Denice Maria e o jogo do Brasil

Cheguei há pouco do Pittsburg situado no Nordestão da Prudente de Morais. Costumeiramente vou lá. Mas nunca nesse horário. Hoje escuto a voz e o violão de Denice Maria enquanto saboreio minha saladinha. E sinto pena da moça. Não, ela não é desafinada. Muito pelo contrário. Voz doce feito Diana Cravo - hoje em Portugal, salvo engano. Voz leve, suave. Repertório mesmo de barzinho, mas muito bem selecionado. Minha lástima é pela situação criada: jogo do Brasil, TV sem som ligada e a moça parece pedinte, escanteada à margem e ainda "atrapalhando o jogo" com tão belo canto. As únicas reações das pessoas presentes ali eram de revolta ou sustos a partir das jogadas do escrete canarinho. E ali, desprestigiado, o artista potiguar, o talento inaudível. Mas não reclamo mais. É assim e pronto. E ponto.

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