sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Trem de Khrystal

Por Luciana Chianca
enviado por e-mail

Não, não vou falar em Dilma, nem em Marina e muito menos em Serra. Talvez devesse, que o momento é sério. Não vou falar de eleição, mas de espetáculos. Espetáculos artísticos, com gente que põe a alma no que faz, com atitude, coragem e cuidado consigo, com sua obra e com seu público.

Sabem quem é Krystal? Pois bem: ontem fomos ver o seu novo show; Trem. Se pras bandas eleitorais o trem tá feio, saí do show de alma lavada: Ô banda boa! ô trem bom! Fui correndo comprar o disco - e pena que não estava à venda. Percebe-se nesse show autoral o quanto o artista se expõe- à crítica, ao público, aos produtores, à vida enfim. A música de abertura do show já deixa entrever como se vive numa profissão que nenhuma mãe sensata deseja ao filho: ser compositor. E ainda por cima, Kristal canta. Tadinhos, seus pais... que nada: ela também toca bem o seu violão, misturando ritmos locais a influencias musicais de outras bandas. Só sei que o show passa leve e rápido, como um trem-bala.

Vemos que a artista vai trilhando o seu caminho, entre parceirias e algumas interpretações de músicas consagradas. Mas o show não perde o destino nem a hora. Sem descarrilhar, Kristal dá conta da viajem e vou dizer mais: não é muito mais caro que duas passagens de ônibus: por R$ 5,00 você faz uma viajem de mais de uma hora. Finos músicos, afinados arranjos e uma maquinista de voz marcante vão e voltam com você.

Vive-se, nesse Trem.

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