Palumbo 10 nas bancas!

A Palumbo 10 - edição de aniversário - está nas principais bancas da cidade. Traz como destaque a entrevista com Luiz Antônio Porpino, o Marechal Porpa. Ele até me ligou ontem agradecendo a matéria. "Ficou perfeita", disse. O elogiou me tranquilizou. Eu estava ressabiado porque precisei cortar 20 laudas da entrevista de duas horas e meia, em que Porpa falou muito de Aluízio, e das muitas histórias que sabe e viveu.

Trecho da entrevista: Têm pessoas que reafirmam e vão até a morte reafirmar que a tortura e a prisão tiveram o dedo de Aluízio. Eu pessoalmente morro na convicção que a parte da tortura ele não teve participação...

Outro destaque é a matéria com a última prostituta da Ribeira, conhecida como a Rainha dos Pescadores. Minha pauta era outra: entrevistar o dono do Carneirinho de Ouro, um dos bares mais antigos de Natal. Mas o cara sofreu um AVC e ficou com a voz embargada. Por ali mesmo arrumei a nova pauta e agendei a entrevista com Janete, ali no Cais da Ribeira. E de quebra, descobri ainda a grande meretriz de Natal, dona do velho Arpege: Vó Zefinha.

Trecho da matéria: “Na Ribeira, só o que passa, permanece”. O poeta Diógenes da Cunha Lima, autor da frase, de certo nunca conheceu Janete Maria da Costa, 32 anos de Ribeira, 51 anos de idade, nove filhos vivos e outros nove abortados. Mas ela é retrato desse perfume de passado impregnado nas paredes emboloradas do bairro...

Também passei uma geral na Flipipa, inclusive no editorial da revista. Pequenos comentários de cada debate e frases colhidas de cada convidado.

Trecho da matéria: A pequena aldeia pesqueira de Tibau do Sul foi a “nação sentimental” do jornalista Hélio Galvão. Um lugarejo grandioso, como se o regional entranhado nas percepções e melancolias do etnógrafo se tornasse universal a partir de sua alma. A segunda edição do Festival Literário da Pipa (Flipipa) revisitou a aura de Hélio Galvão e trouxe à badalada praia de “gringos”, nativos e visitantes, pedaços de uma nação plural chamada Brasil, sob a ótica de velhos e novos tempos...

Albimar Furtado escreve matéria sobre o jornal A Ordem, referência do jornalismo independente em Natal, mesmo patrocinado pela Arquidiciocese comandada por dom Eugênio Sales.

Trecho da matéria: Seu editor era um jornalista português, aportado há pouco tempo em terras que só então descobrira, mas tornou-se tão conhecedor da realidade regional que levou o jornal e sua equipe a receber, em três oportunidades, o prêmio Esso de Jornalismo, o mais cobiçado da imprensa brasileira...

O repórter Filipe Mamede escreveu sobre a trajetória do padre Ibiapina, que teria influenciado as ações de padre Cícero Romão.

Trecho da matéria: Numa época em que a Igreja Católica vivia atrelada ao Estado imperial e o clero, por sua vez, vivia longe do povo, Padre Ibiapina deu curso a um novo modelo de conduta e rompeu radicalmente com a estrutura eclesiástica tradicional...

A revista traz ensaio primoroso da professora Ângela Almeida sobre a obra do artista plástico Leopoldo Nelson. O dramaturgo Racine Santos trouxe causos interessantes na sessão "5 Histórias Desse Negócio de...". A jornalista Gladis Vivane respondeu as questões na coluna "10 Perguntas a...".

E ainda artigo de Alex de Souza a respeito de política cultural, os colunistas Sávio Hackradt (política) e Vicente Vitoriano (artes visuais), e dica de livro com Alex Medeiros. Além dos quadrinhos de Brito.

- Foto: Ramón Vasconcelos (muro pixado na Rua Chile, Ribeira)