Por Marcos Silva
a respeito do post abaixo (no Substantivo Plural)
Caro amigo:
Tentei enviar comentário para sua notícia sobre a independência e não consegui. Segue aqui:
Vcs acham isso que Laurentino escreve realmente engraçado, significativo? Considero uma tremenda bobeira e nada original – ouço esses papos ao menos desde os anos 60, tenho a impressão de que Gondim da Fonseca mexia em tal matéria, Laurentino requenta sobras mal-cheirosas de anteontem.
Qual a maldição da diarréia principesca? Ela apenas atesta que Pedro possuía intestino – alguém duvidava disso, pensavam que ele era puro falo? Considerar a História do país medíocre por esse motivo é raciocínio mais que medíocre.
Não tenho o menor preconceito contra profissionais de qualquer área que escrevem sobre História. Não existe monopólio da História pelos historiadores, o que diferencia os últimos de outros profissionais que tematizam História é apenas terem obrigações metodológicas – consulta a documentos de época e leitura da bibliografia existente mais emprego de métodos analíticos adequados. Algumas das passagens mais bonitas que li sobre História foram produzidas por escritores como Michelet, Tolstoi, Lima Barreto e Euclides da Cunha.
Agora: comparar esse povo aos Laurentinos da vida não dá!
Confesso que não entendo esse encontro de Pipa: ano passado Danusa e Lobão (letrista legal, frasista inclassificável), neste ano Laurentino. Convescote de amenidades – agora, com dose fecal?
A paisagem de Pipa merece mais. Nem que seja por prosaicos motivos ecológicos.
Abraços:
Do blogueiro: Marcos, confesso desconhecer a obra de Laurentino Gomes. Sei apenas do livro 1808, também muito badalado. Mas tenho lido esse 1822 e achado razoavelmente bem escrito - um livro-reportagem típico. Se retrata alguns fatos já relatados antes, talvez aglutine outros mais em uma só obra. Não sei, realmente. E não acho que ele quis desmerecer a história brazuca. A intenção foi retratar os fatos como foram a partir de registros documentais. Até porque já foi fato dito antes, como você frisou. E cá pra nós, poucos sabiam dessa história da "diarreia". Nada como trazer à baila o fato e desmerecer os livros "fictícios" de história do ensino médio. E sobre Danusa e Lobão, sei que o roqueiro rendeu muita mídia e uma "palestra" pra lá de polêmica.
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A grande merda da independência não foi a cagada do príncipe Pedro. Isso é irrelevante. Que seja verdade ou não. A merda verdadeira foi a negociação do príncipe com o pai, rei de Portugal. E o Brasil pagou uma indenização do valor das reservas brasileiras. Rasparam o tacho.Até a nossa "independência" é uma peculiaridade brasileira. Negócio e não luta contra o dominante. Somos assim. Até nossos intelectuais se abastecem do google para demonstrar "nova erudição". Não é o caso do Marcos Silva nem do Laurentino, que são estudiosos e têm talento. Mas de alguns idiotas que se acham professores de merda. E o são. Abraço, François.
ResponderExcluirAmigos e amigas:
ResponderExcluirNão aprecio essa maneira de fazer graça com fezes, como se fosse realidade vergonhosa para os seres humanos. No campo literário, Rimbaud/Verlaine e Artaud foram muito mais longe, até sacralizando simbolicamente o ânus e o ato de defecar. Bakhtin, por sua vez, ensinou que o baixo ventre, no riso popular, indica profundas significações da vida em andamento e reprodução.
Quero destacar, todavia, que o programa daquele encontro, divulgado hoje no SP, inclui excelentes nomes, como João Gilberto Noll, que dignifica qualquer atividade cultural.
Marcos Silva
Sérgio, esse François aí sou. Silvetre de Alçencar
ResponderExcluirNão digo as coisas na dependência da apreciação de ninguém. Se é que a resposta foi a mim. Nem brinco com a merda dessa pátria que é um cocô político e estrebaria de pseudos intelectuais. Mas é uma terra de geografia exuberante. Nem sua história escatológica consegue ofuscar sua beleza natural. Abraço, François Silvestre de Alencar.
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