domingo, 26 de dezembro de 2010

A Madona Sistina

na Revista Piauí

Vassíli Grossman foi um homem de sorte. Era judeu ucraniano, escritor, jornalista, honesto e idealista. Viveu na União Soviética na primeira metade do século XX, um dos piores lugares do mundo para ser judeu, escritor, jornalista, honesto e, principalmente, idealista. É um milagre que tenha morrido de causas naturais aos 58 anos, em Moscou, no ano de 1964.

Grossman nasceu em 1905 em Berdichev, cidade que tinha uma das maiores populações judaicas da Europa Central. Formado em química em 1929, logo abandonou a profissão e passou a viver da literatura. Sua obra mais conhecida, Vida e Destino, é considerada por muitos o maior romance russo do século XX.

(...)

Em 1955, em Moscou, Grossman viu a Madona Sistina de Rafael. Em plena Guerra Fria, depois de Hitler, depois de Hiroshima e Nagasaki, depois de Stálin, ele consegue encontrar no quadro a beleza da experiência humana. Escreve com sinceridade comovente, sem cinismo e sem vergonha de suas emoções.

AQUI

Nenhum comentário:

Postar um comentário