domingo, 26 de dezembro de 2010

Entre o Bolshoi e os absurdos potiguares

No Diário de Natal
matéria de hoje

Desde o século 18 quando foi fundado, a vocação do Balé Bolshoi é formar, para a arte da dança, meninos e meninas à margem do círculo aristocrático. Passados mais de dois séculos, a maior companhia de teatro do mundo mantém o mesmo conceito. Com uma variante: a histórica sede - tombada como patrimônio da humanidade - abriu uma única filial fora de Moscou em todos esses anos. E foi no Brasil, em Santa Catarina. É lá onde acontece o Festival de Dança de Joinville - o maior do mundo. E por lá, no mais concorrido balé e próximo ao maior festival de dança do planeta, figuram bailarinos natalenses esquecidos pelo poder público.

Josemara Macedo, 17, sente na pele o dia-a-dia de um artista nascido em Natal. Selecionada pelo Bolshoi no ano passado, sobrevive em Joinville graças a uma bolsa patrocinada pelo próprio balé a poucos bailarinos da companhia. É o que lhe garante uma refeição ao dia e material para a atividade da dança. E só. Josemara lamenta quando colegas de balé deoutros estados mostram patrocínios das respectivas prefeituras e governos. Mais raro, de grandes empresas sediadas no estado. E lembra as dificuldades da tia Francisca, a Chica - figura conhecida na Ribeira, batalhadora e com sérias dificuldades financeiras - para manter a sobrinha na custosa Joinville.

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