quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jornalismo literário: a arte do fato?

Por Luiz Rebinski Junior
no Digestivo Cultural

O termo jornalismo literário é tão evasivo quanto são fascinantes os livros que costumam povoar esse hipotético gênero literário. O termo é altamente contestável, mas quase tudo que é publicado sob essa etiqueta costuma ser bom. Isso porque, no fundo, apesar de toda a discussão que permeia a origem desse tipo de escrita, o jornalismo literário não é outra coisa senão literatura. Um tipo de literatura específica, mas essencialmente literatura. Feita, sobretudo, por escritores que se iniciaram no jornalismo.

O assunto é tão fascinante que nem mesmo especialistas entram em consenso sobre a definição do que seja jornalismo literário. Situação que se agrava quando a pergunta feita é sobre a origem do gênero. Por mérito ou simples capricho da História, sempre que se toca no assunto, quem aparece como tutor do gênero é o gordinho efeminado Truman Capote, autor do monumental A sangue frio. O livro realmente é uma obra-prima, mas não é a obra inaugural que o marqueteiro Capote nos fez acreditar que era.

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