sexta-feira, 11 de junho de 2010

A despeito do Som da Mata

Essa questão que envolve os produtores Amaury Jr e Marcos Sá pode ser levada a outro patamar: a do preconceito, a da crítica pela crítica. Vou esperar o próximo domingo para ver a qualidade dos projeto, sobretudo o Som da Mata.

Acredito piamente na possibilidade da manutenção da excelente qualidade conquistada pelo projeto graças ao trabalho bacana de Marcos Sá. Foi ele quem afirmou ser o valor ideal para tocar os projetos os R$ 415 mil.

Quem leu o post abaixo viu que o pregão baixou o valor para R$ 297,5 mil para realização dos três projetos semanais no Parque das Dunas: música instrumental, teatro infantil e dança.

Divida aí R$ 100 mil pra cada e teremos menos de R$ 10 mil para cada um. É pouco, sim. Mas dá. Lembrei da produtora Cida Campello quando travava luta para manter o Domingo na Praça.

Lembram da estrutura do DNP? Tendas, segurança, montagem de palco, contratação de várias atrações, etc. Ela me dizia que bastavam R$ 12 mil para a realização de uma edição do evento. Imagine um lugar já dotado de segurança, de palco...

Acredito na qualidade dos projetos tocados por Amaury. Ele já confirmou que irá manter o formato e até quer a consultoria de Marcos para o Som da Mata e adiantou que irá trabalhar com os mesmos grupos teatrais no Bosque em Cena.

Ademais, se a qualidade dos projetos comumente produzidos por ele no TAM é boa ou ruim, isso independe do trabalho realizado no Parque das Dunas. Um depende de bilheteria. O outro, não. Não há razão para misturar as coisas.

E ai recaímos na velha discussão: Por que o público no TAM lota? Você aí, produziria um espetáculo mais intelectualizado para colher prejuízo? Ele está ganhando dinheiro ali. Tem público pra isso. Qual o problema, então?

Se levar o nível dos espetáculos comerciais do TAM ao Parque das Dunas serei o primeiro a criticar. Aqueles espetáculos têm o seu público específico. E não é ali no Parque.

Além do mais, o processo vencido por Amaury foi legítimo. Trata-se de dinheiro público. Precisa de licitação e o preço dele foi o mais barato, por mais que uma curadoria também seja necessária.

Pense aí que, mantida a qualidade dos projetos, economizamos mais de R$ 100 mil. Sequer os músicos irão perder, já que ele também adiantou que pretende manter o valor dos cachês e a estrutura de som e palco.

Então, galera, vamos esperar pra ver qual é; tomar aquela velha canja de galinha pra depois vomitar críticas, boas ou ruins.

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