quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Oriano de Almeida recebe Honoris Causa da UFRN

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O pianista Oriano de Almeida será homenageado post-mortem com o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira, 21, às 19h, no auditório da Escola de Música.

Antes da solenidade, a pianista Marluze Romano, prima do homenageado, e a pós-graduanda Igara Cabral interpretarão composições de Oriano de Almeida. Marluze Romano será também intérprete da emoção da família, cabendo-lhe falar em nome do Doutor Honoris Causa Oriano de Almeida. Já a saudação in memorian será feira pelo biógrafo e amigo Cláudio Galvão, autor de uma biografia do pianista com o título “O céu era o limite”, escrita após anos de criteriosa pesquisa e publicada pela Editora da UFRN.

Pianista clássico, Oriano de Almeida nasceu em Belém, Pará, era filho de pai natalense e mãe paraense. Passou a residir em Natal em 1930, quando iniciou seus estudos de piano. Menino prodígio, ele deu seu primeiro recital em Recife no ano de 1934 e em Natal em 1936, aos 14 anos. No sul do país, foi aluno de importantes professores e iniciou sua carreira profissional como pianista. Realizou recitais em quase todos os estados do Brasil. Apresentou-se nos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Polônia, Uruguai, Paraguai e Argentina.

O pianista adquiriu sua formação inicial em Natal, principalmente através do apoio recebido por seu tio, o maestro Waldemar de Almeida. No Rio de Janeiro, presenciou aulas da notável pianista Magdalena Tagliaferro. Oriano de Almeida desenvolveu de tal maneira o seu talento para a música que acabou se tornando um dos principais intérpretes de Fredéric Chopin, apresentando-se em sucessivas temporadas internacionais.

Autor do movimento de renovação de extrema importância conhecido como "Grupo Música Viva", o musicólogo empreendeu, na Rádio MEC, um trabalho de divulgação de música clássica e, em paralelo aos prêmios por ele recebidos, obteve reconhecimento popular, tornando-se o primeiro pianista brasileiro a adquirir o status de estrela da televisão ao responder no programa "O Céu é o Limite", da extinta TV Tupi, durante semanas seguidas, sobre a vida e a obra do citado Fredéric Chopin.

Em Natal, realizou inúmeras apresentações entre 1938 e 1987. Adotou a prática dos recitais-aula, onde explicava o que tocava e falava sobre os autores e estilos musicais. Instalou o "Curso Oriano de Almeida", formando inúmeros pianistas natalenses. Foi contratado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1981 e passou a residir em Natal, onde faleceu em 2004. Por seu reconhecido mérito, conquistou o privilégio de substituir Luís da Câmara Cascudo na cadeira da Academia Norte-riograndense de Letras.

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