No Diário de Natal
matéria de hoje
No rastro dos velhos mestres do samba, Natal tem assistido a proliferação do gênero nos guetos, pubs e bares da cidade. As bandas locais seguem o ritmo da moda e prosseguem uma tradição que também é natalense. Se o grupo Linha de Passe faz show amanhã no Bar do Coelho, há 60 anos o macauense Hianto de Almeida emprestava seu talento ao samba nacional. Ou Lucarino, na década de 70, interpretava sua coleção de sambas pelas Rocas até o bar Saravá, na Praia do Meio, receber o grupo de João de Orestes e dar início ao primeiro bar com repertório de samba ao vivo de Natal.
O cenário hoje é diferente. A boemia romântica se perdeu entre as linhas do tempo. Deixou resquícios aqui e ali, quando os mais saudosistas resgatam os tempos idos entre violões chorosos e perfumam o lugar de nostalgia. É o caso do Linha de Passe. Dos instrumentos e vozes do quarteto, emanam as figuras de Noel, Cartola, Adoniram Barbosa, Pixinguinha, Paulinho da Viola e outros imortais do samba. E acompanhado dessa roda de bambas estará quem for amanhã ao Bar do Coelho (Rua Padre Pinto, Cidade Alta) curtir o projeto Dois Cantos, a partir das 20h.
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