sábado, 18 de dezembro de 2010

Camarones: único representante do RN

O quinteto Camarones Orquestra Guitarrística foi o único representante potiguar contemplado pela segunda fase do Programa Petrobras Cultural 2010. A verba será destinada à gravação do CD Espionagem Industrial e construção do site para promoção do álbum. A divulgação dos 149 projetos aprovados aconteceu ontem na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Os R$ 52,9 milhões desta fase do Programa foram distribuídos entre 18 estados.

O produtor cultural e integrante da banda, Anderson Foca acompanhou a solenidade de divulgação e comemorou o resultado. “Foi merecido. Trabalhamos muito neste ano. Rodamos o Brasil com turnê e aparições em TVs e rádios. Fecharemos o ano com mais de 80 shows. Esse esforço foi premiado pelo edital mais concorrido do país e onde só consegui detectar três bandas de rock inclusas na premiação”.

O Programa recebeu 3.446 projetos inscritos nas mais diversas áreas da cultura. Desse total, 59% foram provenientes do Rio de Janeiro e São Paulo, com 80 projetos beneficiados. A gerente de patrocínios da Petrobras, Eliane Costa, explicou que essa concentração de inscrições e ações beneficiadas envolve uma série de complexidades, desde as dificuldades de produção cultural e particularidades de cada Estado, à própria concentração demográfica.

Embora a reclamação seja generalizada entre a classe artística potiguar quanto à falta de incentivo, o RN inscreveu apenas 23 projetos. “E é super fácil a inscrição, pela Web, sem burocracia”, comentou Foca. O Estado da Paraíba aprovou quatro projetos com 30 inscritos. O critério comentado pelos gerentes da Petrobras é o da diversidade regional. São sete jurados especialistas em cada área e representantes de todas as regiões do país mediados por um representante da Petrobras sem direito a voto. O editor e sebista Abimael Silva e o violoncelista Fábio Presgrave são alguns dos potiguares presentes na comissão.

Desde 2003, quando o Programa foi lançado, a Petrobras investiu R$ 1,5 bilhão em cultura. “Desse montante, mais de R$ 500 milhões foi de dinheiro voluntário, sem incentivo fiscal”, informou o gerente executivo de comunicação institucional da Petrobras, Wilson Santa Rosa. O chefe de gabinete da secretaria de fomento e incentivo à cultura do Minc, Jorge Guimarães, ressaltou a assinatura de acordo de cooperação técnica entre a companhia e o Ministério – uma espécie de formalização à parceria já existente.

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal

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