feira, dentro do projeto Cantando & Conversando. Khrystal disse: "Triste do artista que faz tudo o que o público quer". E Cleudo, fruto daquela produtiva e talentosa gama de artistas potiguares da década de 80, disse lá, para um público seleto, que a sua geração cometeu um "erro estratégico". Qual foi? A de cantar as músicas que o público pedia - os velhos covers de quem canta em bar. Naquela época havia produção autoral potiguar, e ainda a colaboração de uma década consumista. Era um cenário favorável. Pedrinho Mendes, Sueldo Soaress, Romildo, o próprio Cleudo, Valéria (um pouco depois) e uma aceitação razoável da nossa música. O erro seguinte foi o da dispersão: a tentativa de sucesso fora do Elefante. Portanto, como citei lá - e Cleudo concordou -, eles foram os culpados, Khrystal!

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