Pedrinho Mendes é o cara mais musical que conheci. Autodidata e um virtuoso no exercício do violão, é também compositor nato. Na noite da última sexta-feira, cantou a sua primeira canção, escrita aos 14 anos´- música excepcional. Foi no Zen Bar, em Pium. Deconhecia o lugar e fiquei deslumbrado. O casamento com o projeto do produtor Nelson Rebouças, o Cantando e Conversando, é perfeita. A ideia é proporcionar um clima intimista em que o cantor toca seu violão enquanto bate um papo com um entrevistador e livre interferência da plateia.
Na primeira edição do projeto, Pedrinho Mendes cantou e encantou os presentes. O bar esteve quase lotado, com umas 50 a 60 pessoas. Nem o dono, Maurício, esperava tanto e faltou cerveja depois das 0h. Na próxima, o estoque vem mais recheado para receber Babal e o jornalista Moisés de Lima. Por enquanto, minhas lembranças dessa noite. Pedrinho cantou clássicos do seu repertório: Esquina do Continente, Linda Baby e uma outra que me fez viajar pelo meu bairro infantil, Barro Vermelho. Bairro onde Pedrinho ainda mora com a mulher e o filho, com dificuldades financeiras.
O autor do nosso hino extra-oficial contou desse desprestígio, do início da carreira, do Boca da Noite, cantou Belchior, Chico Buarque, e muito mais em quase três horas de cantoria e conversa. Eu saí por volta das 0h30, com cinco garrafas de cerveja no bucho e ele continuou por lá, com seu uísque. Ainda provoquei Geraldinho Carvalho e o brasiliense Mário Noya a cantarem algumas músicas - entre elas, Beijo Molhado, de Romildo Soares - enquanto eu e Pedrinho tirávamos a água do joelho. Carlinhos Bem veio depois. E quem vem dia 7 de janeiro é Babal, no mesmo Zen Bar.
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